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Liberalismo E Neoliberalismo

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Por:   •  1/5/2013  •  2.690 Palavras (11 Páginas)  •  840 Visualizações

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NEOLIBERALISMO

Introdução

• Nasceu após a II Guerra Mundial na década de 1970, suas idéias começam a ser implementada na Europa e nos Estados Unidos provocado pela segunda guerra fria, através da Escola Monetarista do economista Milton Friedman, onde predominava o capitalismo e como uma reação teórica e política, veemente, contra o Estado intervencionista e de bem-estar. Seu propósito era combater o Keynesianismo e preparar outro capitalismo, duro e livre de regras para o futuro;

• Argumentavam, os neoliberais, que o Estado de Bem-Estar destruía a liberdade dos cidadãos e a vitalidade da concorrência, da qual dependia a prosperidade de todos. A desigualdade era um valor positivo;

• Em 1973, quando o mundo capitalista avançado cai numa longa depressão/recessão (combinando altas taxas de inflação com baixas taxas de crescimento), as idéias de Freederich Hayek (1944), passaram a ganhar terreno;

• Afirmavam, os neoliberais, que o poder excessivo e nefasto dos sindicatos e do movimento operário e os gastos do Estado com o Social teriam corroído as bases do Estado Social;

. Podemos definir o neoliberalismo como um conjunto de idéias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do estado na economia. De acordo com esta doutrina, deve haver total liberdade de comércio (livre mercado), pois este princípio garante o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país.

Características do Neoliberalismo (princípios básicos):

- mínima participação estatal nos rumos da economia

de um país;

- pouca intervenção do governo no mercado de trabalho;

- política de privatização de empresas estatais;

- livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização;

- abertura da economia para a entrada de multinacionais;

- adoção de medidas contra o protecionismo econômico;

- desburocratização do estado: leis e regras econômicas mais simplificadas para facilitar o funcionamento das atividades econômicas;

- diminuição do tamanho do estado, tornando-o mais eficiente;

- posição contrária aos impostos e tributos excessivos;

- aumento da produção, como objetivo básico para atingir o desenvolvimento econômico;

- contra o controle de preços dos produtos e serviços por parte do estado, ou seja, a lei da oferta e demanda é suficiente para regular os preços;

- a base da economia deve ser formada por empresas privadas;

- defesa dos princípios econômicos do capitalismo.

Qual a diferença entre liberalismo e neoliberalismo?

O neoliberalismo é o liberalismo de nossa época, do enfraquecimento do campo socialista e da globalização e internacionalização crescente dos fatores de produção capitalista. O centro do discurso liberal clássico é o livre desenvolvimento do indivíduo, pensado de forma ideal, extraído de suas condicionantes históricas: se uma pessoa, por exemplo, vive na mais completa miséria, isto se deveria à sua própria incapacidade de lidar com as responsabilidades e os desafios da vida. E ponto final.

No liberalismo clássico, entretanto, o Estado deveria garantir ao menos condições

mínimas – como saúde, educação e segurança – às pessoas, para que elas possam entrar e sobreviver na selva do mercado de trabalho. Neste sentido, o neoliberalismo é ultra-liberal, já que promove o avanço dos capitais e interesses privados sobre estes setores antes considerados básicos e essenciais ao próprio funcionamento do sistema.

Quais os efeitos do neoliberalismo?

Naquela conjuntura de guerra e crescimento capitalista, porém, poucos foram os que lhe deram ouvidos. Foi necessário estourar a crise capitalista da década de setenta, que interrompeu a “época de ouro” e os “milagres” do capitalismo no século XX. Somente cerca de quarenta anos depois de seu nascedouro, o pensamento neoliberal encontrou campo fértil para sua difusão, sendo adotado pelos grupos econômicos que hegemonizaram os Estados nacionais com políticas de desmonte dos sistemas de bem estar e de ataques às conquistas dos trabalhadores, visando inaugurar uma nova fase de acumulação capitalista.

Em todos os países de capitalismo desenvolvido, saúde, educação e segurança estão hoje entre os serviços privados mais lucrativos. No Brasil, o mercado da educação é um dos que mais cresce, especialmente o ensino superior privado. Quanto à segurança privada, já contamos com um contingente de vigilantes maior que o das forças armadas e das polícias estaduais de todo o país.Tudo isso é obra de anos de neoliberalismo. Anos em que se propagandeou a necessidade de o Estado vender as empresas estatais, antes consideradas estratégicas para o desenvolvimento

e a soberania nacional, e privatizar e terceirizar os serviços públicos, essenciais à vida em sociedade. Grupos capitalistas nacionais e estrangeiros se apoderaram do que antes era patrimônio público, em nome da garantia de maior eficiência dos serviços prestados, de melhores preços, de maior competitividade no mercado internacional, e, sobretudo, de maiores investimentos e dedicação do Estado às áreas da saúde e da educação.

Com a falência do socialismo real e com a esquerda desnorteada e dividida, a burguesia reunificou-se em torno de teses profundamente conservadoras, que advogam o individualismo nas relações sociais, a redução da carga tributária, o corte dos direitos sociais e trabalhistas, a desregulamentação dos mercados dos mercados financeiros e das economias, a privatização maciça das estatais e um Estado mínimo

Mudanças na relação Capital – trabalho (Leandro)

Essas mudanças decorreram, antes de tudo, do processo de reestruturação produtiva, que redefiniu radicalmente, no plano objetivo material, a correlação de forças existentes, com o claro enfraquecimento da capacidade política e de negociação da classe trabalhadora e de suas representações. A reestruturação produtiva das empresas –privadas e públicas–, através da reorganização dos seus processos de produção, com

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