Morte De Caimbra
Monografias: Morte De Caimbra. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 170396 • 6/8/2014 • 1.486 Palavras (6 Páginas) • 308 Visualizações
Cap. VI
Salário mínimo e Produto Interno Bruto (PIB)
Quando se fala em trabalho no Brasil, o salário mínimo sempre é tomado como referência na análise do comportamento dos rendimentos dos trabalhadores. relacionando, evolução do salário mínimo com a evolução do PIB, isto e, de toda a riqueza produzida no Brasil, observa-se claramente que houve um crescimento econômico fantástico nos últimos sessenta anos, mas que os benefícios desse crescimento não chegaram aos trabalhadores.. Essa situação está representada no gráfico a seguir:
Por que o Estado não aumenta o salário mínimo, garantindo à maior parte da população uma vida digna, já que se produz tanta riqueza? Para onde vai toda a riqueza gerada no país? Os textos que você leu podem explicar isso?
Trabalho infantil
A presença do trabalho infantil pode ser observada em vários lugares do mundo. No Brasil, é uma constante em muitas regiões, embora existam leis (como o estatuto da Criança e do Adolescente - ECA) e programas governamentais para coibir essa prática.
Crianças e adolescentes trabalham na agricultura, em vários tipos de cultivo: lavouras de café, cana-de-açúcar, laranja, tomate, fumo, entre outras. Também trabalham em carvoarias, em pequenas fábricas, na produção de tijolos em pedreiras, em casas, como empregadas domésticas, além de estar presentes nos lixões e nas esquinas das grandes cidades vendendo doces, balas quinquilharias. Essa mão-de-obra é explorada até por grandes empresas multinacionais.
1- No século XIX, a primeira luta dos trabalhadores foi pela extinção do trabalho infantil. Pro¬curava-se assegurar à criança os direitos de brincar, estudar e não ser explorada no trabalho. Por que a exploração do trabalho infantil persiste até os dias de hoje? Será que a pobreza extrema obriga a criança a trabalhar? Será que são os pais que a forçam a trabalhar, por aguda necessidade?
2- Você tem alguma sugestão para acabar com o trabalho infantil nas diferentes situações apontadas?
Escravidão por dívida no Brasil atual
Em muitas partes do Brasil pode-se encontrar, ainda, a exploração do trabalho escravo, nas formas as mais cruéis possíveis. Em seu livro Pisando fira da própria sombra: a escravidão por dívida no Brasil contemporâneo, o sociólogo Ricardo Rezende Figueira traça um detalhado panorama dessa forma de trabalho nos estados do Pará, Piauí, Mato Grosso e Rondônia. Por meio de uma pesquisa minuciosa, Figueira demonstra as razões que levam as pessoas a procurar trabalho naqueles estados, o aliciamento pelos empreiteiros com suas promessas, a ação dos fiscais e dos fazendeiros, a violência normalmente envolvida nas ações. De acordo com esse estudo, os trabalhadores são mantidos em cativeiro pelo mecanismo da dívida eterna, isto é, eles são obrigados a comprar tudo de que neces¬sitam nos barracões das fazendas, de tal modo que estão sempre devendo ao proprietário no final do mês, num processo cumulativo que acaba tornando impossível a quitação da dívida. É o que o autor chama de escravidão por dívida.
Apesar de haver legislação específica e esforços governamentais para impedir esse tipo de situação no país, empresários e fazendeiros inescrupulosos utilizam o trabalho escravo de modo contínuo, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, contando com a impunidade de seus aros.
1- Como vimos, o trabalho escravo prevaleceu no Brasil por mais de 350 anos. Quais são as semelhanças e as diferenças entre o trabalho escravo no Brasil colonial e imperial e o trabalho escravo no Brasil de hoje?
2- Por que a exploração do trabalho escravo persiste, apesar de proibida por lei? Será que os empresários e fazendeiros que submetem os trabalhadores à escravidão por dívida ainda têm uma visão colonial do Brasil?
Morte de câimbra
BRASÍLlA - A indústria fabrica mais e mais carros "flex" (a álcool e a gasolina), os usineiros fazem a festa, os preços só sobem, os consumidores se assustam e o governo ameaça intervir. Você não acha que está fal¬tando alguém nessa história?
Todos estão pensando no seu bolso e no seu interesse, mas ninguém se preocupa com a base dessa pirâmide: o cortador de cana - um dos trabalhadores mais explorados do país. É por isso que a CUT dá um grito e a socióloga Maria Aparecida de Moraes Silva, professora visitante da USP e titular da Unesp, quer saber o que, de toda essa pujança, de todos esses aumentos e de toda essa negociação em tor¬no do "flex", vai sobrar para os cortadores de cana, cujas condições ela acompanha há mais de 30 anos, principalmente na região de Ribeirão Preto (SP).
Esse trabalhador fica a ver navios boa parte do ano e se esfalfa durante a safra (abril a no¬vembro) por migalhas, recebendo de R$ 2,20 a R$ 2,40 por tonelada de cana cortada. E ainda paga o transporte, a pensão, a comida. E man¬da o que sobra (deve ser mágico) para casa.
Sim, porque a maioria é migrante. Deixa a fa¬mília e desce do norte de Minas e do Nordeste para ganhar a vida - ou a morte.
De meados de 2004 a novembro de 2005, morreram 13 cortadores na região, ge¬ralmente homens jovens (o mais velho tinha 55 anos) Há diferentes diagnósticos médicos, e os cortadores têm o seu próprio: "morte de câimbra". Sabe o que é7 A partir dos anos 90, com as máquinas colheltadeiras, o sujeito tem como meta cortar 12 toneladas de cana por dia. Aí, vem a câimbra nos braços, nas pernas e, enfim, no corpo todo Na verdade, ele morre de estafa.
Espera-se que governo e produtores se entendam para
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