Fatores que desempenham um papel importante na dinâmica de uma sucessão
Pesquisas Acadêmicas: Fatores que desempenham um papel importante na dinâmica de uma sucessão. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: carolinacaetano • 30/9/2013 • Pesquisas Acadêmicas • 1.418 Palavras (6 Páginas) • 517 Visualizações
Sucessão ecológica é o nome dado à sequência de comunidades, desde a colonização até a comunidade clímax, de determinado ecossistema. Estas comunidades vão sofrendo mudanças ordenadas e graduais. As primeiras plantas que se estabelecem (líquens, gramíneas) são denominadas pioneiras, e vão gradualmente sendo substituídas por outras espécies de porte médio (arbustos), até que as condições ambientais chegam uma comunidade clímax (árvores grandes), apresentando uma diversidade compatível com as características daquele ambiente. Nesta fase, o ecossistema apresenta um equilíbrio com o meio.
Alguns fatores são importantes para a dinâmica da sucessão. As condições ambientais locais e as interações entre as espécies são fatores que contribuem para as mudanças ecológicas.1
A sucessão ecológica passa por três fases:
Comunidade pioneira ou ecese;
Comunidade secundária, intermediária ou seral;
ma teoria descritiva da sucessão, proposta por Frederic Clements em 1916 3 , é hoje vista como uma teoria ecológica clássica, e de acordo com o autor, o processo envolve várias fases:
Nudação – A sucessão começa com o acontecimento de uma perturbação e o surgimento de um sítio nu, desprovido de vida.
Migração – Chegada de propágulos ao ambiente.
Ecese – Estabelecimento e crescimento das primeiras plantas (pioneiras).
Concorrência - Fase em que o estabelecimento de novas espécies provoca uma competição por espaço, luz e nutrientes.
Reação – Como resultado da concorrência que o habitat impõe, as espécies vão sendo substituídas, de uma comunidade vegetal para outra.
Estabilização – A comunidade se estabiliza após as fases de reação, e surge o desenvolvimento de uma comunidade clímax.
Implantação de espécies pioneiras[editar]
São as primeiras espécies vegetais que conseguem se estabelecer. Sua taxa de disseminação é alta e sua dispersão é facilitada por ação do vento ou de outros fatores ambientais (rios, correntes marítimas). Toleram altos níveis de radiação solar para germinar e se desenvolver e criam condições para o desenvolvimento de outras espécies vegetais denominadas intermediárias e tardias.1
Interações interespecíficas:[editar]
Facilitação: Uma ou mais espécies permitem o estabelecimento, crescimento e desenvolvimento de outras espécies.
Inibição: Uma ou mais espécies dificultam ou prejudicam o estabelecimento de futuras espécies. Isto pode ocorrer por competição pelo espaço e nutrientes, sombreamento ou produção de substâncias alelopáticas que inibem a germinação de outras sementes.
Tolerância: Espécies que não afetam o estabelecimento das demais espécies.1
Comunidade seral[editar]
São os estágios intermediários da sucessão das comunidades ecológicas, que se iniciam após a implantação de espécies pioneiras, passando por um ou mais estágios intermediários, até atingir as condições de uma comunidade clímax.
Cada ecossistema apresenta diferentes padrões de clima e substrato. Na medida em que se estabelece a dinâmica dos eventos que envolvem a sucessão das formas vegetais, as condições de luz, a ocupação e proliferação dos microorganismos e animais também vai se apresentar de forma diferenciada em cada etapa..1
Mudanças na vida animal[editar]
As etapas iniciais da sucessão não apresentam condições para o estabelecimento de uma fauna diversificada, por não apresentarem recursos suficientes para a sua instalação. Verifica-se nesta fase a ocorrência de poucos animais como ácaros, formigas e aranhas. Na medida em que as espécies intermediárias da sucessão conseguem se estabelecer e diversificar, a fauna vai aumentando em espécies, até atingir as condições de uma comunidade clímax, com muitas espécies de invertebrados, insetos, répteis, anfíbios, aves e mamíferos.
Dependendo do ecossistema, esta diversificação pode ser diferenciada. As regiões tropicais oferecem condições para abrigar uma grande diversidade de plantas e animais, enquanto regiões temperadas, geladas, desérticas, esta diversidade é mais restrita.
Microssucessão[editar]
A sucessão microbiológica envolve a existência de substrato (recurso) para a diversificação de microorganismos como fungos e bactérias, que se diversificam com o aparecimento de vegetação em decomposição, excrementos e carcaças de animais, etc.
O conceito de clímax[editar]
Comunidade clímax em floresta amazônica
A sucessão ecológica para quando o ser consegue alcançar um equilíbrio com o ambiente físico e biótico, ou estado estacionário. A comunidade atinge o ápice de suas relações ecológicas,onde se chega ao ponto final da sucessão, ou clímax. Esta diversidade vai persistir indefinidamente, a não ser por ocorrência de grandes perturbações.4
Características do clímax[editar]
As populações não se alteram e o ecossistema está equilibrado.
Últimas espécies a instalarem-se, onde os indivíduos são substituídos por outros da mesma espécie.
De acordo com as formas de vida ou crescimento, são considerados indicadores de clima da região.
Para cada ambiente físico, há um tipo de clímax.
Tipos de clímax[editar]
Clímax Climático – Apenas uma comunidade clímax, sendo que, esta se encontra em equilíbrio com o clima regional.
Clímax Edáfico – Mais de uma comunidade clímax, modificada pelas condições locais. Término da sucessão ecológica, onde as condições edáficas não permitem que o clímax climático se desenvolva.
Clímax Catastrófico ou Cíclico – Ecossistema com clímax natural cíclico vulnerável a um evento catastrófico.
Disclímax (Clímax de distúrbio) – Comunidade estável, não incluindo clímax climático ou edáfico, mantido pelo homem ou seus animais domésticos, onde ocorrem distúrbios repetidos, muitas vezes decorrentes de
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