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O espetáculo da miscigenação

Por:   •  25/10/2015  •  Relatório de pesquisa  •  388 Palavras (2 Páginas)  •  1.407 Visualizações

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O Espetáculo da Miscigenação - Lilia Schwarcz

            A ideia construída à cerca do Brasil no filnal do século XIX era de um país miscigenado que, resultava uma população híbrida, deficiente e feia. E isso não era visto como algo positivo para os intelectuais que vinham de fora, e, condenavam a situação racial existente no Brasil. Essas percepções também se propagaram internamente. Intelectuais da época como Nina Rodrigues e João Batista Lacerda sonhavam com uma futura hegemonia racial.

          As teorias evolucionistas teve grande influência no Brasil no período de 1870 até 1930. Essas teorias elogiavam o progresso da civilização e concluia que a mistura de raças heterogêneas era sempre um erro e levava à degeneração não só dos indivíduos como de toda a coletividade. Havia um pessimismo em relação a realidade mestiça no Brasil.

         Segundo as teorias, a evolução da natureza poder ser explicada para entender os humanos. Isso possibilitou examinar a estrutura social e hieraquirzar os grupos. O topo se organizava com superiores geneticamente e a base era ocupada por negros, indígenas e mestiços que, alegavam frear o desenvolvimento da nação. Os museus etonográficos do Brasil adotaram os mesmos argumentos evolucionistas. Já os institutos históricos ultilizavam outras explicações, porém, quando precisava recorria a argumentos dawinistas para explicar as hierarquias sociais existentes.

        Foram criados no Brasil centros de pesquisa e ensino. Nesse período o debate se concentrou nas escolas de medicina e direito, havia uma disputa pelo predomínio intelectual entre elas. A escola de medicina na Bahia, se esforçou para entender o problema do negro e produzia estudos de crânios para compreender a mente criminosa. Já no Rio de Janeiro os estudos tiveram enfâse na higiene pública e doenças tropicais. As escolas de direito, viam o direito como uma prática acima das diferenças sociais e raciais. Recife defendia o determinismo e a escola Paulista ultilizava um liberalismo de fachada.

        Portanto, a visão determinista acabou fortalecendo o dircurso racial e elimou a questão da cidadania entre os grupos discrimiados. Não se pensou em formas para inserir os indivíduos na sociedade e muito menos para terem uma participação política.

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