"PESSMISMO SENSÍVEL" E EXPERIÊNCIA ETNOGRÁFICA
Tese: "PESSMISMO SENSÍVEL" E EXPERIÊNCIA ETNOGRÁFICA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: laerciokat • 9/4/2014 • Tese • 1.230 Palavras (5 Páginas) • 732 Visualizações
CIÊNCIAS SOCIAIS
ANTONIO LAÉRCIO KATCHOROVSKI
O “PESSIMISMO SENTIMENTAL” E A EXPERIÊNCIA ETNOGRÁFICA
Trabalho entregue ao Professor Jeferson, para obtenção de nota parcial na disciplina de Teoria e Método em Antropologia.
GUARAPUAVA - MARÇO/2014
O “PESSIMISMO SENTIMENTAL” E A EXPERIÊNCIA ETNOGRÁFICA,
Dentro do contexto discutido em sala de aula e aproveitando as contribuições teóricas dos antropólogos Marshall Sahlins e Clifford Geertz pretende-se através deste ensaio expor questões relacionadas a texto O “PESSIMISMO SENTIMENTAL” E A EXPERIÊNCIA ETNOGRÁFICA, os impasses e as possibilidades que esta coloca aos atores sociais, esta perspectiva conceitual com a de Marshall Sahlins, vamos procurar estabelecer uma relação que leve em conta os contextos intelectuais, históricos e sociais de maneira geral entre si, espero ser algo que venha enriquecer o nosso conhecimento.
"Em país de cegos, que, por sinal, são mais observadores que parecem, quem tem um olho não é rei, é um espectador." (Clifford Geertz)
Pode-se dizer então que não é necessário ser um "nativo" para conhecer um, ou melhor, a interpretação do modo de vida de uma sociedade não deve ficar limitada pelos horizontes mentais dessa mesma sociedade, este seria o ponto de partida para a reflexão que propomos nesta ocasião, isto é, muitas vezes o nativo está observando muito mais os acontecimentos ao seu redor tal qual imaginamos.
Para Sahlins a cultura é o objetivo principal da antropologia e diz respeito ao fenômeno da organização da experiência e da ação humana por meio de símbolos; na verdade para todos os antropólogos americanos o objetivo principal é a cultura, diferente dos ingleses e para os franceses, a cultura só passou a ser objeto principal mais tarde. Assim como Geertz está preocupado com a questão simbólica, pois preserva o simbolismo na cultura.
Refere-se ao conceito de cultura utilizado pela assim denominada antropologia moderna e ao estudo de ‘monadas culturais’ pela antropologia tradicional, isto é, a antropologia moderna seria um conjunto de abordagens metodológicas distintas entre si, todas as distinções são jogadas para segundo plano, pelo fato de abordar sociedades de forma isolada, desconectadas das sociedades capitalistas; a antropologia moderna situa toda a produção antropológica em um mesmo conceito, não se leva em conta a individualidade de cada sociedade, independente da metodologia. Faz algumas criticas, por exemplo, implica em uma redução do que a antropologia produziu até o momento e para os pós-modernos as culturas estariam em vias de extinção por conta do capitalismo, quando os pós-modernos tratam a produção antropológica como uma marcação de diferenças, é uma redução, pois se vê a cultura como instrumento de diferenciação e quando se faz isso esquece-se que a antropologia nos disse que a as diferentes culturas não são apenas questões de diferença.
- “monadas culturais” mônadas são as frações do espírito, dividido para animar mais de um indivíduo físico em sua jornada evolutiva.
- Sahlins elabora críticas as teorias acadêmicas como podemos perceber nesta citação: “Nossas teorias acadêmicas pareciam perfazer, no registro da superestrutura, o mesmo tipo de dominação que o Ocidente há muito impusera no plano da prática econômica e política”. (SAHLINS, 1997, p. 52)
Acho que ele tem uma visão equivocada das origens do próprio conceito de cultura, uma visão moralista; teriam origens puras ou impuras, é uma visão imperialista e colonialista, “essa antropologia surgiu no encontro entre o colonialismo com as sociedades mais ‘simples’. Mas, essa antropologia contribui para o nosso conhecimento, ou seja, não se deveria reduzir essa antropologia ao encontro colonial.”
Defende a método comparativo, pois segundo ele produz conhecimento, não seria mero instrumento ideológico. Ele não é um otimista, mas reconhece que as culturas que estão aí englobaram o sistema moderno, elas se articularam, não significa que o povo está se aculturando, eles dão valor ao que lhes é interessante pois apropria-se de elementos à sua forma.
“Essas “vantagens da cidade” exprimem a assimetria complementar presente na sociedade transcultural implicando, uma certa superioridade do setor moderno e externo. Além das virtudes materiais dos bens estrangeiros, os objetos e experiências do mundo exterior são incorporados nas comunidades natais como poderes culturais.” ( Marshall Sahlins pg 117).
Transcultural entendi que através da noção de sociedades IRAB para a noção de sociedades transculturais; as ilhas do pacífico estavam em interação entre si e entre o sistema mundial; a ênfase era na ideia de que várias pessoas migram e remetem dinheiro para os seus locais de origem, há um suporte com o envolvimento com a burocracia ocidental; esse conceito faz parte da concepção
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