O conceito de infância
Resenha: O conceito de infância. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: euvaldo • 3/10/2014 • Resenha • 290 Palavras (2 Páginas) • 201 Visualizações
A concepção de infância tal qual conhecemos atualmente nem sempre foi a mesma. De fato, durante muito tempo, a infância foi demasiadamente ignorada. Na sociedade medieval, o sentimento de infância não existia. Isso não significa que as crianças eram negligenciadas ou abandonadas. Significa que não existia a consciência da particularidade infantil, o que essencialmente os distingue dos adultos.
Do século XV ao século XVII, presenciamos o nascimento e desenvolvimento de dois sentimentos de infância distintos: o primeiro, muito bem difundido e popular, no qual o Ariès (1981) chamou de “paparicação”, cuja ideia de uma infância curta correspondia aos primeiros anos de vida; e o segundo, que enxergava a criança como um ser inocente e frágil e reconhecia os deveres dos adultos em preservar a paparicação e fortalecer a característica inocente e frágil dos pequenos.
No meio disso tudo, surge a escola. Primeiramente como uma instituição técnica destina à instrução dos clérigos, sejam eles jovens ou velhos. A escola não tinha seu principal objetivo a educação da infância. Só mais tarde a escola passaria a ter em sua essência a dedicação à educação e à formação da juventude, ponto chave que inseriu nessas instituições a disciplina, diferencial que separa a escola da Idade Média do colégio dos tempos modernos.
A escola prolongou a infância, distanciando de vez as crianças do mundo adulto. Em contrapartida, o progresso tecnológico estava a todo vapor em meados do século XIX. O surgimento do telégrafo foi um marco na história da informação. Ele trouxe o presente instantâneo e simultâneo e criou a “indústria da notícia” ao transformar a informação, que antes era um bem pessoal devido às dificuldades técnicas de comunicação através do espaço, em mercadoria de valor mundial, pois a notícia deixou de ser seletiva e tornou-se inutilizável.
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