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Homem E Sociedade

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Por:   •  17/3/2014  •  392 Palavras (2 Páginas)  •  308 Visualizações

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Muito sumariamente, a intolerância pode ser definida como uma atitude de ódio sistemático e de agressividade irracional com relação a indivíduos e grupos específicos, à sua maneira de ser, a seu estilo de vida e às suas crenças e convicções. Essa atitude genérica se atualiza em manifestações múltiplas, de caráter religioso, nacional, racial, étnico e outros. De modo geral, a intolerância religiosa era desconhecida na Antiguidade clássica, politeísta e portanto hospitaleira aos deuses de outras nações. A intolerância só se tornou possível com o advento do cristianismo, que afirmava a existência de um só Deus e de uma só revelação para a humsobreviventes que restam estão no foco de uma grande violência por parte da seleção natural. Corpos eleitos para o sofrimento.

É como se os olhos injetados de sangue do "criador cruel" estivessem pousados sobre esses infelizes. Uma velhagrita como que a ver fantasmas. Ela põe as mãos nos ouvidos para não ouvir as vozes dos membros do bando que já estão mortos. Em sua memória essas vozes se misturam aos sons à sua volta. A experiência da memória se confunde com o mundo ao seu redor e nossa anciã inicia a longa caminhada em direção à realidade apartada do delírio. Uma criança estende a mão, sem olhar para onde. Uma menina maior pega sua mão sem olhar para a criança. Caminham juntas como duas sonâmbulas. A criança pega um verme que se arrasta pela areia e come. Um velho geme e cai, enquanto a menina e a criança pisam sobre sua cabeça sem perceber. À medida que o grupo avança, ele os perde de vista. Ele desiste. (…). Quando, finalmente a noite começa a cair, todos se jogam ao chão cansados. Durante a noite, o espaço se enche de sons. Gritos de longe indicam a presença de animais em movimento. A criança abraça forte a menina e pega no sono. Sonhando, ela vê imagens de uma mulher sorrindo que corre em sua direção. A mulher grávida se mexe. Busca uma posição mais confortável. De repente, se contorce de novo em dores que dobram seu corpo. Não há nada a fazer, a não ser esperar que passem as dores. O homem, a mulher, a velha e a menina, em silêncio, menos a criança que dorme e sonha, se entreolham. Estão ali, sob o olhar atento do "deus infeliz" que os contempla.

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