KARL MARX UM APANHADO DE SUAS PRINCIPAIS OBRAS
Por: Brunadsouza • 16/3/2017 • Projeto de pesquisa • 880 Palavras (4 Páginas) • 403 Visualizações
[pic 1]Universidade Federal de Ouro Preto
Bruna Danielle de Souza Figueiredo
KARL MARX
UM APANHADO DE SUAS PRINCIPAIS OBRAS
Mariana
2016
Ao longo de sua vida, Marx (1818-1883), trouxe à tona importantes questões, que tornaram-se bases fundamentais para a investigação da dinâmica da sociedade. Levando em consideração o cenário de conflitos na Europa, em que se encontrava, Marx, tornou-se um importante revolucionário e intelectual alemão, fundador da doutrina comunista.
Em uma de suas primeiras obras, Para a Questão Judaica (1843) – tendo marcado a passagem de Marx para o materialismo histórico - Marx realiza uma análise acerca das condições dos judeus alemães, abordando principalmente as restrições aos direitos políticos dos mesmos.
Logo, Marx direciona sua crítica a ideia de Bruno Bauer, o qual defendia a emancipação política dos judeus somente através da emancipação da religião. Desse modo, Marx expõe o equívoco de Bauer, em reconhecer que a emancipação política em um Estado moderno, não seria necessário o abandono da religião, mas sim na emancipação humana, mas ambas não seriam possíveis. Em seguida, Marx afirma que a religião seria um mero reflexo das condições econômicas dos judeus, uma vez que, apesar de serem livres politicamente e religiosamente, ainda estariam enfrentariam restrições materiais, firmando as bases para o desenvolvimento de sua crítica ao capitalismo mais tarde realizada.
Ainda em 1843, foi publicado nos Anais Franco-Alemães a introdução a Crítica da filosofia do direito de Hegel, onde ao investigar Hegel, Marx denuncia o caráter da política alemã, considerando o cenário da época, comparando-a a demais países europeus.
Sendo essa, uma crítica a situação do Estado alemão, Marx revela a sua indignação para com os absurdos entre as relações das classes. Logo, Marx direciona sua crítica a dicotomia entre Estado e Sociedade Civil, defendendo a superação dessa divisão, através da realização de uma revolução, com o objetivo de uma superação do próprio proletariado.
Sem demora, Marx inicia o seu contato com a economia política, passando a direcionar as suas críticas a sociedade capitalista, tornando-se de fato um comunista. Posteriormente, como resultado disso, Marx surge com os Manuscritos econômico-filosóficos (1844).
Os Manuscritos econômico-filosóficos apresentam as ideias fundamentais do pensamento de Marx, tendo o trabalho como forma de constituição do homem, tendo em vista a historicidade do mesmo, e o fato de que o menosprezo do mesmo, leva a alienação, que se fundamenta nas determinações das classes dominantes, como a acumulação e a propriedade privada.
Nessa obra, Marx desenvolve o a sua análise acerca da reprodução do capital e da exploração do homem, destacando o desprezo do capital em relação ao proletário, a necessidade da constante reprodução do capital – acumulação – enquanto o trabalhador ganhara apenas o necessário para a sua reprodução como força de trabalho. Por conseguinte, ele expõe a alienação como intrínseca ao trabalho assalariado, levando em conta o estranhamento do trabalhador, que produz o que não lhe pertence. Dessa maneira, Marx reitera a necessidade da superação da propriedade privada, tendo a emancipação humana como fim.
Em seguida, em 1946, Marx surge com A ideologia alemã, sendo essa criado juntamente com Engels, onde fazem uma crítica direta aos jovens hegelianos. Em razão de defenderem o estudo das relações com base no cotidiano, utilizando do trabalho como aspecto central e determinante – uma vez que acreditavam nas relações dos homens entre si e entre a natureza - se contrapõem aos ideais de pensadores como Bauer e Feuerbach.
Ainda destacam as consequências da divisão de classes, como a parcialidade do Estado, uma vez que, serve a interesses de uma determinada classe, havendo um claro conflito de interesses individuais e coletivos. Logo, com base nessa investigação das relações sociais, julgavam necessário uma revolução para dar início a uma nova sociedade, uma revolução que legitimasse o papel histórico do homem na sociedade. Todavia, o que Marx fez foi se contrapor de modo radical ao especulativismo da filosofia de seu tempo – a ideologia alemã - e repor a filosofia sobre bases materialistas.
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