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Libras ciências sociais

Por:   •  1/7/2015  •  Resenha  •  2.384 Palavras (10 Páginas)  •  330 Visualizações

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Trabalho de Libras

        Maio de 2015

Introdução

   Os indivíduos surdos estão sociedade há séculos, entretanto sua história foi sempre repleta de dificuldades, da proibição até a legitimação da língua de sinais no Brasil. Antigamente, as pessoas tinha uma perspectiva muito negativa da surdez, acreditavam que o surdo não poderia desenvolver o pensamento, não poderia ser educado. Esses conceitos partiam da ideia de que a única forma de linguagem possível era a falada, portanto a aprendizagem só se realizaria através da audição. Além disso, a surdez era vista como uma doença que precisava a todo custo ser curada. Sendo assim, tais pessoas viviam totalmente à margem da sociedade e não tinham nenhum direito assegurado.

Resenha do filme

O filme visto em sala, “E o seu nome é Jonas”, aborda questões muito importantes que nos permitiram refletir acerca da educação dos surdos, de como eles eram vistos pela sociedade e da desinformação e preconceitos das pessoas ouvintes em relação a eles. A primeira desinformação retratada no filme é em relação ao diagnóstico do menino Jonas, que ficou anos internado num hospital para doentes mentais, por conta de um diagnóstico errado dos médicos. As pessoas não sabiam lidar com ele, acreditavam que ele era incapaz, quando na verdade o surdo apenas não ouve, mas pensa e raciocina como qualquer ouvinte.

Muitas vezes os surdos sofrem dificuldades dentro das próprias famílias, ainda na infância, pois alguns pais não tem informação suficiente para lidar com o filho diferente, além de não saberem lidar com as frequentes discriminações que o surdo sofre na sociedade, não saberem integrá-lo. A desistência, a recusa, a difícil superação dos problemas do cotidiano, é uma prática muito comum e outra barreira difícil de ser combatida mesmo nos dias atuais. Isso é exemplificado no filme, através dos pais de Jonas que não sabem lidar com sua diferença e logo em seguida, quando o pai de Jonas sai de casa, abandonando a sua família por não saber lidar com a diferença de Jonas, ele acreditava que o menino não seria capaz de raciocinar ou desenvolver habilidades porque não escuta. É visível a angustia da mãe do menino, que desejava entender os sentimentos e desejos do filho e de se fazer compreendida por ele, mas não conseguia se comunicar.

Quando o menino chega do hospital, na tentativa de fazer com que Jonas seja uma “criança normal”, sua mãe o leva a uma instituição especializada em educação de surdos. Lá eles utilizam o método do oralismo, no qual a criança deveria aprender a falar e ler lábios, para que pudesse se comunicar com ouvintes a qualquer custo. Lá a comunicação por sinais era proibida, pois se argumentava que a criança ficaria preguiçosa, pois não iria querer se comunicar oralmente, mas apenas por meio de sinais. Além disso, ele faz uso de um aparelho auditivo, que segundo os especialistas ajudariam no desenvolvimento da audição. A mãe, por querer ver seu filho se comunicando, aceita os tratamentos e acredita que aquilo é o melhor para ele, mesmo sem grandes avanços visíveis.

Finalmente, ao conhecer a Língua de Sinais, a mãe de Jonas percebe que aquela língua possibilita a comunicação dos surdos. A partir do aprendizado da Língua de Sinais, Jonas compreende o mundo e tudo que o cerca, ele tem acesso ao nome dos objetos, dos fenômenos, da natureza. Ele finalmente se sente incluído e adaptado ao meio.

Métodos de ensino na educação de pessoas com surdez

 Alguns professores criaram métodos que se baseavam apenas na linguagem oral, ou seja, a língua auditiva - oral utilizada em seu país. Outros pesquisaram e defenderam a língua de sinais, que se constitui em uma língua espaço-visual criada através de gerações pelos próprios surdos. Outros ainda criaram alguns códigos visuais com o objetivo de manter a comunicação com seus alunos com surdez. Até hoje existem diversas correntes teóricas a respeito da educação do aluno com surdez.

Os métodos de ensino dividem-se em três abordagens principais que produziram muitas formas de se trabalhar com o aluno surdo. São elas: Oralismo, Comunicação Total e Bilinguismo.

Oralismo

A filosofia educacional Oralista surgiu na Alemanha, com Samuel Heinick, que defende que o ensino da língua oral, e a rejeição à língua de sinais, é a melhor forma de educar o aluno com surdez. Ele fundou a primeira escola pública para crianças com surdez baseada no oralismo.

O mais importante defensor do Oralismo foi Alexander Graham Bell, que exerceu grande influência no resultado da votação do Congresso Internacional de Educadores de Surdos, realizado em Milão no ano de 1880. No Congresso, o Oralismo venceu a votação de qual método deveria ser utilizado na educação dos surdos. Os professores surdos não tiveram o direito de votar e muitos foram expulsos das instituições, por causa da proibição oficial do uso da língua de sinais.

No início do século vinte a maior parte das escolas em todo o mundo deixou de usar a língua de sinais. A oralização passa a ser o principal objetivo da educação das crianças surdas e, para aprenderem a falar, passavam a maior parte do seu tempo nas escolas recebendo treinamento oral, com o objetivo de integrar os surdos ao mundo dos ouvintes.

O Oralismo concebe a surdez como uma deficiência que deve ser minimizada por meio da estimulação auditiva que possibilitaria a aprendizagem da língua portuguesa e levaria a criança surda a integrar-se na comunidade ouvinte, desenvolvendo sua personalidade como a de alguém que ouve. Isto significa que o objetivo do Oralismo é fazer a reabilitação da criança surda em direção à normalidade. A educação oral requer um esforço total por parte da criança, da família e da escola. Em resumo o Oralismo consiste em fazer com que a criança receba a linguagem oral através da leitura orofacial e amplificação sonora, enquanto se expressa através da fala. Gestos, Língua de Sinais e alfabeto digital são expressamente proibidos.

Apesar dos esforços, a filosofia educacional oralista não atingiu o objetivo de desenvolvimento da linguagem dos surdos que se esperava. Além disso, o ensino das disciplinas escolares foi deixado para segundo plano levando a uma queda significativa no nível de escolarização dos alunos com surdez.

Comunicação Total

Em 1968, surgiu a filosofia da Comunicação Total que utiliza todo e qualquer meio possível de comunicação na educação dos surdos, acreditando-se que a comunicação e não apenas a língua, deve ser privilegiada.

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