Melhores Práticas Logísticas
Relatório de pesquisa: Melhores Práticas Logísticas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: walbertfreitas • 7/12/2014 • Relatório de pesquisa • 3.960 Palavras (16 Páginas) • 154 Visualizações
MELHORES PRÁTICAS EM LOGÍSTICA
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DAS MELHORES PRÁTICAS EM LOGÍSTICA
A logística inicia sua fase de geração de valor ao processo em que está inserida a partir de sua aplicação prática e efetiva. Aliás, toda boa (ou ótima) prática em logística deve buscar sempre dois objetivos fundamentais: eficiência e responsividade.
EFICIÊNCIA: custos adequados (nem mais nem muito menos...)
RESPONSIVIDADE: níveis de serviço adequados (nem mais nem menos)
A logística é um organismo vivo em uma organização. Sua aplicação nem sempre é matemática e lógica, ou seja, a ampliação do nível de serviço demanda uma necessária ampliação no nível de custos (trade-offs) e estes devem ser gerenciados de forma a manter um balanceamento entre ser responsivo e eficiente.
A palavra logística sozinha tende a perder seu sentido quando desatrelada do todo, ou seja, de nada vale a logística sem a sua efetiva integração com o restante da cadeia de suprimentos em que está inserida direta ou indiretamente.
SCM (Supply Chain Management): O SCM, ou Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos é a evolução da logística quando compreendida de forma integrada e alinhada aos demais membros de uma cadeia.
Os níveis de estoque, antes analisados dentro de um "elo" da cadeia também passam a ser analisados de forma integrada, ou seja, a competitividade estratégica de uma cadeia inicia-se quando obtém-se, on-line e on-time o estoque na cadeia e não em um ou poucos elos desta cadeia (não esquecendo do estoque "em trânsito"). Este entendimento remete ao estudo de mais um importante assunto, o Efeito Chicote...
EFEITO CHICOTE: conceito recente, estudado ainda muito superficialmente mas que representa como nenhum outro conceito os efeitos provenientes da comunicação falha e divergências estratégicas entre os diversos "elos" ou "atores" de uma cadeia de suprimentos.
Exemplo trágico:
Em 2004, após uma reportagem em uma famosa rede televisiva, programa este que evidenciava as vantagens do consumo do suco de uva natural para o organismo humano proporcionando ganhos variados do tipo: redução do colesterol, redução de radicais livres, longevidade, redução de riscos de derrames entre diversos outros benefícios.
Toda esta "fama" causou um rápido e pontual desabastecimento de suco de uva no mercado brasileiro, ou seja, o estoque nacional de suco, que deveria durar até a próxima safra de uva finalizou 3 meses antes causando um desabastecimento generalizado deste produto no país.
Os "elos" mais fracos desta cadeia vinícola perceberam uma oportunidade caso possuíssem um estoque de suco de uva maior para o próximo ano e investiram muito em tecnologia, maior área plantada com uvas destinadas à fabricação de sucos, compra de tonéis de aço inox (caríssimos), etc.
Resumindo: no ano seguinte, em vez do crescimento do consumo de suco de uvas no país crescer, na realidade retornou ao patamar do ano imediatamente anterior àquela reportagem... O que houve então? Produtores de uva endividados! Fabricantes de suco endividados! Tanques de inox vazios! E o fim desta história foi o ano com maior índice de suicídio na Serra Gaúcha (maior produtora de uvas do Brasil).
Nada disso teria ocorrido caso os "elos mais fortes" desta cadeia tivessem um sistema de comunicação efetiva com os "elos mais fracos" proporcionando informações que auxiliassem os integrantes menos informados desta cadeia que esta demanda acentuada por suco de uva era na realidade uma demanda pontual e reversível e não duradoura e com tendência de crescimento como imaginava-se.
Este é o EFEITO CHICOTE, efeito que resumidamente explica que os elos mais fracos de uma cadeia de suprimentos qualquer (lado do chicote que "estala") sofre efeitos desproporcionalmente maiores quando as ações tomadas pelos elos mais fortes desta mesma cadeia não são adequadamente informados ao longo da mesma.
Profissionais da logística, estas são as lições:
- São agentes que ampliam a responsividade promovendo a efetividade;
- Todas as decisões tomadas visam a suavização do Efeito Chicote, que ocorre com a devida transferência de informações entre TODOS os membros da cadeia de abastecimento;
- Aprendam a reconhecer os elos mais fortes e mais fracos de sua cadeia e auxiliem no fortalecimento destes elos mais fracos e na equalização de forças entre os demais elos.
Com estas duas considerações iniciais já é possível "sentir" a importância do efeito Sinergético que uma cadeia de suprimentos necessita para evoluir de forma sustentável.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DAS MELHORES PRÁTICAS EM LOGÍSTICA
A logística está intimamente ligada aos fatores operacionais atrelados à ela. A Logística Industrial busca, além da RESPONSIVIDADE e EFETIVIDADE conforme explicados anteriormente, conceitos e regras de importância fundamental. As principais delas são apresentadas na lista abaixo:
1- Lean Logistics, ou seja, a logística enxuta. Conceito já difundido no ambiente industrial mas com efeitos e aplicações devidamente adaptados à aplicabilidade logística;
2- TOC (Theory of Constraints) aplicada à logística. A localização dos gargalos logísticos (pontos de desacoplamento) em uma cadeia de abastecimento tornam suas decisões mais confiáveis e assertivas;
3- Aplicações de conceitos de BSC (Balanced Scorecard) na definição dos KPI's Logísticos, ou seja, elaboração de indicadores de desempenho logísticos considerando múltiplas perspectivas;
4- Dominar conceitos de Mapeamento de Processos (BPM) e conceitos de mapeamento da cadeia de valor;
5- Aplicação de práticas demonstradas pelo Modelo SCOR em cada projeto de otimização do processo logístico estudado.
Alguns conceitos adicionais não podem deixar de ser considerados, entre eles podem ser citados:
1- Geração de valor é mais importante que a redução de custos;
2- Aumentar a produtividade nem sempre é fazer mais com menos.... Pode ser fazer mais com o mesmo;
3- A transformação do máximo de custos fixos em custos variáveis;
4- A redução do efeito da sazonalidade no negócio;
5-
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