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NA CASA DE MEU PAI: A África na filosofia da cultura

Por:   •  21/7/2015  •  Trabalho acadêmico  •  700 Palavras (3 Páginas)  •  634 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

AVALIAÇÃO FINAL

RIO DE JANEIRO - 2014

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

AVALIAÇÃO FINAL

ALUNA: RAPHAELA BOAES RAPHAEL

        

Trabalho apresentado para avaliação na disciplina Tópicos Especiais em Ciência Política XXVI, do curso de Ciências Sociais, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro ministrado pelo professor João Trajano Sento-Sé.

RIO DE JANEIRO - 2014

NA CASA DE MEU PAI: A África na filosofia da cultura

Kwame Anthony Appiah

Capítulo 7 - O pós colonial e o pós moderno

O autor constrói seu argumento através de uma narrativa sobre uma exposição organizada pelo Centro de Arte Africana em Nova York onde a curadora e seus co-curadores deveriam selecionar as obras. Entre especialistas em obras de artes – americanos, europeus e africanos – uma presença se destaca, a de Lela Kouakou, descrito como artista e adivinho baúle. Nesse ponto do texto podemos perceber a intenção de enfatizar a busca pelo exótico, àquilo que seria considerado mais genuíno quanto mais tradicional fosse em oposição ao moderno. Para este só lhe foram dadas obras baúles, pois segundo uma nota de rodapé do ensaio explicado pela curadora: “os informantes africanos criticam as esculturas de outros grupos étnicos em termos de seus próprios critérios tradicionais” (APPIAH, 1997, p.194).

Appiah é contrário a ideia de que um artista africano só poderia falar de arte africana se não fosse influenciado pela sua própria visão estética. Afinal, o reconhecimento do artista como pertencente a uma determinada nacionalidade é dado a partir do instante em que ele sabe que não pertence a outro grupo, e isso só ocorre na medida em que ele possa diferenciar diante do conhecimento sobre o outro, suas tradições e culturas. A nossa identidade é construída a partir do momento em que se nega a identidade do outro. Para Weber esse seria o momento onde superaríamos a subalternidade; trocando a magia em prol da racionalidade; o momento por ele conceituado como “o desencantamento do mundo”. Porém, não foi isso que ocorreu; a racionalização do mundo não pode mais continuar a ser encarada como uma tendência do ocidente, como pensava Weber.

No contexto pós-moderno, uma parcela da sociedade africana se tornou uma sociedade consumista nos moldes ocidentais. O sentido de Estado e das nacionalidades se constitui a partir da importância que assume o papel da mercadologização. A forma moderna de integração aparece como sendo a transformação da cultura em mercadoria, onde o valor de mercado da África é criado pelo Ocidente. Para o autor a África está sendo muito influenciada pela cultura ocidental dentro de sua cultura tradicional, principalmente a partir do momento em que a arte vira mercadoria. Contudo, Appiah destaca que a modernização das sociedades africanas está ocorrendo sem que se perca de vista seus aspectos culturais, uma vez que muitos se recusam a ver-se como o outro.

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