LIBRAS
Monografias: LIBRAS. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: mari33 • 29/10/2013 • 459 Palavras (2 Páginas) • 645 Visualizações
LINGUAGEM BRASILEIRA DE SINAIS
Aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais na prática docente.
A realidade da educação de surdos no Brasil apresenta um divisor de águas o decreto 5626/2005, que regulamenta a lei de LIBRAS. A partir desse instrumento legal também se cria um imperativo no campo metodológico das línguas de sinais no país. Em razão do isolamento que se impôs aos surdos em turmas de ouvintes e da negação das línguas de sinais durante um longo período, o processo de ensino e aprendizagem ou de uma pedagogia visual e cultural surda ficou desprezada nos espaços institucionais. Por outro lado, ricos percursos de experiências com a língua de sinais e a cultura surda aconteceram em diferentes lugares como as associações de surdo, com a presença de crianças, jovens, adultos e idosos surdos.
Todo esse material e formulação pedagógica empírica muitas vezes são perdidos, e com isso também tradições vão se apagando. Por isso compreendemos como um membro da comunidade surda chora intensamente ao perder um parceiro, seja idoso ou não, porque morre junto é com essa vida, é a partilha de sentidos que se dão em pequena história e confidências, em momentos lúdicos e de solidariedade.
Acreditamos que os enfoques das metodologias de língua de sinais devam se voltar para toda essa “produção empírica” como elementos essenciais para serem retomados sistematicamente dentro de um processo de escolarização.
A presente disciplina procura não apenas mostrar caminhos amadurecidos na
educação de surdos e que se mostraram eficientes, mas tem o papel de ser propositiva em termos de reunir princípios que refletem um jeito surdo de construir. Mais do apresentar técnicas e fórmulas prontas de como ensinar e o que interfere na aprendizagem, é importante que a produção de surdos tenha cada vez mais espaço para criar novos textos. Se uma idéia puxa outra idéia, um texto de um surdo puxa textos de muitos outros surdos.
Para ensinar é preciso perceber a maneira de cada indivíduo e grupo se relacionar com o conhecimento e com o ato criativo. O conhecimento é uma junção de arte, de técnicas e de vivências. Portanto, sempre há uma relação estreita entre quem ensina e o que ensina. O educador surdo organiza os conhecimentos a partir da sua visualidade. A intencionalidade (objetivo claro), reciprocidade (como o aluno se envolve no processo pedagógico) e a mediação dos significados (como os significados são construídos com o aluno) exigem uma criatividade na composição dos elementos de uma pedagogia visual que serão determinantes para o êxito do processo de aprendizagem de educando surdos. Portanto, métodos não é apenas um conjunto de técnicas a serem aplicadas, mas envolvem muitos outros aspectos, dentre eles a criatividade que tem por base uma forma própria de apreender a realidade e que deve estar vinculada com as necessidades de cada sujeito e cultura.
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