Positivismo De Comte No Fazer Profissional Do Assistente Social

UNIVERSIDADE POTIGUAR – UNP

CAMPUS MOSSORÓ

ESCOLA DA SAÚDE

CURSO SUPERIOR EM SERVIÇO SOCIAL

O POSITIVISMO DE COMTE E O FAZER PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL

MOSSORÓ/RN

2013.1

JANIELLE NORONHA MARINHO

JULIANA MIRELLA DE CARVALHO

MARIA EDNARA MARQUES

PRISCILA DANTAS DE OLIVEIRA

SARA SUSY VEIGA MENESES

Resenha Critica interdisciplinar, da 2ª série do curso de Serviço Social da Universidade Potiguar – UnP, campus Mossoró, apresentado como requisito avaliativo, para obtenção da nota parcial da segunda unidade.

Profª.Esp. Janio Filgueira Aires

MOSSORÓ/RN

2013.1

GIONNOTTI, J A; LEMOS, M. OS PENSADORES, São Paulo. Abril Cultura, 1978

Nascido na França, em 19 de 1798 e filho de um fiscal de impostos, Auguste Comte viveu em uma época marcada por grandes transformações sociais politicas e econômicas ocorrida na Europa em decorrência da Revolução Francesa e Revolução Industrial. A sua assombrosa inteligência foi logo reconhecida aos 16 anos de idade em 1814, quando Comte entra para a Escola Politécnica. Na sua primeira fase, Comte lia todos os livros que podia comprar, com sacrifício até de sua alimentação. Logo depois, deixou de ler e começou a meditar. Em 1817, com 19 anos de idade, descobre o princípio da relatividade e em 1822, com 24 anos ao cabo de 60 horas de meditação, sem dormir, descobre também a Lei dos Três Estados ou Lei da Inteligência, que lhe permitiu criar a Sociologia. Comte recebeu influencias ideológicas de pensadores de sua época, tento em destaque o estudo de um quadro históricos dos progressos do espirito humano, de Condorcet que falava do desenvolvimento da humanidade e de como os descobrimentos e invenções da ciência e tecnologia tornavam-se predominantes na vida do homem. Essa ideia tornou-se um dos pontos fundamentais de sua filosofia. Em 1824, após o rompimento da amizade com seu companheiro de trabalho Saint-Simon, de quem também receberá grande influencias Comte passou a ganhar a vida dando aulas particulares de matemática em casa e mais tarde, exatamente em no dia 2 de abril de 1826, iniciou um curso que resultou em uma de suas principais obras, o curso de filosofia positiva publicado a parti de 1830. Sua vida foi um modelo de comportamento para os discípulos e suas idéias expressas em suas diversas obras publicadas, como: Sistema de Política Positiva, ou Tratado de Sociologia (1851-1854) Catecismo Positivista, ou Sumaria Exposição da Religião Universal (1852) Apelo aos Conservadores (1855) entre outros.

Em sua obra Curso de Filosofia Positiva, Comte faz uma exposição sistemática das principais ideias que fundamentam o seu positivismo, como; a lei dos três estados; a caracterização do espírito positivo; a necessidade da fundação de uma “física social”; a crítica do método subjetivo em psicologia e a classificação das ciências. Pensando na ideia que toda ciência e o espirito humano como um todo se desenvolve através de três fases distintas, presente na lei dos três estados. O primeiro se constitui no estado teológico ou fictício, onde diante da diversidade da natureza, o homem só consegue explicá-la mediante a crença na intervenção de seres pessoais e sobrenaturais. O mundo torna-se compreensível somente através das ideias de deuses e espíritos. Tendo o estado teológico a divisão de outros três períodos sucessivos; o fetichismo, o politeísmo e o monoteísmo. O segundo, estado metafisico ou abstrato, que segundo Comte, nada mais é que simplesmente uma modificação geral do primeiro estado (teológico) tendo como diferença a substituição dos agentes sobrenaturais por forças abstratas. E por fim, o estado positivo, que renuncia a procura da origem e o destino do universo, para preocupa-se unicamente com o estudo das ciências. Seria então o estado positivo o mais perfeito que o homem poderia alcançar, não menosprezando o grau de importância dos outros dois estados vendo que ambos serviriam de ajuda ou como base para que finalmente o indivíduo alcançasse o estado positivo.

Para Comte, o método positivista consiste na observação dos fenômenos, subordinando a imaginação à observação. O fundador da linha de pensamento sintetizou seu ideal em sete palavras: Real, que pesquisa de fatos concretos, acessíveis à nossa inteligência, deixando de lado a preocupação com mistérios impenetráveis, referentes às causas primeiras e últimas dos seres; Útil, buscando conhecimentos destinados ao aperfeiçoamento individual e coletivo do homem, desprezando as especulações ociosas, vazias e estéreis; Certo, que consiste na obtenção de conhecimentos capazes de estabelecer a harmonia lógica na mente do próprio indivíduo e a comunhão em toda a espécie humana, abandonando as dúvidas indefinidas e os intermináveis debates metafísicos; Preciso, consistindo no estabelecimento de conhecimentos que se opõem ao vago, baseados em enunciados rigorosos, sem ambiguidades; Relativo, relacionado à aceitação de conhecimentos científicos relativos. Se não fosse relativo, não poderia ser admitida a continuidade de novas pesquisas, capazes de trazer teorias com teses opostas ao conhecimento estabelecido. Assim, a ciência positiva é relativa porque admite o aperfeiçoamento e a ampliação dos conhecimentos humanos. E por fim orgânico e simpático: tendência a organizar, construir metodicamente, sistematizar o conhecimento humano.

Comte preocupou-se em tentar elaborar um sistema de valores adaptado com a realidade que o mundo vivia na época da Revolução Industrial, valorizando o ser humano, a paz e a concórdia universal. Como ele afirma em sua obra:

O caráter fundamental da filosofia positiva é torna todos os fenômenos como sujeitos e leis naturais invariáveis cuja descoberta precisa e cuja redução ao menor número possível constitui o objetivo de todos os nossos esforços, considerando como absolutamente inacessível e vazia de sentido