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O conceito de civilização

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Por:   •  1/2/2014  •  Artigo  •  805 Palavras (4 Páginas)  •  157 Visualizações

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CIVILIZAÇÃO

O conceito de civilização contemplado pelo autor difere do sentido comum a que estamos habituados a vislumbrar quando, em primeiro pensamento, nos dispomos a raciocinar a respeito. O autor faz da denotação primordial da palavra que nos remete ao processo de civilizar(-se).

Dentro dessa perspectiva, temos que a civilização, enquanto processo só se tornou possível frente a capacidade, inerente ao ser humano, de administrar a cadeia complexa dos resquícios de seus instintos – chamados por Freud de pulsões – em benefício de uma estrutura em que seja menos perigoso gerar rebentos e, portanto, assegurar a sobrevivência, em termos biológicos, de sua linhagem.

Essa capacidade adviria do fato de o homem sofrer uma série de influências externas nesse sentido e terminar por internalizá-las como vicissitude de si, promovendo, então, uma autocoação, o que se tornaria a maior parte da aptidão de um indivíduo para viver em sociedade, vez que o ser humano não seria dotado de uma habilidade inata de regulação de seus “afetos e pulsões”, assim o processo civilizatório passaria por, além do convívio e da formação de seu ser social, por um aprendizado, em que o homem se identificaria enquanto quinhão de seu grupo, mas, pari passu, se reconheceria como indivíduo hábil e presto a contribuir, em geral, para a subsistência do grupo ao qual pertença.

O autor ainda demonstra, através de exemplos históricos, como o processo civilizador pode, ainda, conviver com contraprocessos, ou seja, processos descivilizadores que poderiam atuar em diferentes instâncias de uma sociedade, a um mesmo tempo, coexistindo, mas, não necessariamente, se coadunando.

FIGURAÇÃO

No texto, a figuração é retratada como a forma que o ser humano escolhe – por vontade, ou necessidade, sendo a segunda hipótese a mais comum – viver enquanto construto social, o que se daria mediante a apreensão das quatro dimensões espaço-temporais somadas a uma quinta, que seria a dimensão dos símbolos sociais.

Essa dimensão contaria com primordial relevo no campo do estudo das ciências humanas por ser aquela que faz com indivíduo atue como elo da cadeia social a que se conecte. Sem esses símbolos, segundo o Norbert Elias, o indivíduo não seria capaz de estabelecer comunicação eficaz com os outros membros de seu clã, tribo, conformação estatal ou a qualquer outra figuração da qual faça parte, logo, não sendo capaz de fundar, sequer, relações marginais, vez que mesmo a margem implicaria em fazer parte da configuração que esteja em questão, o que o poria numa condição de não-humanidade em sentido de ser cultural e social.

Ainda entra em destaque o axioma de que sendo uma figuração de humana, obviamente formada por humanos e que, como tais, se transformam, a figuração de que sejam elementos venha a, por sua vez, se tornar também.

Contudo, devido às peculiaridades inextrincáveis do gênero humano, cada uma dessas figurações contará com sua quota de particularidades que a tornará única e, portanto, distinta umas das outras, assim como serão igualmente excepcionais os processos que ocorram em seus âmagos. Tribos podem se consumir até se tornarem um único núcleo familiar, ou mesmo desaparecer, assim como um clã, poderia dar ensejo à criação de um germe

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