O Ubaldo Ribeiro
Por: 101016 • 28/11/2021 • Resenha • 431 Palavras (2 Páginas) • 187 Visualizações
Texto: RIBEIRO, João Ubaldo. “1 - Que coisa é a Política”; “2 - Como a Política interessa a todos e cada um”, em Política: Quem manda, Por que manda, Como manda. Ed. Nova Fronteira, 1998; pp. 13-31
No texto “Que coisa é a Política” para o autor João Ubaldo Ribeiro (1998), o termo “política” possui muita complexidade em sua definição e interpretação. Ao relacionar a política ao exercício do poder, por exemplo. “Se pensarmos bem, veremos que a frase “a Política tem a ver com o exercício do poder” não quer dizer muita coisa, principalmente porque há inúmeras dificuldades para que se saiba o que é “poder”. (RIBEIRO, 1998, p 1) Esse pensamento pode deixar a definição em níveis ainda mais rasos. Ribeiro enumera as possíveis possibilidades de compreensão, embora ainda passiveis de várias colocações: relaciona a identificação de quem manda, por que manda, como manda; arte (interesse e decisão) Ciência (poder) e filosofia. A abordagem do autor, expõe sobre a dificuldade de esclarecimentos definitivos apenas por uma área, pois a política se insere em vários contextos e tudo depende exatamente desse movimento, a transcendência do termo.
Para Ribeiro, no texto Como a Política interessa a todos e cada um (1998), a política se insere na vida de todos através de atos e pensamentos diariamente na vida dos cidadãos. A origem e a função da política podem ser observadas como controladora, dominadora e administradora das condições que vivemos ou desejamos viver. Porque a política permeia a tomada de decisão seja ela motivadas por questões pessoais, ou que se refira a sociedade, a saber sobre interesse público. “A Política não se ocupa de todos os processos de formulação e tomada de decisões, mas somente daqueles que afetem, de alguma forma, o conjunto dos cidadãos.” O intuito de Ribeiro é considerar que os cidadãos podem entender, pensar, discutir e decidir a política. Não há possibilidade de não ser parte do processo, pois em todas situações queira ou não a política existe. “Por exemplo, o processo decisório que as pessoas mais identificam com a Política são as eleições — a escolha de governantes através do voto”. O mais conhecido processo e exatamente este, e é um dos maiores motivos de pejoratização do fato político. Nesse contexto o autor coloca clareza pelo qual se opor a existência da influência e as determinações que a política representa sobre o comportamento da sociedade, ou seja, se opor ou negar no ponto que a política está em tudo e todos, essa atitude não pode ser considerada isenção, ou neutralidade sobre as questões que envolvem a política.
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