Leitura e produção de textos em língua portuguesa

Universidade Federal da Bahia

Disciplina:LETE45-Leitura e produção de textos em língua portuguesa

Docente: Cemary Correia

Discente: Mariana dos Santos Firmino

Fichamento

Gêneros textuais1: definição e funcionalidade

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO, Ângela Paiva; MACHADO, Anna Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora. Gêneros textuais & ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002. pp 19-63.

Em Gêneros Textuais, Marcuschi começa o texto falando sobre o lado social dos gêneros textuais, mostrando o fato de que os gêneros são “eventos textuais altamente maleáveis, dinâmicos e plásticos” (MARCUSCHI, 2002: 19). Em seguida, ainda no item 1 do texto, expõe alguns exemplos de gêneros textuais conforme a história. No item 2, com o nome de “novos gêneros e velhas bases”, o autor mostra o conceito de suporte, explicando assim que as mais recentes tecnologias ajudaram no surgimento de vários gêneros textuais, com ajuda desses suportes como: televisão, jornal, internet, revista, entre outros. Demonstrando, nesse item, que esses suportes ajudam na formação de novos gêneros. Por exemplo: o chat (bate-papo pela internet) é uma nova forma do gênero conversa pessoal, que também favoreceu o gênero conversa ao telefone Marcuschi observa que “em muitos casos são as formas que determinam o gênero e, em outros tantos serão as funções. Contudo, haverá casos em que será o próprio suporte ou o ambiente em que os textos aparecem que determinam o gênero presente”. (MARCUSCHI, 2002: 21). Já no item 3, o conceito de tipo e de gênero textual. O autor afirma que toda comunicação verbal acontece por algum gênero textual. Tipo textual é a expressão usada para usada “para designar uma espécie de construção teórica definida pela natureza linguística de sua composição {aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas}. (MARCUSCHI, 2002: 22). Entre os tipos textuais temos: exposição, descrição, argumentação, injunção, entre outros, pois são inúmeros. Marcuschi, no item 4, esclarece que vários livros didáticos usam a expressão “tipos de textos” para denominar gêneros textuais. Assim, explica parte por parte do conceito de tipo textual, mostrando a ocorrências de textos variados. Quando se nomeia um certo texto como ‘narrativo’, ‘descritivo’ ou ‘argumentativo’, não esse está nomeando o gênero e sim o predomínio de um tipo de seqüência de base”. (MARCUSCHI, 2002: 27). O item 5: Observações sobre os gêneros textuais. O autor ressalta que os gêneros não podem ser definidos. Mostrando um exemplo em que um artigo foi escrito no formato de um poema, mostra o conceito de um gênero com a função do outro, “o predomínio da função supera a forma na determinação do gênero, o que evidencia a plasticidade e dinamicidade dos gêneros”. (MARCUSCHI, 2002: 30). No item 6, com o nome de  “gêneros textuais e ensino”, comenta sobre a necessidade de fazer o trabalho com o texto na sala de aula, com gêneros orais e escritos. Marcuschi evidencia a importância de se trabalhar o texto a partir de gêneros, em sala de aula. Ele sugere, por exemplo, a tarefa de identificação dos gêneros textuais presentes em uma revista ou jornal, indicando as características principais de cada gênero. E por fim, o item 7 onde o autor apresenta suas observações finais. Neste espaço, o autor esclarece que “a relevância maior de tratar os gêneros textuais acha-se particularmente situada no campo da Linguística Aplicada. (...) é de interesse aos que trabalham e militam nessas áreas.” (MARCUSCHI, 2002: 35). Marcuschi aponta para a realidade dos livros didáticos, que apresentam textos de variados gêneros, mas promovem a análise de apenas poucos gêneros, e sempre os mesmos. Ele afirma que apenas poucas vezes os gêneros são tratados de forma sistemática.

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