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O Descaso do governo com o nordestino

Por:   •  6/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  392 Palavras (2 Páginas)  •  135 Visualizações

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O descaso do Governo com o nordestino

Além de todos as dificuldades as quais corriqueiramente assolam os territórios nordestinos, eles se deparam também com a ignorância da gestão pública que, com a incapacidade de dominar a totalidade territorial tem de escolher áreas para desmazelar, e o principal aspecto que tem sido colocado em pauta nas discussões de audiências públicas da Comissão de Integração Nacional foi o tema que o deputado Wilson Filho (PTB-PB) muito bem apuradamente chamou de “caos total” no Nordeste.

O deputado se refere primeiramente a escassez de água, que não é um fenômeno recente na vida de nossos vizinhos, que convivem mas não toleram e suplicam por mudanças a séculos, pois estão cientes que são vítimas da maior desigualdade social do país e que residem em uma região onde apresenta o menor IDH do Brasil . Mas para agravar a situação dessa população, podemos considerar as características climáticas, uma das regiões mais secas e áridas do Brasil (grande parte do Nordeste está localizado no Polígono das Secas, recebe este nome devido ao baixo índice pluviométrico, rara ocorrência de chuva e ao solo seco e rachado).

Essa área clama por maior atenção política, mas na contramão das súplicas o povo recebe apenas a displicência, enquanto isso a população nordestina vive seu ciclo vicioso, ausência de água para consumo próprio e para agricultura, que por sua vez não haverá alimento para sustentar nem a si próprio, muito menos a pecuária, falta de condições sanitárias básicas tornando-se uma região de difícil sobrevivência desde seu descobrimento registrando a primeira Grande Seca entre 1791/1793, com frequente morte de seres humanos e animais.

Atualmente existe uma proposta de revitalização do Rio São Francisco e construção de canais de transposição, porém a burocracia brasileira, interesses pessoais e a prioridade particular acima da pública interferiu na realização das obras. O canal claramente beneficiará os latifundiários (passará por suas terras), as empreiteiras que superfaturarão nas obras, e os pequenos proprietários, aqueles que realmente necessitam, ficaram na mesmice, após tanto batalhar por terem seus direitos assegurados. Caso isso ocorra, apenas ficará mais nítido que a seca no Nordeste do Brasil é de cunho sócio-político.

A Ministra do planejamento Miriam Aparecida Belchior fez um deselegante comentário na imprensa dizendo que o atraso nas obras não seria um problema para os nordestinos, “pois o nordestino é um forte” –Euclides Cunha (RJ-Autor de Os Sertões)

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