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Independencia Da América Latina

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Por:   •  24/4/2014  •  795 Palavras (4 Páginas)  •  476 Visualizações

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Para a grande maioria da população, a independência da América Latina não trouxe nenhum ganho real, no Brasil foi governada por um imperador que era também herdeiro do trono português, a nova nação nascia sob signo de fórmulas conservadoras. Enquanto as colônias espanholas da América, ao se tornarem independentes foram transformadas em repúblicas, no Brasil foi mantida a monarquia como forma de governo. A intensa luta das Américas calcada em um ideal e um sonho acabou por se transformar em desilusões e desesperanças.

Em 1808, a Família Real portuguesa chegou ao Brasil. A presença da Corte lusitana na América mudou completamente o destino do Brasil face aos vizinhos latino-americanos, pois a transferência da Corte para o Reino Unido de Portugal e Algarves limitou as perspectivas do movimento separatista em relação à metrópole. Diferentemente das colônias espanholas, a presença do rei de Portugal no Brasil não isolou a metrópole da possessão portuguesa na América. De um lado, isso não deu espaço às agitações políticas e sociais que marcaram o início do século XIX na América espanhola. De outro, ao invés de romper, manteve a tradição portuguesa quanto à forma de governo e manteve uma unidade territorial. Abertura dos portos as nações amigas

Nesse sentido, a diferença marcante está no fato de que a antiga colônia portuguesa deu origem a uma monarquia, enquanto que na América surgiram diversas repúblicas. Porém, os dois processos se assemelham na medida em que são preservados os interesses das elites dominantes de cada região. Os criollos, ao comandarem os processos de independências na América Espanhola, canalizaram pra si os privilégios da mesma, alijando as camadas populares de maiores conquistas, bem como no Brasil um exemplo foram os movimentos emancipacionistas, os quais se viam comandados, a maioria, por uma elite intelectual receosa de que as camadas mais baixas tomassem o poder, logo, foram obrigadas a tomarem frente. Não obstante, no processo de independência, o Brasil depara-se frente a um movimento liderado por uma oligarquia cafeeira conservadora, não se distanciando, portanto, das raízes de uma liderança basicamente elitizada. Além disso, compartilha em comum a própria origem, uma vez que ambas foram acionados pela invasão da Península Ibérica por Napoleão em 1808. Ademais, os processos da independência dos países da América Latina ocorreram geralmente em um clima político e intelectual que emergiu da Idade do Iluminismo e que influenciou todas as chamadas Revoluções do Atlântico, incluindo as revoluções anteriores nos Estados Unidos e França, as quais foram exemplos para as da época.

A fonte de inspiração de todos esses levantes, portanto, é o pensamento ilustrado. Percebe-se neles a influência dos “abomináveis franceses”, como se dizia então. Os autos da devassa da Inconfidência revelam a existência de um ‘partido francês’, na região das Minas, e registram entre os livros apreendidos, as obras dos principais autores da ilustração. As críticas feitas na Europa pelo pensamento ilustrado ao absolutismo assumem o sentido de críticas ao sistema colonial na América. As idéias liberais são uma tradição que remonta aos fins do século XVIII,quando as tensões criadas pela crise do sistema deram origem a uma série de movimentos revolucionários e conspirações contra a Coroa de origem basicamente elitizada

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