Fichmaento O Que é Sociologia Capitulo Primeiro
Casos: Fichmaento O Que é Sociologia Capitulo Primeiro. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: jeamaral • 26/3/2015 • 917 Palavras (4 Páginas) • 1.023 Visualizações
MARTINS, Carlos Benedito, 1948 – O que é sociologia / Carlos Benedito Martins – 1ª ed. de 1948 – São Paulo: Brasiliense, 2004. (Coleção primeiros passos; 57). Capítulo Primeiro: O surgimento
“O surgimento ocorre num contexto histórico específico, que coincide com os derradeiros momentos da desagregação da sociedade feudal e da consolidação da civilização capitalista.” Martins (p.10).
“A dupla revolução que este século testemunha - a industrial e a francesa – constituía os dois lados de um mesmo processo, qual seja, a instalação definitiva da sociedade capitalista.” Martins (p.11).
“A formação de uma sociedade que se industrializava e urbanizava em ritmo crescente implicava a reordenação da sociedade rural, a destruição da servidão, o desmantelamento da família patricial etc. A transformação da atividade artesanal em manufatureira e, por último, em atividade fabril, desencadeou uma maciça emigração do campo para a cidade, assim como engajou mulheres e crianças em jornadas de trabalho de pelo menos doze horas sem férias e feriados, ganhando um salário de subsistência.” Martins (p.12-13).
“A desaparição dos pequenos proprietários rurais, dos artesãos independentes, a imposição de prolongadas horas de trabalho etc., tiveram um efeito traumático sobre milhões de seres humanos ao modificar radicalmente suas formas habituais de vida. Estas transformações, que possuíam um sabor de cataclisma, faziam-se mais visíveis nas cidades industriais, local para onde convergiam todas estas modificações e explodiam suas consequências.” Martins (p. 13).
“Um dos fatos de maior importância relacionados com os relacionados com a revolução industrial é sem dúvida o aparecimento do proletariado e o papel histórico que ele desempenharia na sociedade capitalista.” Martins (p. 14).
“Pensadores como Owen (1771-1858), William Thompson (1775-1833), Jeremy Bentham (1748-1832), só para citar alguns daquele momento histórico, podiam discordar entre si ao julgarem as novas condições que deveriam ser realizadas na nascente sociedade industrial, mas todos eles concordavam que ela produzira fenômenos inteiramente novos que mereciam ser analisados.” Martins (p.15).
“O surgimento da sociologia, como se pode perceber, prende-se em parte aos abalos provocados pela revolução industrial, pelas novas condições de existência por ela criadas.” Martins (p. 16).
“O emprego sistemático da razão, do livre exame da realidade - traço que caracterizava os pensadores do século XVI I, os chamados racionalistas, representou um grande avanço para libertar o conhecimento do controle teológico, da tradição, da "revelação" e, consequentemente, para a formulação de uma nova atitude intelectual diante dos fenômenos da natureza e da cultura.” Martins (p. 18).
“Data também dessa época a disposição de tratar a sociedade a partir do estudo de seus grupos e não dos indivíduos isolados. Esta orientação estava, por exemplo, nos trabalhos de Ferguson, que acrescentava que para o estudo da sociedade era necessário evitar conjecturas e especulações.” Martins (p.19).
“Combinando o uso da razão e da observação, os iluministas analisaram quase todos os aspectos da sociedade. Os trabalhos de Montesquieu (1689-1755), por exemplo, estabelecem uma série de observações sobre a população, o comércio, a religião, a moral, a família etc. O objetivo dos iluministas, ao estudar as instituições de sua época, era demonstrar que elas eram irracionais e injustas, que atentavam contra a natureza dos indivíduos e, nesse sentido, impediam a liberdade do homem. [...] Dessa forma reivindicavam a liberação do indivíduo de todos os laços sociais tradicionais, tal como as corporações, a autoridade
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