História E Lugar
Casos: História E Lugar. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Cinthiaakemi • 8/1/2015 • 1.587 Palavras (7 Páginas) • 157 Visualizações
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola Edgard Albuquerque Graeff – Departamento de Artes e Arquitetura
Projeto 1 – 2011/10
Tema 3: Paisagem Urbana – O Artefato e o Lugar
Orientadora: M*******
Acadêmica: C********
Parte 1- Conceituação do Tema e História do Lugar
A Mudança da Capital:
Estima-se que o povoamento de Goiás tenha-se iniciado a partir de 1726, com as exploração das minas de ouro. Em 26 de julho de 1827, Bartolomeu Bueno da Silva Filho, superintendente das minas, fundou às margens do Rio Vermelho do Arraial de Sant` Anna, conhecido como “a cidade de Bueno”, passando mais tarde a se chamar Vila Boa e, hoje, Cidade de Goiás.
Assumindo o poder, o primeiro governador da capital de Goiás – Dom Marcos de Noronha – informou o governo português sobre a conveniência da mudança da sede administrativa de Vila Boa para Meia Ponte (onde hoje se localiza o município de Niquelândia. Segundo ele, "a mudança da Capital para uma região mais povoada e de comércio mais fraco, é uma medida a ser tomada com urgência". Àquela altura, Vila Boa sofria com a estagnação econômica provocada pelo fim do ciclo do ouro na região, sendo incomum a construção de mais do que uma casa por ano na cidade), argumentando que esse último local ofereceria mais vantagens e melhores condições.
Observação:
A idéia da mudança da capital de Goiás teve suas origens ainda no século XVIII. No entanto mesmo que ela possa ser encontrada no tempo do Império, foi somente no período Republicano e à luz do que ocorria em outros países que o movimento para a mudança da capital veio a se tornar realidade no Brasil.
A Marcha para o Oeste era um programa governamental que buscava o avanço capitalista para o interior do País, consolidando os planos político-econômicos de Vargas e Pedro Ludovico. Como o movimento deixou uma herança agrária que permitia todo o processo sociocultural da capital que fundamenta a criação de símbolos capazes de traduzir a heterogeneidade e de construir, com a nova capital, a representação de sua fase mais dinâmica, de sua existência mais justificada: a modernidade.
A principal bandeira política que Pedro Ludovico Teixeira empunha em 1932 era a luta pela transferência da capital. Naquele momento da vida política nacional e estadual, mudar a capital tinha o significado de “ascensão ao poder e representação do processo do moderno, divisas de águas entre o velho e o novo Goiás”.
A ideologia do progresso, disseminada pelo nacionalismo em todo o país, englobou ecos de vozes internacionais, chegava com força total para consolidar um regime que fez o Brasil caminhar a passos largos rumo a centralização do poder. A idéia de progresso serviu fatalmente aos ideais de afirmação política de Pedro Ludovico, intermédio de sua proposta de mudança da capital.
Em 30 de Julho de 1938 foi aprovado o Plano de Urbanização de Goiânia, sendo o professor Venerando de Freitas Borges (primeiro prefeito municipal de Goiânia) quem decretou onde seria as áreas urbanizadas e suburbanas da nova capital e também aprovou as plantas relativas ao plano de Goiânia elaboradas pela firma Coimbra Bueno & Cia.Ltda. Desta forma ficou estabelecido que a área urbana da cidade abrangeria os setores Central, Norte, Sul e Oeste, o satélite Campinas e as áreas destinadas ao aeroporto, ao hipódromo e aos parques Buritis, Capim Puba, Bandeirantes e Zoológico.
Observação:
Hernard havia publicado um trabalho em 1905, no qual previa que a cidade do futuro deveria ser dotada de subsolo, onde seriam instalados todos os sistemas de infra-estrutura, de coleta de lixo e até de transportes público. Ele fez também planos urbanísticos para outras capitais da Europa, como Berlim, Londres e Moscou.
Planta da capital 1902, atual Goiás Velho (acervo referente a biblioteca PUC-GO Área 1).
Cartaz utilizado para a propaganda na venda de lotes para a nova capital de Goiás, em 1934.
Surgimento do atual Parque Municipal Lago das Rosas:
Segundo o historiador Aldair Queiroz (diretor do Museu de Ornitologia) define o ano de 1941 como o marco de seu surgimento. Antes de tomar a configuração de hoje, o Lago das Rosas fazia parte de uma grande fazenda doada por Urias Magalhães, situada no então município da cidade de Campinas (que tornou-se o atual setor).
No local, nascia o córrego Capim Puba, que deu o primeiro nome do parque. Às suas margens deveria haver, de acordo com o projeto da construção da nova capital, um park-way, para lazer dos cidadãos. A construção de um aterro, por onde hoje passa a Avenida Anhanguera, a delimitação de uma represa com as águas da nascente e a construção das muretas, em 1941, delimitou o surgimento do parque. Anos depois, os cerca de 40 mil habitantes de Goiânia à época ganharam um balneário no local, com a primeira piscina da cidade. A represa das águas da nascente do córrego tinha 1,50 metros de profundidade e era cercada de canteiros de rosas. Goianienses e campinenses passaram a ter uma opção popular de lazer que ficava justamente entre as duas cidades. “Figuras conhecidas como Gilberto Teles e Iris Rezende freqüentaram a piscina nesta época”, diz o historiador.
Auge do Parque Lago das Rosas:
1945- Visual dos primeiros anos do lago, ao fundo passando pela Avenida Anhanguera um ônibus que ligava Campinas ao Centro.
1955 – Mesmo os menores que sabiam nadar empunham-se ao perigo, pois as águas do Capim Puba são lamacentas e iam formando depósitos de lama em toda a extensão do fundo do lago, principalmente nas proximidades do trampolim de onde os meninos saltavam. Estes depósitos de lama se tornavam uma armadilha , como se fosse uma areia movediça, causando os afogamentos. Após a circulação de um jornal orientando os habitantes dos riscos impostos pelo lago que
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