O Processo De Renovação Do Serviço Social
Pesquisas Acadêmicas: O Processo De Renovação Do Serviço Social. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 8769579 • 26/5/2014 • 2.754 Palavras (12 Páginas) • 327 Visualizações
O PROCESSO DE RENOVAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL
DISCIPLINA: FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGIOS DO SERVIÇO SOCIAL
TEMA: A Renovação do Serviço Social sob a Autocracia Burguesa
Fonte: NETTO.In Ditadura e Serviço Social, Cap. 2, 1991, S.P. Cortez Editora.
FARIAS, A.B.Entre Explicação e Compreensão: resgate histórico dos modelos teóricos no serviço social(entre 1936-1985)
1 A Renovação e o Serviço Social.
1.1. A renovação expressa um conjunto de características novas que durante a repressão da autocracia burguesa o serviço social, articulando elementos de sua tradição e tendências do pensamento social contemporâneo , procura mostrar legitimidade na pratica , na medida em que, responde as demandas sociais, sistematiza e tenta a validação teórica mediante a remissão as teorias e disciplinas sociais( NETTO, 1991, p.113).
1.2. Traços característicos da renovação. O debate interdisciplinar se constitui uma das características do processo de Renovação do Serviço Social. Esta característica se expressa:
• Na instauração do pluralismo teórico, ideológico e político no marco profissional, deslocando uma sólida tradição de monolitismo ideal.
• Na crescente diferenciação das concepções profissionais (natureza, funções,objetivos e praticas do Serviço Social ), derivada do recurso diversificado a matrizes teórico- metodológicas alternativas, rompendo com o viés de que a profissionalidade implicaria uma homogeneidade(identidade) de visões e de praticas.
• A sintonia da polemica teórico-metodológica profissional com as discussões em curso no conjunto das ciências sociais, inserindo-o como protagonista que tenta cortar com a subalternidade(intelectual)posta por funções meramente executivas.
• A constituição de segmentos de vanguarda, sobretudo mas não exclusivamente, inserido na vida acadêmica, voltados a investigação e a pesquisa(NETTO, 1991,pp.135-136).
2 . Direções do processo de renovação: o processo de renovação configura um movimento cumulativo, com estágios de dominância teórico-cultural e ideopolítico distintos, porém se intercruzando, sobrepondo-se e criando dificuldades de qualquer esquema para representá-lo.
2.1 - Momentos privilegiados do processo de Renovação:
• O 1º cobre a segunda metade dos anos 60 - organismos que sustentam o processo de renovação nesse momento – impulso organizador e praticamente monopolizado pelas iniciativas do CBCISS, que abre uma série de Seminários de Teorização, Araxá 67, Teresópolis 70, Sumaré 78 , Alto da Boa Vista 1984.
• 2º momento cobre a segunda metade dos anos 70. Além da presença do CBCISS, unifica-se a objetivação das magnitudes sistematizadas no âmbito dos cursos de pós-graduação.
• O 3º momento localiza-se na abertura dos anos 80 – CBCISS, Pós-Graduação e ABESS e posteriormente os sindicatos.
2. 2- A renovação se inicia mediante a ação organizadora de uma entidade que passa a aglutinar profissionais e docentes, em seguida tem o seu centro de gravitação transferindo para o interior das agências de formação e, enfim espalha-se nesses núcleos para organismos de clara funcionalidade na imediata representação da categoria.
OBS. Esta é uma evolução que leva da ação exclusiva do CBCISS ao debate nas escolas (principalmente nos cursos de pós-graduação)
2.3 – Dados significativos desses movimentos:
1. Alargamento do elenco dos interlocutores, em função da pluralidade dos organismos envolvidos e da ampliação da categoria profissional, modalidade de (ampliação da categoria profissional) difusão dos conteúdos de renovação ( NETTO, 1991, p. 153.)
2. O grupo restrito das estrelas consagradas da profissão vai sendo deslocado por um segmento maior de profissionais, que participaram do debate em tom de polêmica profissional (NETTO,1991.pp. 153-154).
2.4. Direções principais do Processo de Renovação no Pós 64
• Modernização conservadora cujo fundamento teórico metodológico é a sociologia funcionalista;
• “Um esforço no sentido de adequar o Serviço Social, enquanto instrumento de intervenção inserido no arsenal de técnicas sociais a ser operacionalizado no marco das estratégias de desenvolvimento capitalista, às exigências postas pelos processos sóciopolíticos emergentes no pós-64” (NETTO, 1991, p.154);
1- Modernização conservadora cujo fundamento teórico metodológico é a sociologia funcionalista;
• A profissão moderniza seu caráter missionário, através do status de técnico, ao mesmo tempo em que, na perspectiva estrutural-funcionalista, moderniza e inova seu instrumental técnico-operativo.
• Os profissionais com um perfil tecnocrático deixam os morros, favelas, obras sociais e passam a ocupar cargos nas instituições públicas e privadas e implementam os novos programas sociais da nova política social. Os documentos de Araxá e Teresópolis expressam o pensamento dos tecnocráticos dessa direção.
2. Reatualização do Conservadorismo perspectiva teórico-metodológica - a Fenomenologia
• “...recupera os componentes mais estratificados da herança conservadora da profissão, nos domínios da (auto) representação e da prática, e os repõem sobre uma base teórico- metodológica que se reclama nova, repudiando, simultaneamente, os padrões mais nitidamente crítico-dialético, de raiz marxiana” (NETTO, 1991,p.157).
• O seminário de Sumaré realizado em 1978 entre 20 e 24 de novembro, trabalhou a cientificidade do Serviço Social. Nele foram feitas reflexões acerca da Fenomenologia e a questão da dialética no Serviço Social.
3. Intenção de Ruptura com o Serviço Social conservador - interlocução com o marxismo sem Marx pela via Maoísta e Althusseriana( Momento da Emersão 1972-1975).
3.1. O Método de Belo Horizonte ( PUCMG)- Relação Teoria- Pratica no Trabalho Social -MBH
• A proposta de Belo Horizonte afirma-se como “(...) uma alternativa que procura romper com o tradicionalismo no plano teórico-metodológico, no plano da concepção e da intervenção profissionais e no plano da formação” (ibidem, p.263). Este processo foi interrompido, em 1975, por pressões externas e internas à Escola de Serviço Social,
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