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Gestao Financeiura

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Por:   •  22/10/2014  •  9.464 Palavras (38 Páginas)  •  220 Visualizações

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Os conceitos de uma boa gestão financeira

Para uma correta gestão financeira, cabem as análises, decisões e atuações relacionadas com os meios financeiros necessários à atividade da empresa. Desta forma, a função financeira integra todas as tarefas ligadas à obtenção, utilização e controlo de recursos financeiros. Em outras palavras, a função financeira integra: a determinação das necessidades de recursos financeiros (planejamento das necessidades, o inventário dos recursos disponíveis, a previsão dos recursos libertos e o cálculo das necessidades de financiamento externo); a obtenção de financiamento da forma mais vantajosa (tendo em conta os custos, prazos e outras condições contratuais, as condições fiscais, a estrutura financeira da empresa); a aplicação criteriosa dos recursos financeiros, incluindo os excedentes de tesouraria (por forma a obter uma estrutura financeira equilibrada e adequados níveis de eficiência e de rentabilidade); a análise econômica e financeira (incluindo a recolha de informações e o seu estudo por forma a obter respostas seguras sobre a situação financeira da empresa); e a análise da viabilidade econômica e financeira dos investimentos.

Para elaborar o adequado planejamento tributário, o gestor financeiro precisa conhecer bem a legislação tributária referente aos impostos, taxas, contribuições que incidem sobre as atividades operacionais da sua empresa, como por exemplo, base de cálculo, lucro real ou presumido, prazo de recolhimento, isenções, incentivos, benefícios fiscais, etc. As principais funções da gestão financeira incluem:

• Análise e planejamento financeiro: analisar os resultados financeiros e planejar ações necessárias para obter melhorias.

• Captação e aplicação de recursos financeiros: analisar e negociar a captação dos recursos financeiros necessários, bem como a aplicação dos recursos financeiros disponíveis.

• Crédito e cobrança: analisar a concessão de crédito aos clientes e administrar o recebimento dos créditos concedidos.

• Caixa: efetuar os recebimentos e os pagamentos, controlando o saldo de caixa.

• Contas a Receber: controlar as contas a receber relativas às vendas a prazo.

• Contas a Pagar: controlar as contas a pagar relativas às compras a prazo, impostos, despesas operacionais, e outras.

• Contabilidade: registrar as operações realizadas pela empresa e emitir os relatórios contábeis.

Segundo o Sebrae, os principais instrumentos de controle utilizados na gestão empresarial, são:

Fluxo de Caixa: O objetivo do fluxo de caixa é apurar o saldo disponível para se tomar a decisão de captar os recursos necessários, ou aplicar os recursos disponíveis. O saldo de caixa não indica, necessariamente, que a empresa está tendo lucro ou prejuízo em suas atividades operacionais. No fluxo de caixa deverão ser registrados todos os recebimentos (vendas à vista, recebimento de duplicatas e outros recebimentos) e todos os pagamentos (compras à vista, pagamentos de duplicatas, pagamento de despesas, outros pagamentos) previstos para o dia.

Decisões de investimento em ativos de longo prazo nas empresas brasileiras: Qual a aderência ao modelo teórico?

Nesta seção são explicitados os seguintes elementos: (a) conceitos de ativos de longo prazo e de investimentos estratégicos relevantes para estabelecer o foco de análise da pesquisa; (b) instrumentos formais de planejamento necessários para entender como a decisão de investimentos ocorre e em que dimensão e hierarquia; (c) financiamento de longo prazo (variável intimamente ligada à decisão de investimento); (d) percepção de risco, elemento intrínseco ao processo decisório; e, (e) métodos de análise de investimentos e mecanismos adicionais.

Conceito de ativos de longo prazo e investimentos estratégicos

Ativos são "recursos controlados pela entidade como resultado de eventos passados e dos quais benefícios econômicos futuros são esperados que fluam à entidade" (International Accounting Standards Board [IASB], 1989, p. A40). Por benefícios econômicos futuros, compreende-se "o potencial para contribuir, direta ou indiretamente, ao fluxo de caixa ou de equivalentes-caixa à entidade" (IASB, 1989, p. A41), seja na forma de potencial produtivo, de conversibilidade em caixa ou equivalentes-caixa ou de capacidade para redução de saídas de caixa. Ativos de longo prazo (LP) – intangíveis, imobilizados e investimentos de longo prazo em outras sociedades (Haka, 2007) – enquadram-se nesta caracterização. Por terem sua maturação no longo prazo, os ativos dessa natureza apresentam implicações de risco e de retorno distintas dos demais ativos. Assim, visando à obtenção de retorno, o horizonte de vida útil dos ativos deve ser igual ou superior ao prazo em que geram o retorno. Ainda, estes investimentos são de difícil quantificação quanto à totalidade do benefício esperado e impactam consideravelmente o desempenho corporativo ao longo prazo (Alkaraan & Northcott, 2007).

Não obstante técnicas diversas para análise e avaliação de projetos de investimento de longo prazo, outros fatores podem afetar a decisão de gestores sobre eles. Argumenta-se que a pressão pela aquisição do controle da firma seria prejudicial a ela, pois induziria gestores a sacrificar resultados de longo prazo na tentativa de aumentar resultados presentes (Shleifer & Vishny, 1986; Stein, 1988). Israel e Ma (1999), por sua vez, concluem que pressão por aquisição de controle, ao contrário, incentiva investimentos em projetos de longo prazo. Conforme argumentado pelos autores, "ineficiência de investimentos sob pressão de aquisição é mais provável na forma de sobre-investimento em projetos de longo prazo do que na forma de sobre-investimento em projetos de curto prazo" (Israel & Ma, 1999, p. 3).

Investimentos em ativos de longo prazo podem ser divididos em estratégicos e não-estratégicos (Slagmulder, 1997). Embora esse aspecto seja relevante, existe certa dificuldade de se caracterizar, de forma generalizada, o investimento estratégico. Podem ser caracterizados estratégicos, conforme uma definição de investimentos que ajudam a organização a atingir seus objetivos de longo prazo e que sustentam sua posição competitiva no mercado (Butler, Davies, Pike, & Sharp, 1991; Marsh, Barwise, Thomas, & Wensley, 1988). Slagmulder (1997) e Haka

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