Manifestações Sociais
Artigo: Manifestações Sociais. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Deidizinho • 13/5/2014 • 1.582 Palavras (7 Páginas) • 261 Visualizações
Comparando ao passado podemos verificar que Marx dizia que a questão econômica era o ponto das manifestações e os partidos políticos era o foco. Já para outros pensadores acreditam que o fator cultural é o ponto principal das manifestações, o que atualmente vem acontecendo. O foco atual e grande articulador é o sujeito. A internet é de suma importância nos movimentos sociais atuais pois assim ganham visibilidade. Ocorreu também o surgimento de novos movimentos agora não atrelados aos partidos políticos.O QUE ESSAS MANIFESTAÇOES POPULARES QUEREM DIZER EFETIVAMENTE
O grupo da libertação e a Igreja da libertação sempre mantiveram viva a memória antiga do ideal da democracia, presente nas primeiras comunidades cristãs até o século segundo pelo menos. Repetia-se o refrão clássico:” o que interessa a todos, deve poder ser discutido e decidido por todos”. E isso funcionava até para a eleição dos bispos e do Papa. Depois se perdeu esse ideal nas nunca foi totalmente esquecido: o ideal democrático de ir além da democracia delegatícia ou representativa e chegar à democracia participativa, de baixo para cima, envolvendo o maior número possível de pessoas, sempre esteve presente no ideário dos movimentos sociais, das comunidades de base, dos Sem Terra e de outros.
Mas nos faltavam os instrumentos para implementar efetivamente essa democracia universal, popular e participativa. Eis que esse instrumento nos foi dado pelas redes das várias mídias sociais. Elas são sociais, abertas a todos. Todos agora tem um meio de manifestar sua opinião, agregar pessoas que assumem a mesma causa e promover o poder das ruas e das praças.
Várias têm sido as visões e análises sobre as atuais manifestações populares e protestos que se proliferam por todo o país. O debate está nas rodas de amigos, nas salas de aula, nos meios políticos, nas redes sociais e nelas opiniões são levantadas, objetivos são apontados e rumos são delineados. Há, todavia, um traço comum nas várias opiniões veiculadas: parece haver um tom de ‘perplexidade’ e surpresa, dado que ninguém imaginava a dimensão e envergadura que tais manifestações tomariam.
Diante dessas considerações, o objetivo desse pequeno artigo é fazer uma reflexão um pouco diferenciada do que se colocou até agora. O que pretendemos aqui é discutir o atual momento através de lentes mais bem delineadas, com base nas contribuições da economia institucional e ciência política. A ideia é fomentar alguns pontos de debate que levem em consideração a difícil relação, bem como as possibilidades e impossibilidades, entre a participação dos cidadãos mobilizados no processo de questionamento da institucionalidade colocada e da mudança institucional em si. Contudo, a política é um ritual, um jogo de aparências em que existem apenas vislumbres da realidade, que, por sua vez, só pode ser vista através de conceitos. E esses conceitos parecem não apontar para o que comumente se chama de “novo” nas análises políticas empreendidas ultimamente. É papel dos políticos, por exemplo, antecipar o desejo da população e apresentar propostas para sanar esses desejos. No caso das manifestações, não conseguiu. Por isso, o susto relatado logo acima.
No Brasil, a expressão “justiça social”é empregada além da conta. Políticos, jornalistas, professores, comentaristas, não se cansam de usá-la.Às vezes de maneira adequada, mas, na maioria das vezes, de forma simplista e demagógica.Há muito esta expressão vem sendo repetida por todos aqueles que de alguma forma se julgam possuidores da fórmula mágica para se acabar com o drama da desigualdade que atinge o país, e querem fazer com que o povo acredite neles. Mas “justiça social” nunca foi tão usada quanto agora, com a ascensão do PT ao governo do país. O problema é que da palavra à ação vai uma grande distância, pois nunca também, como agora, os índices de desenvolvimento humano estiveram tão baixos, apesar da propaganda governamental insistir em dizer o contrário.
Durante anos na oposição o PT fez da busca pela justiça social a sua mais cara bandeira.Pela via da estatização, do repúdio ao mercado, do antiamericanismo, do intervencionismo, do corporativismo e, em alguns casos, da defesa de um nunca bem definido “estado socialista”. O fato é que , em nome da “justiça social” Lula e seus companheiros sempre argumentaram contra a liberdade econômica -por eles execrado sob o nome de neoliberalismo- e sempre a favor da maior presença do Estado, com o argumento de que era preciso corrigir as distorções geradas pelo capitalismo,segundo eles, o causador das desigualdades sociais e da miséria.
Uma vez no poder, viu-se que a prática petista só tem sido coerente com o seu discurso no que se refere ao tamanho da máquina estatal:eles não só aumentaram o seu tamanho como também a sua ineficiência. Quanto à Justiça social ela ficou limitada apenas aos quadros do PT e de alguns de seus aliados fisiológicos: o governo petista tem sido pródigo na distribuição de cargos e empregos aos seus amigos e aliados. Passou bem longe da massa de trabalhadores pobres e miseráveis, vítimas da injustiça social que o PT dizia combater. A verdade é que a busca pela justiça social – não a “igualdade social”, não confundam – depende de dois pressupostos que o atual governo não soube ou não quis encarar, ou sejam, a educação e o emprego. O governo Lula quer fazer crer que a justiça social se alcança com uma política do mais puro assistencialismo, melhor dizendo, de esmolas.Pratica, com requintes de “modernidade” a mesma velha política paternalista tão ao gosto dos velhos coronéis da política brasileira, que , coincidentemente ou não, se aliaram ao governo petista.
O paternalismo praticado pelo governo é cômodo , atende às necessidades do marketing governamental , e traz resultados imediatos, o suficiente para a conquista de votos nas próximas eleições. Mas não leva absolutamente à lugar algum em termos de se alcançar a justiça social. Leva, isto sim, à perpetuação da dependência do povo em
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