Liberalismo Econômico, Keynesianismo, Neoliberalismo E Monetarismo - Escola De Chicago
Monografias: Liberalismo Econômico, Keynesianismo, Neoliberalismo E Monetarismo - Escola De Chicago. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Amandita301 • 10/4/2013 • 2.246 Palavras (9 Páginas) • 2.057 Visualizações
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo analisar, de forma sintetizada, a evolução do pensamento econômico, apontando alguns dos principais modelos até hoje criados e adotados, demonstrando seus benefícios e malefícios na produção e circulação de riquezas.
Será exposta a evolução histórica dos sistemas econômicos sob uma perspectiva crítica, focada nas seguintes linhas de pensamento econômico: Liberalismo Econômico, Keynesianismo, Escola de Chicago, Monetarismo, e Neoliberalismo, destacando as ideias básicas de cada uma delas.
Por fim, uma conclusão arremata a presente pesquisa, com o intuito de propiciar compreensão do que vem a ser o estudo dos progressos históricos e sociais da economia e a importância de se estudar a história da economia mundial até os dias de hoje.
Liberalismo Econômico
Há muito tempo que os grandes mercadores ingleses pleiteavam a diminuição nas regulações e normatizações do comércio interno, no entanto defendiam uma política estatal voltada para a expansão comercial da Inglaterra para os mercados externos. Já os teóricos clássicos da economia eram favoráveis à liberdade comercial em ambas as esferas – internacional e nacional. Ao longo da Revolução Industrial, a ética e a postura individualizante defendida pelo Liberalismo Clássico também conhecido como Liberalismo Econômico se tornou a mentalidade dominante do capitalismo europeu e norte-americano.
De acordo com FREITAS (apud Hunt e Sherman, 2001), no fim do século XVIII e na aurora do século XIX, o liberalismo tornou-se a teoria hegemônica no mundo financeiro e corporativo ocidental, muito embora a antiga ética paternalista cristã permanecesse viva nos escritos de muitos fidalgos ou nos textos de teóricos diretamente vinculados ao mundo aristocrático, sendo também encontrável nas elaborações de alguns socialistas.
Adam Smith – o pai do Liberalismo Econômico
Depois de mais de dois séculos sob forte influência das idéias e práticas mercantilistas, que podem ser genericamente sintetizadas pelo binômio absolutismo político + intervencionismo econômico, a Europa viu nascer no início do século XVIII um movimento filosófico-cultural que exerceu enorme influência em todo o continente, o Iluminismo, que tinha por principais proposições a defesa da liberdade em todas as suas dimensões (liberalismo), o reconhecimento dos valores e dos direitos individuais (individualismo) e a crença na supremacia da razão (racionalismo).
Embora as idéias iluministas tenham exercido influência em toda a Europa, ela foi mais marcante na França e na Escócia, que, por coincidência ou não, tornaram-se os berços das duas escolas de pensamento econômico surgidas na segunda metade do século, a escola fisiocrata e a escola clássica, respectivamente.
Nascido em 1723, Adam Smith pode ser considerado um produto desse contexto histórico, vindo a se tornar um dos maiores expoentes do iluminismo escocês e do pensamento econômico liberal. Porém, reduzir apenas a isso a descrição do contexto histórico da época seria uma grosseira simplificação. Isto porque a descrição deste contexto, por mais sumária que seja não pode omitir o fato de que a Inglaterra (e a Escócia, por extensão) vivia naquela época os primeiros estágios da revolução industrial e Smith soube como ninguém interpretar os movimentos em curso e perceber o alcance e a direção das principais mudanças.
Grande parte das contribuições de Adam Smith para o campo da economia não foi original. Porém, ele foi o primeiro a lançar os fundamentos para o campo desta ciência. Ele tornou o assunto compreensível e sistemático e seu livro A Riqueza das Nações pode ser considerada como a origem do estudo da Economia. Nesta obra, ele demonstra que muitas crenças econômicas populares são na verdade errôneas e autodestrutivas. Ele enfatizou que uma divisão apropriada da mão-de-obra pela sociedade, com cada pessoa se especializando naquilo que sabe fazer melhor, seria a melhor maneira de aumentar a produtividade e a riqueza de uma nação. Além disso, Smith criticou as excessivas intervenções e restrições do governo sobre a economia, demonstrando que economias planejadas na verdade atrapalham o crescimento.
A idéia central de Smith em A Riqueza das Nações é de que o mercado, aparentemente caótico, é, na verdade, organizado e produz as espécies e quantidades de bens que são mais desejados pela população. Pois na premissa básica de Smith; o governo não precisa interferir na economia. Um mercado livre produzirá bens na quantidade e no preço que a sociedade espera. Isto acontece porque a sociedade, na busca por lucros, irá responder às exigências do mercado. Smith ainda escreve: “cada indivíduo procura apenas seu próprio ganho. Porém, é como se fosse levado por uma mão invisível para produzir um resultado que não fazia parte de sua intenção... Perseguindo seus próprios interesses, freqüentemente promove os interesses da própria sociedade, com mais eficiência do que se realmente tivesse a intenção de fazê-lo”.
Adam Smith explica que a “mão invisível” não funcionaria adequadamente se houvessem impedimentos ao livre comércio. Ele era, portanto, um forte oponente aos altos impostos e às intervenções do governo, que afirmava resultar em uma economia menos eficiente, e assim fazendo gerar menos riqueza. Contudo, Smith reconhecia que algumas restrições do governo sobre a economia são necessárias. Este conceito de “mão invisível” foi baseado em uma expressão francesa, “laissez faire”, que significa que o governo deveria deixar o mercado e os indivíduos livres para lidar com seus próprios assuntos.
O fato é que Smith não foi um economista ingênuo. Ele estava ciente dos abusos praticados por muitas empresas privadas, e denunciou as formações de monopólios, que ocorrem quando uma firma é a única produtora de certo produto. Adam Smith também criticou seriamente as conspirações comerciais e cartéis que ocorrem quando um grupo de empresários, produtores de um mesmo bem de consumo, estabelece um determinado preço. Estes fenômenos econômicos poderiam obviamente prejudicar os trabalhos da “mão invisível” onde uma economia funciona melhor quando há bastante competição, resultando em produtos melhores sendo fabricados na quantidade apropriada e nos menores preços possíveis.
Por fim conclui-se que as teorias econômicas de Adam Smith foram amplamente aceitas, e economistas famosos posteriormente utilizaram-nas em seus trabalhos. Sua obra, A Riqueza das Nações, foi escrita de forma clara e compreensível
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