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O ENSINO DE GEOGRAFIA NA 3ª SÉRIE EM MANACAPURU - AM: A DEFICIÊNCIA NO ESTUDO DA CARTOGRAFIA LOCAL.

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Por:   •  6/9/2012  •  4.807 Palavras (20 Páginas)  •  1.787 Visualizações

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O ENSINO DE GEOGRAFIA NA 3ª SÉRIE EM MANACAPURU – AM: A DEFICIÊNCIA NO ESTUDO DA CARTOGRAFIA LOCAL.

DANIELLE MARIAM ARAÚJO DOS SANTOS1

MARIA ANGELICA BIZZARI CAVICCIOLI2

RESUMO: Em Manacapuru, o ensino de Geografia na 3ª série está baseado no livro “Manacapuru” que foi publicado em 1988, onde os dados se encontram desatualizado ou incompletos. Este fato causa problemas quanto ao aprendizado sobre o município, principalmente no que diz respeito a questão cartográfica local.

PALAVRAS-CHAVES: ensino, cartografia, livro didático .

ABSTRACT: In Manacapuru, the teaching of Geography in the 3rd series is based on the book " Manacapuru " that was published in 1988, where the data are desatualizado or incomplete. This fact causes problems as for the learning on the municipal district, mainly in what he/she tells respect the local cartographic subject.

KEY-WORD: teaching, cartography, text book.

1. Professora de Geografia de Ensino médio, Licenciada em Geografia pela Universidade do Amazonas, pós-graduanda em Geografia da Amazônia Brasileira, participou em 2000 como Voluntária do Programa de Iniciação Cientifica - PIC.

2. Doutora do Departamento de geografia da Universidade do Amazonas.

O diagnóstico do ensino de Geografia da Rede Municipal em Manacapuru/AM, na 3ª e 4ª séries do Ensino Fundamental, contemplou na análise quatro escolas com índice de reprovação relevante.

A pesquisa foi direcionada à observar como são trabalhadas as noções de orientação, localização, representação e análise espacial do lugar de vivência do aluno, buscando detectar quais as dificuldades dos professores ao trabalhar estas noções nas séries iniciais.

Constatou-se que as noções cartográficas não são consideradas de forma satisfatória, sendo resultado da combinação diversos fatores, entre eles: dificuldade dos professores em abordar conteúdos que fogem ao seu domínio teórico (desconhecimento da linguagem cartográfica); inexistência de material didático da realidade cotidiana do aluno; insignificante carga horária da disciplina em relação à outras devido ao peso conceitual que é dado a alfabetização de letras e números em comparação com o domínio das noções espaciais e temporais; uso de materiais didáticos incompletos, desatualizados ou inadequados a faixa etária a que se destinam etc.

De um lado, os livros didáticos adotados não trazem informações do imediato do aluno, e o professor trabalha os conteúdos sobre a cidade de Manacapuru por meio de reproduções xerocopiadas ou mimeografadas de textos com conceitos, às vezes, equivocados e representações cartográficas de forma incorreta, incompleta e superficial. Por outro, frente às dificuldades cartográficas, alguns docentes desenvolvem atividades criativas para ensinar a Geografia do Lugar, elaborando materiais que se fossem sistematizados poderiam auxiliar aqueles professores com limitações teórico-práticas.

Em resposta a realidade constatada na pesquisa, apontamos que as atividades de capacitação docente e o apoio das novas tecnologias educacionais podem auxiliar ricamente a tarefa de ensinar Geografia, transformando as aulas mais atrativas aos alunos na medida em que estes forem tratados como sujeitos do lugar, ou seja, estudando o espaço a partir do seu local de vivência - da sua rua, do seu bairro e da sua cidade, e considerando suas experiências individuais num processo de mútuo aprendizado na formação do cidadão.

Nas séries iniciais do Ensino Fundamental, o aluno passa por um processo de alfabetização que não se resume apenas ao aprendizado da leitura. É nesta fase, basicamente, na 3ª e 4ª, que o aluno vai aprender também a linguagem cartográfica que lhe permitirá “Lei” mapas, cartas e plantas.

Dentro desta perspectiva; o livro didático se constitui no principal instrumento de aprendizagem, visto que é através dele que o aluno tomará contato com o conteúdo e com a representação cartográfica do espaço. Sendo este portanto, o principal instrumento, deveria trazer informações completas e atualizadas. Pois a criança o leva para casa e o manuseia com mais freqüência.

O que se constatou, porém, é que na terceira série, o aluno possui pouco contato com produtos cartográficos, pois os alunos só tem a disposição ou livro publicado há 25 anos, com mapas incompletos e sem um conteúdo que o introduza ao conhecimento da linguagem cartográfica.

Este trabalho tem como objetivo principal analisar o ensino de Geografia na 3ª serie da rede municipal de Ensino de Manacapuru (Zona Urbana), considerando a nova LDB e os PCNs, principalmente quanto à questão cartográfica.

A pesquisa justifica-se pela sua importância em relação ao aprendizado da linguagem cartográfica pois a alfabetização do aluno não deve se restringir apenas ao mundo das letras e dos números. Estes devem saber se orientar espacialmente, perceber como as coisas do lugar onde vivem estão organizadas ou vão sendo modificadas com o passar do tempo cronológico/espacial.

Nas series iniciais o aluno constrói suas noções básicas de compreensão dos produtos cartográficos, o que este tipo de representação está presente no cotidiano das pessoas de modo cada vez mais intenso. A mídia apresenta produtos cartográficos em jornais, revistas, livros,propagandas de comunicação visual.

Os livros didáticos trazem mapas, cartas e plantas para serem analisadas. Até o ano de 1998, o ensino de Geografia, nas series iniciais do Ensino Fundamental acontecia juntamente com ensino de historia dentro da disciplina de Estudos Sociais, distribuídas em apenas uma aula semanal, totalizando noventa aulas anuais e com livros didáticos da área.

Em Manacapuru, os livros adotados nesta disciplina nas escolas de rede municipal, na maioria das vezes, apresentam os conteúdos organizados de forma generalizada, ou seja, sem entrar em detalhes da cartografia cotidiana dos alunos. Exceto dos livros de estudos sociais distribuídos pela Rede Municipal de Ensino referentes à 2ª e 3ª séries, elaborados por técnicos da Secretaria de Educação no ano de 1988, que apresentam características geográficas e históricas locais tais exemplares, atualmente raros, contem informações desatualizadas, que já não condizem com a realidade do município.

A partir de 1999, a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) , instituiu os Parâmetros Curriculares Nacionais,

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