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A RELEVÂNCIA DA PESQUISA SOCIAL NA REALIDADE PARA O CAMPO DO SERVIÇO SOCIAL

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Por:   •  10/11/2013  •  1.314 Palavras (6 Páginas)  •  763 Visualizações

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PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL

A RELEVÂNCIA DA PESQUISA SOCIAL NA REALIDADE PARA O CAMPO DO SERVIÇO SOCIAL

A pesquisa social possui grande relevância para o campo do Serviço Social. Tal importância baseia-se no desenvolvimento e qualificação do profissional visando o atendimento das necessidades a ele colocadas diariamente e, para tal, o profissional de Serviço Social busca aprimorar os conceitos teóricos, a comunicação e a pesquisa, instrumentos essenciais à sua prática diária de trabalho.

Através do conhecimento teórico aliado à prática profissional, o Serviço Social atua como profissão interventiva, cuja finalidade primordial é a de proporcionar à população menos favorecida a garantia de seus direitos e cidadania.

Anteriormente, a utilização da pesquisa pelo Serviço Social acontecia de modo superficial, consistindo apenas em coletar dados sobre as condições de vida e aspectos gerais dos usuários.

A partir da década de 80, com a intenção de ruptura, o profissional passou a ter a necessidade de entender a realidade social e as demandas por ela geradas. Isto provocou o seu envolvimento com a elaboração teórica, fazendo com que a pesquisa integrasse a sua prática profissional e se tornasse um elemento básico na sua formação profissional.

O objetivo da pesquisa visa a produção de conhecimento, proporcionando uma melhor qualidade de vida para a população. Entretanto, o simples ato de pesquisar em si mesmo, sem uma visão prévia do resultado que se espera alcançar e seus principais objetivos não traz nenhuma melhoria para a sociedade, principalmente às Ciências Sociais - que trata o social, pois não há como interagir sem investigar.

Por meio da pesquisa se constrói o conhecimento científico, dando respostas a todas as indagações observadas na realidade, proporcionando subsídios para a comprovação e/ou rejeição de hipóteses, levantando elementos essenciais à elaboração de projetos sociais, facilitando a sua intervenção.

Visto que a ciência tem o desafio de desvendar a realidade, a metodologia utilizada para intervir na realidade social é definida através de como se enxerga esta realidade, compreendendo-a, analisando-a e não no contexto das relações sociais

Cabe, portanto, ao profissional de Serviço Social, apropriar-se de todos os instrumentais para que possa analisar o fato social, aplicando a este a metodologia científica que melhor se lhe corresponda.

Diante das razões citadas, “O Papel do Assistente Social ante a Violência e Indisciplina Escolar” – foi o tema proposto para ilustrar este trabalho, tanto pela sua complexidade e perpetuação no meio social quanto por julgarmos que tal assunto vem sendo discutido por profissionais de várias esferas de atuação, dada a necessidade de se adotarem medidas visando não somente a prevenção quanto a solução do problema ora questionado.

A sociedade como um todo, composta por pais, educadores e o próprio corpo discente, perplexa com o aumento das situações de violência escolar, por se constituírem num empecilho ao ensino-aprendizagem, tem questionado as esferas públicas, buscando ajuda no sentido da resolução dos problemas por ela causados, pois as diversas modalidades de violência existentes na sociedade atingem, além dos espaços privados, àqueles de domínio público, cujos efeitos acabam por afetar todos os contextos institucionais, inclusive o espaço escolar.

Estudando as questões sobre violência/indisciplina, referentes aos estabelecimentos escolares, nos baseamos no conceito de violência de Chauí (1985), pelo fato de que a autora faz abordagens preferencialmente pelo aspecto dos danos materiais e físicos

bastante expressivos, principalmente ao ser utilizado na análise de instituições:

Entendemos por violência uma realização determinada das relações de forças, tanto em

termos de classes sociais, quanto em termos interpessoais. Em lugar de tomarmos a

violência como violação e transgressão de normas, regras e leis, preferimos considerá-la

sob dois outros ângulos. Em primeiro lugar, como conversão de uma diferença e de uma

assimetria numa relação hierárquica de desigualdade, com fins de dominação, de

exploração e opressão. Isto é, a conversão dos diferentes em desiguais e a desigualdade

em relação entre superior e inferior. Em segundo lugar, como a ação que trata um ser

humano não como sujeito, mas como coisa. Esta se caracteriza pela inércia, pela

passividade e pelo silêncio de modo que, quando a atividade e a fala de outrem são

impedidas ou anuladas, há violência. (CHAUÍ, 1985, p. 35).

Atualmente podemos encontrar várias pesquisas sobre o fenômeno da violência, entretanto Sposito (2002) afirma que mesmo após o advento da democratização do país, quando o tema alcançou o debate público, a quantidade de produção científica ainda é incipiente e apenas nos últimos anos é que ela tem sido fomentada, sobretudo nas instituições de ensino superior e em algumas organizações não governamentais.

Não é nosso objetivo o aprofundamento na exposição de teorias e seus possíveis desdobramentos, mas de reiterar o papel do assistente social como mediador, como pesquisador da realidade, com vistas à resolução da problemática ora apresentada, detendo o olhar sobre os pontos que causam inquietações e são inerentes ao tema:

- Qual a visão atual da escola em relação à violência/indisciplina escolar?

- Como a escola trabalha a resolução de conflitos entre os alunos?

- Qual a visão do profissional de Serviço Social sobre a agressividade e indisciplina escolar na qual tenha que intervir?

Aquino (1999) nos propõe como os educadores lidam com a problemática da violência:

De um modo ou de outro, contudo a escola e seus atores constitutivos,

principalmente o professor, parecem tornar-se reféns de sobredeterminações que

em muito lhes ultrapassam, restando-lhes um

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