Hobsbawm, Rumo a um mundo industrial
Por: Évelyn Smith • 12/9/2015 • Resenha • 1.029 Palavras (5 Páginas) • 2.517 Visualizações
Universidade de Brasília – UnB
Curso de Ciências Sociais
Nome: Évelyn Silva Bernardo Matrícula: 15/0071990
Semestre: 1º Turma: I Turno: Matutino
Disciplina: Introdução a Sociologia
Professora: Lourdes Maria Bandeira
TEXTO 1
HOBSBAWM, E. Rumo a um mundo industrial. In: ________. A Era das Revoluções. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001. p. 187-201.
O autor Hobsbawm (2001), traz em seu texto as características inerentes ao desenvolvimento industrial do século XIX ao século XX, enfatizando os países que foram importantes para este avanço na economia.
Em meados do século XIX, mais precisamente em 1848, o autor destaca na primeira parte do texto que a economia inglesa industrializada já dominava o mundo, sendo o berço da Revolução Industrial. Porém, os Estados Unidos também acompanhava este crescente desenvolvimento em máquinas e tecnologias das fábricas, sendo um competidor ferrenho para a Inglaterra. Além desses, outro país que veio a se destacar no âmbito industrial foi a Alemanha.
Antes do avanço industrial, o autor relata que a Europa tinha uma população sendo a maioria camponesa e os centros urbanos eram pouco povoados. O crescimento econômico era proveniente das colheitas através da agricultura. A depressão do modo agrário veio a culminar no ano de 1846.
Porém, de acordo com o autor, a Grã-Bretanha como berço do desenvolvimento industrial já enfrentava alguns problemas quanto a este novo modo econômico. Como por exemplo, a greve dos cartistas, de 1839 a 1842, que lutavam pela inclusão da política proletária. Com isso, são nítidas as disparidades do desenvolvimento britânico com o restante da Europa nesta época.
No período de 1789 a 1848, o autor aponta que houve mudanças fundamentais em todo o mundo quanto ao processo de industrialização. O autor lista alguma delas, bem como o crescimento demográfico ocasionado pela imigração e emigração, gerando aumento na economia e mais oportunidades de emprego; e mudanças nas comunicações com a construção de ferrovias, dos sistemas viários para carruagens, sistema de canais, rotas fluviais para navios a vapor, entre outros.
Até o ano de 1830, o autor relata na segunda parte do texto, que houve grande mudança social e econômica na Europa, exceto para a França, onde os resquícios da Revolução Francesa ainda eram notados por conta da indústria de equipamento pesado para guerra que pouco sobreviveu.
Após a recuperação da França, o autor aponta que o país avança em seu crescimento econômico com as máquinas e energia a vapor, junto com os Estados Unidos e Grã-Bretanha. No restante do mundo, até então, não chama a atenção o crescimento industrial.
Em 1840, o autor menciona que começam a surgir os problemas sociais ocasionados pelo processo de industrialização nos países, bem como o surgimento da classe proletária e o rápido crescimento populacional nos grandes centros urbanos. Mesmo com tais dificuldades, no ano de 1848, os países europeus e os Estados Unidos, os países pioneiros economicamente nesta época, já se encontravam industrializados. Na Alemanha houve obstáculo para o desenvolvimento capitalista por conta do padrão de vida modesto presente na cultura deste país.
Nos anos de 1830 a 1848, o autor relata que inicia o nascimento de áreas industriais famosas até os dias atuais, bem como a ceifeira mecânica nos Estados Unidos, os escritórios de empréstimo na França, os bens de consumo na Grã-Bretanha, e, por fim, as ferrovias na Europa.
O autor traz na terceira parte do texto um aparato geral do desenvolvimento industrial dos países que tiveram mais problemas econômicos durante a sua industrialização. Para ele, a Europa enfrentou uma “revolução dupla”, com países “adiantados” e “subdesenvolvidos” industrialmente.
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