Política no campo da assistência social no Brasil
Seminário: Política no campo da assistência social no Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 12052014 • 12/5/2014 • Seminário • 569 Palavras (3 Páginas) • 309 Visualizações
A Política de Assistência Social no Brasil faz parte do
Sistema de Proteção Social mais amplo, denominado
Seguridade Social, um avanço na área considerando sua
trajetória histórica marcada por ações pontuais, dispersas e
descontínuas e, quase sempre, executadas pelas
organizações filantrópicas. Todavia, este artigo questiona se
as mudanças em curso garantirão um reforço das funções
protetivas do Estado, a laicização da assistência social ou
reforçam um “novo” modelo de proteção social fundado nas
parcerias com as ONGs. INTROD
Ainda de acordo com Giovani (1998) predominam nas sociedades capitalistas
ocidentais contemporâneas os sistemas públicos de proteção social assentados sobre
critérios políticos de alocação de recursos e administrados pelo Estado. Mas, esses
sistemas sempre conviveram com outros de presença mais ou menos marcantes,
mantendo níveis diversos de interação com os sistemas mercantis ou não-mercantis que
compõem o setor privado, que atuam nas fronteiras dos sistemas oficiais, de modo
complementar e subsidiário. Assim, ganhou legitimidade a presença do Estado como
organizador, produtor, gestor e normatizador dos sistemas de proteção social, no século
XX, especialmente na Europa.
As reformas neoliberais a partir dos anos 1980 tiveram como principal impacto nos
sistemas de proteção social – em especial, nos países que adotaram sistemas públicos
com traços universalizantes no final do século XX, nos que adotaram reformas claramente
neoliberais, ou nos de características meritocráticas e familista que tiveram que conter ou
diminuir gastos, restringir benefícios, tornando-os mais focalizantes e seletivos – uma
nova relação entre os provedores de bem-estar social que legitima e legaliza a
intervenção do setor privado (mercantil e não-mercantil), de modo coordenado e não mais
subsidiário ao Estado.
De acordo com vários analistas trata-se de uma terceira via, nem estatal, nem
privada, mas mista, de parceria entre o público, o privado e o terceiro setor que é “público,
porém privado”. Segundo nossa tese trata-se da nova versão neoliberal dos últimos anos,
menos ortodoxa e mais heterodoxa, mas com um ponto em comum a desregulamentação
estatal de modo a diminuir suas demandas e remetê-las para as fontes primárias de
proteção social e ao mercado.
Esse pluralismo de bem-estar social, Welfare Mix ou Society vem gerando uma
nova cultura de que não é possível pensar em fazer política social sem as parcerias entre
público e privado, sem tê-los como
...