Filosofia

Cada Campo com seu método.

No século XX, com a fenomenologia de Husserl e com a corrente do pensamento ou estruturalismo, passou-se a considerar que cada campo do conhecimento deve ter seu próprio método, determinado pela natureza do objeto, pela forma como o sujeito do conhecimento pode aproximar-se desse objeto e pelo conceito de verdade que cada esfera do conhecimento define para si mesma.

Por exemplo, considera-se o método matemático próprio para objetos existentes apenas idealmente, e são construídos pelo nosso pensamento. E o método experimental é o próprio das ciências naturais, que observam seus objetos e realizam experimentos. Já as ciências-humanas têm métodos de compreensão e interpretação do sentido das ações, das práticas, dos comportamentos, das instituições sociais e políticas, dos sentimentos, dos desejos, das transformações históricas.

As ciências exatas tem como método dedutivo o chamado axiomático, ou seja, é o conhecimento que tem como base um conjunto de termos primitivos e de axiomas indemonstráveis. No caso das ciências naturais, o método indutivo é chamado de experimental e hipotético. Nas ciências humanas, é chamado compreensivo-interpretativo.

E em relação à filosofia, temos quatro traços que são comuns aos diferentes métodos filosóficos:

1- Método reflexivo – parte da autoanálise ou do autoconhecimento do pensamento;

2- Método critico – investiga os fundamentos e as condições necessárias da possibilidade do conhecimento verdadeiro, da ação ética, da criação artística e da atividade política;

3- Método descritivo – descreve as estruturas internas ou essências de cada campo de objetos do conhecimento e das formas de ação humana;

4- Método interpretativo – busca as formas da linguagem e as significações ou os sentidos dos objetos, dos fatos, das práticas e das instituições, suas origens e transformações.