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• Matrizes Modernas Que Explicam A Sociedade Civil

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Por:   •  10/7/2014  •  757 Palavras (4 Páginas)  •  1.127 Visualizações

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o 1) Matriz Neotocquevilliana:

o De acordo com esta vertente, a existência de uma sociedade civil ativa é algo fundamental para a consolidação da democracia de maneira mais específica, a qualidade da vida pública e a performance das instituições sociais são poderosamente influenciadas pelas normas e redes de engajamento cívico – resultados satisfatórios são mais prováveis em comunidades civicamente engajadas;

o Um conceito utilizado para entender esse fenômeno é o de capital social : fazendo uma analogia com as noções de capital físico e capital humano, o conceito de capital social se refere a aspectos da organização social tais como redes, normas e confiança social que facilitam a coordenação e a cooperação para o benefício mútuo.

o Quanto maior for o estoque de capital social:

o a) redes de engajamento cívico promovem normas fortes de reciprocidade generalizada e encorajam a emergência da confiança social, a força e a estabilidade das democracias liberais depende, necessariamente, de uma esfera de participação associacional;

o b) as redes de engajamento cívico incorporam sucessos passados de colaboração que podem servir como bases para colaborações futuras .

o c) redes de interação provavelmente ampliam o sentido de self do participante, contribuindo para que o “ eu” se transforme em “nós ” ou, na linguagem dos teóricos da escolha racional, aumentando o “gosto” dos participantes por bens coletivos (Putnam, 1995).

o 2) Matriz neoliberal:

o A sociedade civil é considerada de uma maneira mais passiva, menos como uma esfera contraposta ao Estado e ao capitalismo e mais como um complemento ou mesmo um substituto para o Estado e o mercado. Sociedade civil, neste sentido, é o reino entre o Estado, o mercado e a família; não é o reino da luta e da emancipação, mas sim o reino da estabilidade, da provisão, da confiança e da responsabilidade social.

o Utilizam a sociedade civil vinculada ao Conceito de Terceiro Setor: Em contraposição ao Primeiro Setor – o Estado ineficiente e burocrático – e ao Segundo Setor – o Mercado, orientado pela busca do lucro –, o Terceiro Setor corresponderia às associações comunitárias, ONGs, movimentos sociais, fundações, etc. – o setor privado sem fins lucrativos, o público não-estatal ou o público porém privado.

o Tal matriz teórica parte de uma concepção limitada de bem-estar, segundo a qual este pertence ao âmbito privado , ou seja, as famílias, a comunidade, as instituições religiosas e filantrópicas devem se responsabilizar por ele, buscando assim tecer uma “rede de solidariedade” que seja capaz de proteger os mais pobres. Nessa visão os pobres são responsáveis da sua condição, mercado seleção do mais aptos;

o Nota-se, assim, uma conversão do Estado como “público” e de tudo que é não-estatal – mercado e sociedade civil – como “privado” e uma separação desses espaços como esferas autônomas.

o 3) Matriz habermasiana :

o Habermas desenvolveu sua teoria da ação comunicativa.

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