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Historia Do Núcleo Estadual Da Luta Antimanicomial Até Onde A Implementação Do Neoliberalismo Impôs Barreiras à Trajetória De Luta E Quais Desafios Devemos Superar Para Avançarmos Na Agenda De Lutas.

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Por:   •  15/6/2014  •  1.685 Palavras (7 Páginas)  •  618 Visualizações

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JUSTIFICATIVA

A presente pesquisa busca através da historicidade do Núcleo Estadual do Movimento Nacional da Luta Antimanicomial do Rio de Janeiro (NEMNLA RJ) , compreender de que forma este movimento foi impactado pela incorporação da política neoliberal nas últimas décadas, e quais as mobilizações/articulações necessárias o movimento vem construindo para o enfrentamento das novas demandas impostas pela política neoliberal. Entendendo que, os movimentos sociais, coletivos e grupos se constroem junto a um processo histórico sociopolítico, a pesquisadora, elabora este trabalho para responder as problematizações e questionamentos acerca da atuação dos novos movimentos sociais no Rio de Janeiro , após a implementação da política hegemônica neoliberal, e como eles vem se sustentando na sua construção cotidiana, de forma, a saber, como esses movimentos conseguem se organizar e promover a auto gestão de seus recursos tanto financeiros quanto de membros e quais ações conseguem desenvolver em face desta política, respondendo assim as mudanças sociopolíticas culturais dos últimos 10 anos.

O presente trabalho de pesquisa nasce da inserção da autora no curso de serviço social com seu enfoque na área de saúde. Este interesse nasce através de vivencias pessoais, e na inserção da mesma nos movimentos sociais que debatem este tema. Em 2011 autora passa a acompanhar o Fórum de Saúde do Rio de Janeiro , que tem normalmente suas reuniões na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), onde uma de suas lideranças é a Professora Doutora Maria Inês de Souza Bravo, que tem grande produção acadêmica na área da saúde, em particular no campo da participação social e atualmente no processo de privatização da saúde. Através da militância no campo da saúde, posteriormente a autora consegue pleitear vaga de estágio no Instituto Municipal de Assistência à Saúde Nise da Silveira, onde fica lotada no ambulatório, participando dos grupos de triagem, acolhimento e de desmedicalização. A partir desta experiência viu-se motivada a participar de espaços debate sobre os sistemas e modelos de saúde em especial aqueles vinculados à saúde mental, suas contradições e dificuldades.

Mesmo com o entendimento de que o Serviço Social tem vasta literatura à cerca do sistema capitalista, e da implementação do neoliberalismo no Brasil, o que faz com que haja um largo debate sobre as privatizações da saúde, a autora sentiu a necessidade de estar em espaços que debatam para além da questão social econômica. Assim, ao conhecer o NEMNLA RJ sentiu-se contemplada, pois para além do debate em relação às privatizações e o sucateamentos dos dispositivos de saúde e dos movimentos sociais, pôde enfim estudar e conhecer de onde nasce o termo loucura, e qual a importância social que existe na classificação dos chamados “loucos”. Seguindo a teoria de Franco Basaglia sobre a patologização dos sujeitos, onde ele afirma que: “O hospício é construído para controlar e reprimir os trabalhadores que perderam a capacidade de responder aos interesses capitalistas de produção”, a presente pesquisa tem grande importância para o serviço social pois, além de trazer a público questões como as privatizações e o que elas representam na desmobilização de luta; a construção e sustentação dos movimentos sociais. Traz também para a nos o entendimento que este conceito de loucura, é ao mesmo tempo excludente e de controle social da população pobre, e que não serve mais ao mercado de trabalho. Por isso, uma das observações colocadas no decorrer da elaboração desta pesquisa é que o número de profissionais e estudantes do serviços social interessados por esta pauta colocada pelo NEMNLA RJ tem crescido nos últimos anos, isto porquê há algumas décadas observa-se o quanto a temática sobre saúde tem sido debatida dentro do serviço social, e a importância de encontrarmos maneiras de intervir nessa realidade imposta pelo capital.

Objeto

A historicidade do Núcleo Estadual do Movimento Nacional da Luta Antimanicoial e sua estrutura no neoliberalismo.

Hipótese / Problema

Através da implementação da política neoliberal no Rio de Janeiro, o NEMLA RJ encontrou barreiras na sua agenda de lutas e na estrutura do movimento, trazendo assim novas demandas impostas a serem vencidas.

Objetivos:

-Objetivo Geral

Conhecer/Estudar a historia do NEMNLA RJ, para através deste recorte investigar os desafios a serem superados pelo movimento nos tempos atuais.

Objetivos Específicos

1- Conhecer/estudar a história do NEMNLA/RJ

2- Analisar de que forma os Novos Movimentos Sociais respondem à desestruturação da agenda de lutas que o neoliberalismo impões, para através disto responder de que forma a NEMNLA RJ poderá vencer estas contradições

3- Propor ferramentas a serem utilizadas pelo NEMNLA/RJ para superar os desafios impostos pelo neoliberalismo

Fundamentação Teórica

Para a elaboração deste trabalho iremos nos debruçar em 3 marcos históricos. O primeiro será a gênese do NEMNLA RJ, e para traçar sua historicidade falaremos do surgimento do MTSM que foi precursor nas denúncias às violações de tratamento e direitos humanos nos hospitais psiquiátricos no Rio de Janeiro. Os primeiros episódios que colocam em evidência o MTSM, são as denúncias feitas por médicos bolsistas (que aqui já se coloca o primeiro problema, pois estas contratações eram ilegais) do Centro Psiquiátrico Pedro II (CPP II), onde trazem à tona a situação do tratamento da saúde mental no Rio de Janeiro, porém, logo após estas denúncia mostrou-se evidente que estes tipos de irregularidades acometeram todos os hospitais psiquiátricos no Brasil. O MTSM traz em sua pauta reivindicatória a “regularização da situação trabalhista, aumento salarial, redução do número excessivo de consultas por turno de trabalho, críticas à cronificação do manicômio e ao uso de eletrochoques, por melhores condições de assistência à população e pela humanização dos serviços” (AMARANTE, 1995, p 52). Porém, segundo Amarante, este projeto oscila entre pauta de transformação psiquiátrica e por outro lado de organização corporativa.

Logo após seu surgimento, em meados da década de 80 o

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