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Membros do núcleo histórico da ética da constituição

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Por:   •  9/11/2013  •  Tese  •  2.218 Palavras (9 Páginas)  •  470 Visualizações

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ÉTICA FUNTAMENTOS SÓCIO-HISTÓRICOS

Maria Lucia S. Barroco

As bases sócias históricas de constituição da ética

Capítulo I

1.1. Práxis e capacidades humano-genéricas

“Abordamos o processo e as formas pela as quais o homem originalmente um ser natural como outros seres vivos (...)” (p19)

“É nesse processo histórico que são tecidas as possibilidades de o homem se comportar com um ser ético: enquanto o animal se relaciona com a natureza a partir do instinto, (...)” (p.19)

“(...) o ser social passa a construir mediações cada vez mais articuladas, ampliando seu domínio sobre a natureza e sobre si mesmo.” (p.19)

“A ética é entendida como modo de ser socialmente determinado tem sua gênese no processo de autoconstrução do ser social.” (p.20)

“(...) entende-se que o ser social surge da natureza e que suas capacidades essenciais são construídas por ele no seu processo de humanização: ele é o autor e produtor de si mesmo, o que indica a historicidade de sua existência.” (p.20)

“(...) o ser social fundamenta-se em categorias ontológico-sociais, pois os modos de ser que o caracterizam são construções sócio-históricas que se interdeterminam de forma complexa e contraditória, em seu processo de constituição.” (p.20)

“(...) Enquanto a atividade vital dos animais como resposta a necessidade de sobrevivência é limitada, instintiva e imediata, (...)” (p.20)

“(...) a atividade humana se diferencia pelas mediações que estabelece, pois responde às carências de forma consciente, racional, projetiva, transformando os sentidos, de forma livre e criativa. (...)” (p.20)

“Marx assinala, (...) as principais capacidades desenvolvidas pelo homem.” (p.21)

“(...) que o homem se desenvolve como um ser consciente, universal e livre, capaz de produzir sem a necessidade física e, de fato, quando mais dela se afastar, mais livre será sua produção e sua autoconsciência de sujeito transformador da natureza.” (p.21)

“Marx se refere às capacidades desenvolvidas pelo trabalho: necessidade natural e eterna de efetivar o intercâmbio material entre os homens e a natureza, portanto, manter a vida humana” (p.21)

“O filósofo Lukács enfatiza a centralidade ontológica do trabalho na vida dos homens:” (p.21)

“(...) O trabalho é, (...) o ponto de partida da humanização do homem, do refinamento de suas faculdades, processo do qual não se deve esquecer o domínio sobre si mesmo.” (p.21)

“(...) a sociabilidade é “um traço essencial do indivíduo inteiro e penetra em todas as formas de sua atividade vital” (Markus, 1974, p.30).” (p.21)

“(...) a sociabilidade é inerente a todas as atividades humanas, expressando-se no fato ontológico de que o homem só pode constituir-se (...) com outros homens e em conseqüência dessa relação; (...)”(p.21, 22)

“significa reciprocidade social, reconhecimento mútuo de seres de uma mesma espécie que partilham uma mesma atividade e dependem uns dos outros para viver.” (p.21, 22)

“Constituir-se (...) socialmente quer dizer dominar a natureza, criar novas alternativas, dar respostas sociais, e daí decorrer a transformação de todos os sentidos humanos.” (p.22)

“(...) diz Marx, uma necessidade primária, como a fome, por exemplo, torna-se social ao criar formas diferenciadas de satisfação, pois estas já indicam costumes culturais construídas em diferentes modos de produção:” (p.22)

“A realização da produção supõe o papel ativo da consciência e por isso é uma mediação primária da vida social.” (p.22)

“(...) a natureza existe independente da ação humana, mas para transformá-la é preciso conhecer suas dinâmicas:” (p.22)

“Para produzir, por exemplo, com fogo, a carne, o espeto etc., um alimento humano, as propriedades, as relações etc., destes objetos que são apresentados objetivamente em si e de modo absolutamente independente do sujeito ativo devem ser corretamente conhecidas e corretamente usadas. (Lukács, 1990, p. XLV)” (p.22)

“Considerar o papel ativo da consciência nas ações humanas não significa entender que o produto da práxis seja (...)” (p.22)

“(...) o resultado de uma deliberação consciente ou de projeção ideal. A realidade é dinâmica; logo, não existe uma relação de causa e efeito (...)” (p.22)

“(...) Os homens são produtores de sua consciência, mas o produto de sua práxis não pode ser considerado uma conseqüência causal (...) (p.23)

“(...) porque as circunstâncias sociais em que ele é produzido ultrapassam a determinação subjetiva dos indivíduos, considerados isoladamente.” (p.23)

“(...) Marx (...) afirma que não existe trabalho sem a projeção ideal do que será realizado (...)” (p.23)

“(...) Uma aranha executa operações semelhantes às do tecelão e a abelha envergonha mais de um arquiteto humano com a construção dos favos de suas colméias. Mas o que distingue, de antemão, o pior arquiteto da melhor abelha é que ele construiu o favo em sua cabeça, antes de construí-lo em cera. No fim do processo de trabalho obtém-se um resultado que já no início deste existiu na imaginação do trabalhador, e, por tanto idealmente. (Marx, 1980, p.202)” (p.23, 24)

“Vê se o papel ativo da consciência no trabalho e na práxis dos homens em geral, desvelando a falsa idéia de que a materialidade de sua intervenção prática não implica sua subjetividade.” (p.24)

“(...) Marx advertiu, o trabalho não se realiza sem a capacidade teológica do homem, ou seja, sem projeção ideal de finalidades e dos meios para a sua efetivação, (...)”(p.24)

“sem determinado grau de cooperação, de certas formas sociais de comunicação, tal com a linguagem articulada, sem nível de conhecimento e de domínio sobre a natureza, (...)” (p.24)

“(...) a consciência é uma capacidade específica do homem: só ele é capaz de responder aos seus conhecimentos formulando novas perguntas e projetando finalidades, (...)” (p.24)

“Como práxis, o trabalho realiza um duplo movimento: supõe a atividade teológica ( a projeção ideal de sua finalidades e meios) por parte do sujeito que o realiza e cria uma realidade nova e objetiva (resultante

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