O Estado e Organização Território no Brasil
Por: Ebraim Sousa • 19/4/2021 • Trabalho acadêmico • 1.007 Palavras (5 Páginas) • 107 Visualizações
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ESTADO E ORGANIZAÇÃO TERRITORIAL NO BRASIL (PRU350)
Avaliação 01:
Considere pelo menos uma das seguintes questões para desenvolver atividade proposta, considerando o conteúdo que foi apresentado nas aulas e o material de apoio indicado.
- O início da República no Brasil ficou marcado por uma série de instabilidades (políticas, econômicas, sociais) e por mudanças significativas na estrutura social do país, com as cidades passando a assumir uma importância inédita, tornando-se o centro da vida política e espaço de referência para atuação das elites. Fale sobre a cidade que era “desejada” pelas elites e sua importância para o projeto de “nação” que estava sendo construído nesse período.
O Rio de janeiro entre 1800 e 1900 cresceu de uma maneira completamente desordenada. Em 1800 o Rio de janeiro tinha cerca de 100 mil habitantes e na virada do século 19 para o século 20 já tinha mais de 800 mil habitantes.
Em um curto espaço de tempo o Rio de janeiro tinha aumentado oito vezes o número da sua população, esse aumento populacional gerou uma série de problemas dentro da cidade, problemas relacionados a doenças. o Rio de janeiro era conhecido como porto das doenças, e isso porque, quando as pessoas chegavam a primeira imagem era uma imagem incrivelmente suja. O Rio de janeiro nesse tempo possuía mais de 5 mil casos de peste negra, peste amarela, além de epidemias de varíola e doenças que eram bacterianas essas que predominavam na época Rio de janeiro.
Todas essas doenças e toda essa sujeira cresceram sobre as regiões centrais junto com o crescimento da população. Durante a segunda metade do século 19 boa parte da elite carioca deixou o centro da cidade, abandonando seus casarões e grandes sobrados, muito pelas condições insalubres e pela prevenção de doenças, essa elite começou a ocupar outras regiões do Rio, como a zona Sul, bairro da Glória, Bairro do Catete, Santa Tereza e por outro lado a zona norte, como o bairro da Tijuca. A ideia da elite era evitar aquela aglomeração do centro, assim esses sobrados ficaram abandonados, sendo alocados para um conjunto de famílias ou para pessoas que não tinham condições de alugar um sobrado. Dando origem a uma construção que era muito comum no Rio de janeiro naquela época, que eram os cortiços, casas de cômodos grandes casarões que eram abandonadas por famílias ricas, em que grandes famílias habitavam um único quarto utilizando um único banheiro. As condições de higiene naquela época não eram condições muito degradáveis.
O Rio de janeiro, o porto das doenças no século 19, com a república sendo instaurada, ela chegou querendo resolver esses problemas da capital do império. É com esse objetivo que o Rodrigo Alves, então presidente do Brasil, vai nomear o Francisco Pereira passos para realizar uma ampla reforma urbana na capital da república, e essa reforma urbana vai contar com três principais norteadores: o Embelezamento, a Modernização e a Higienização. Da perspectiva do embelezamento podemos ver o desejo de transformar o Rio de janeiro em uma espécie de Paris tropical, tendo como projeto a abertura de uma série de bulevares e uma série de avenidas. Esse processo tinha como objetivo fazer com que o Rio de janeiro ficasse cada vez mais semelhante ao modelo de cidade europeia, esse sentido de embelezamento vai estar intimamente ligado com a questão da higienização. A Higienização estava pautada na política da exclusão das populações pobres do centro Rio de Janeiro. Pereira passos vai decretar então o combate aos cortiços. Durante o governo de Pereira passos a política “bota abaixo” demoliu mais de 4 mil habitações populares, muitas delas para abrir esses grandes bulevares, com esse movimento de embelezamento e de expulsão das populações pobres que eram as populações negras do Rio de janeiro, o objetivo era que essas populações fossem para regiões mais afastadas sobretudo para regiões da zona Norte do Rio de janeiro. Porem os planos de Pereiras Passos não funcionaram, se por um lado criou instrumentos para que fosse possível como linhas de trem que passam pelos bairros da zona Norte do Rio, essas populações se apegaram a sua localidade de origem, nesse sentido então que a disposição da linha de trem que é um aspecto de modernização não vai ser suficiente para tirar as populações do centro do Rio de janeiro. E esse foi o início do processo de favelização ocupando as encostas de morros.
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