Intolerância racial.

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O SERVIÇO SOCIAL E AS DIVERSIDADES: A QUESTÃO DA INTOLERANCIA RELIGIOSA.

JONAS LUIZ CAETANO

                 

PAULISTA, 2015

O SERVIÇO SOCIAL E AS DIVERSIDADES: A QUESTÃO DA INTOLERANCIA RELIGIOSA.

     

Trabalho apresentado ao Curso Assistente Social                  

da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para

as disciplinas de Sociologia, Filosofia, Ciência     Política, FHTM do Serviço Social I.

Prof. José Adir, Mariana de Oliveira, Sergio Góes e Rosane Ap. Belieiro Malvezzi.

                                                                                                                                                                                     PAULISTA, 2015

RESUMO

 

O presente estudo traz à tona um grande e grave problema institucional, étnico e religioso, A intolerância religiosa é uma questão atual que não ficou enterrada no passado, na idade média ou no século passado. Desde já, no entanto, adianta-se a relevância do direito à liberdade religiosa como realização e confirmação das demais liberdades personalíssimas, quais sejam, de consciência e de expressão, todas garantidas e respeitadas pela constituição brasileira.

Palavras-chave: Intolerância religiosa; direito de liberdade religiosa. 

ABSTRACT

 

     This study brings up a great and serious institutional problem, ethnic and religious, Religious intolerance is a current issue that was not buried in the past, in the Middle Ages or in the past century. Already, however, it points up the importance of the right to religious freedom as the realization and confirmation of other very personal freedoms, namely, conscience and expression, all guaranteed and respected by the Brazilian constitution.

Keywords: Religious intolerance; right to religious freedom.

SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO. --------------------------------------------------------------------------- 06

2 - A QUESTÃO DA INTOLERANCIA RELIGIOSA. ------------------------------- 07

2.1 -    A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA NA HISTÓRIA. --------------------------- 07

2.2 - LEGISLAÇÃO BRASILEIRA E TRATADOS INTERNACIONAIS SOBRE INTOLERÂNCIA. ----------------------------------------------------------------------------- 08 3 - CONSIDERAÇÃOES FINAIS --------------------------------------------------------- 12

REFERÊNCIAS ................................................................................................13

INTRODUÇÃO[pic 3]

Visa este artigo mencionar e trabalhar um tema de suma importância social e legal que é a intolerância religiosa, haja vista ser o Brasil um país laico há muito tempo, ser um país mestiço em qualquer de seus sentidos, mas que ainda guarda e cultua uma desigualdade imensa e que na maioria das vezes sufoca e lesa as minorias.

    A intolerância religiosa é um conjunto de ideologias e atitudes ofensivas a crenças e práticas religiosas ou a quem não segue uma religião. É um crime de ódio que fere a liberdade e a dignidade humana. O fator intolerância religiosa certamente contribuiu drasticamente para levar os seguidores de Osama Bin. Laden a investirem naqueles atentados esse motivo que levou tanto os talebans como outras organizações de hoje e do passado a se abeberarem na ira da discriminação religiosa para praticarem atos criminosos que sempre resultam na morte de seres humanos, invariavelmente de pessoas inocentes. A ONU - Organização das Nações Unidas e seus diversos Órgãos dedicaram-se, a partir de 1950, a realizar estudos para elaboração de um texto interacional que tratasse do direito de liberdade religiosa. Grandes discussões foram travadas por décadas até o ano de 1981, quando foi proclamada a declaração em defesa do direito de liberdade religiosa.

                                                                                                                                   

2 - A QUESTÃO DA INTOLERANCIA RELIGIOSA.

2.1 A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA NA HISTÓRIA

Desde antiguidade o homem tenta explicar aquilo que não compreendia, utilizando, para isso, a ideia de intervenção ou criação dos deuses. No berço do conhecimento filosófico - a Grécia antiga - não foi diferente. Por meio de histórias mitológicas os gregos explicavam o mundo, sua criação, seus mistérios. E, com isso, surgiu a noção de deidade. 

Outras culturas como a indígena, a egípcia e a hebraica, por exemplo, também criaram suas “mitologias” e seus deuses (ou deus único, em se tratando dos hebreus) na tentativa de explicar fenômenos da natureza como o trovão, o relâmpago, a chuva, a boa ou má colheita, as doenças, etc. E assim surge a religião, que na concepção de Ribeiro e Ribeiro (2012): "É um fenômeno social relacionado a crenças sobrenaturais, envolvendo divindades, deuses e demônios, que elabora padrões de conduta, influencia grupos sociais que se unem numa mesma razão e objetivam explicar e conectar o povo à origem do Universo, da terra e do próprio homem. A religião também desenvolve valores morais e de senso cooperativo." (p. 538-539)

Nesse sentido, Bower (2010, p. 13) afirma que a religião e seus símbolos são criados pelas pessoas como declaração e reafirmação dos valores que mantém a ordem social na sociedade, cujas estruturas e sanções sociais estão diretamente ligadas às suas crenças religiosas. Já para Lakatos (1977, p. 162) a religiosidade visa satisfazer muito mais que tão somente as necessidades físicas do homem. 

A religião exerce uma forte influência na vida das pessoas. Isso é tão verdadeiro que desde épocas remotas a religião fora usada pela maioria dos líderes religiosos para controle social. Assim, para Neto (2004, p. 393) “a religião sempre foi um poderoso instrumento de consciência, um sistema institucionalizado de crenças, símbolos, valores e práticas com soluções para as questões fundamentais da existência humana. ”