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O ponto de vista de Bob Doppelt

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Por:   •  14/11/2013  •  Resenha  •  1.509 Palavras (7 Páginas)  •  231 Visualizações

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O ponto de vista de Bob Doppelt

Segundo a citação do autor que é apresentada, este acredita que o problema das alterações climáticas é que ainda está a ser tratado como uma questão científica ou ambiental quando na verdade, segundo o autor, as alterações climáticas são um sintoma das práticas e políticas económicas e sociais praticadas nos dias de hoje. O autor diz ainda que o problema tem de passar para o domínio das ciências sociais se ainda há alguma esperança que seja resolvido. O autor não podia estar mais certo, vivemos, efectivamente, num mundo egoísta, principalmente no Ocidente, onde as pessoas apenas querem saber de si, dos seus próprios problemas e não se preocupam minimamente com o próximo ou com as gerações futuras. Na essência, o que o autor quer dizer é que o facto de haver um défice científico face as alterações climáticas se deve a uma tremenda falta de valores a que se vai assistindo nos dias de hoje.

Considera-se que as ciências não actuam de forma adequada no campo das alterações climáticas porque não há a mentalidade necessária para tal, não há a motivação que leve a um estudo mais profundo sobre o que fazer e como fazer para livrar o planeta deste problema grave que só tende a piorar se nada for feito. Todo o ser humano é movido pelas suas próprias motivações e a menos que haja um sentimento de grupo, ou de um todo como humanidade que somos, as motivações vão ser sempre individuais e separadas de um objectivo em comum em prol do planeta. Quer isto dizer que como o próprio ser humano é egoísta também a ciência o vai ser e vai-se continuar a focar em matérias que realmente não têm tanta relevância como as alterações climáticas. Por exemplo, hoje em dia estuda-se mais no desenvolvimento de cosméticos do que na pesquisa sobre o cancro, o que revela que o ser humano só se move por aquilo que mais lhe convém e hoje em dia o que mais convém é, sem duvida, o dinheiro. Mas neste ponto não podemos propriamente censurar os cientistas porque, como toda a gente neste mundo, também têm que fazer pela vida e se quem lhes paga são as empresas de produtos cosméticos então a culpa não será certamente deles.

Então de quem é a culpa? A culpa é, também, dos decisores políticos e dos donos do capital que vêm o mundo sempre com uma perspectiva financeira de lucros rápidos e sem qualquer perspectiva de futuro. Está já provado que a inércia de acção relativamente às alterações climáticas tem custos mais elevados no futuro do que tomar acções já que previnam esta problemática, no entanto, continua-se sem tomar grandes medidas em relação às alterações climáticas e toda a população mundial segue também sem ter um objectivo em comum que leve à luta contra a destruição do nosso planeta. Todos os dias, desde há muito tempo, assistimos a uma contínua utilização dos recursos naturais que a terra tem para oferecer. A massiva extracção e utilização de combustíveis fosseis está a ter efeitos nefastos no nosso planeta, a desflorestação para obtenção de madeira para inúmeros fins leva à extinção de vastas áreas de floresta que outrora foram habitats de muitas espécies, o contínuo desperdício dos recursos hídricos potáveis do nosso planeta, as industrias altamente poluidoras que não fazem nada para se tornarem mais “verdes” e mais amigas do ambiente, cada vez existem mais automóveis no mundo que só ajudam ao aumento da emissão dos GEE; todas estas acções, e muitas outras, estão a destruir o nosso planeta e todas elas têm algo em comum: o ser humano.

Portanto, é notório que o ser humano, no geral, é o grande culpado pelas alterações climáticas que estão a ocorrer no nosso planeta e é ele mesmo que tem de tomar a atitude certa para enfrentar estes problemas e salvar a única verdadeira casa que tem. Que fazer então? Há que incutir certos valores e princípios básicos na população mundial por forma a que se consiga atingir um determinado objectivo: travar as alterações climáticas. Mas, primeiro que tudo, o exemplo tem de partir dos agentes políticos deste mundo que até agora não têm feito mais nada senão satisfazer o interesse dos grandes grupos económicos e deixar sempre a questão ambiental dentro da gaveta porque essa não traz, porventura, grandes lucros a médio/longo prazo. E efectivamente, até pode não trazer porque a economia hoje em dia baseia-se na escassez da matéria-prima e o que assistimos hoje em dia é que os recursos naturais mais extraídos e utilizados pelo homem são exactamente aqueles que são finitos e cada vez mais escassos, mas também aqueles que causam mais mal ao planeta. A falta de aposta na energia eólica, geotérmica, solar, hidráulica ou do hidrogénio, entre outras, deve-se ao simples facto de estes recursos serem infinitos e não representarem um verdadeiro lucro imediato como representa o petróleo, o carvão ou o gás natural. É esta triste realidade que o mundo atravessa, os decisores políticos e os donos do grande capital apenas se preocupam em aumentarem os seus lucros ou os seus cargos e satisfazer os lobbies que mais benefícios lhes trazem sem sequer se preocuparem com o bem-estar de toda a população do planeta, seja a fome, a SIDA ou a mortalidade infantil, não há neste momento consciência política

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