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Praça Do Ferreira

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Por:   •  12/4/2014  •  639 Palavras (3 Páginas)  •  168 Visualizações

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Padaria Espiritual foi uma agremiação literária, que surgiu no Centro de Fortaleza em 30 de maio de 1892, reúne escritores, pintores e músicos.1 2 3 Na Praça do Ferreira, existiam quatro quiosques, abrigando cafés e restaurantes. O Café Elegante ficava na esquina sudeste, o Restaurante Iracema na esquina sudoeste, o Café do Comércio, na esquina noroeste e o Café Java,4 no qual era um ponto para as reuniões de um grupo de jovens, que inicialmente era composto por Antônio Sales, Lopes Filho, Ulisses Bezerra, Temístocles Machado e Tiburcio de Freitas, conversavam sobre literatura e, através das letras, protestar contra a burguesia, o clero e tudo que fosse tradicional, como consta de seu programa.4 3 5

A ideia inicial era despertar nos moradores próximos o gosto pela literatura, que na década que foi fundada andava um pouco esquecida.3 Antonio Sales lhe deu o nome de Padaria Espiritual, e logo depois fez também o Programa de Instalação, que foi um verdadeiro sucesso, tornando-se conhecido de todos e chegando, até mesmo, a ser publicado integralmente por jornais de outros Estados.6 Mais tarde iniciaram a publicação do jornal O Pão, foram 36 números publicados entre aquele ano e 31 de outubro de 1896,6quando o jornal faliu de “caquexia pecuniária”, segundo seu próprio fundador, Antônio Sales.7 8 O Programa de Instalação não permitia que se usassem, em quaisquer publicações, palavras estrangeiras que não os nativos do Brasil, numa postura radicalmente nacionalista. A importância do movimento se deu pelo fato dele haver proporcionado a consolidação do Realismo e o nascimento do Simbolismo no Ceará.6

Padaria Espiritual

A Padaria Espiritual se originou do espírito revolucionário de um grupo de jovens que se reuniu em forma de sociedade para, através das letras, protestar contra a burguesia, o clero e tudo que fosse tradicional, como consta de seu programa.

Foi no Café Java, com o apoio do seu proprietário, conhecido como Mané Coco, que apesar de não ser intelectual, cedia com muito gosto o lugar para as reuniões desse grupo de jovens, chegando até a preparar depois um “quiosque” separado para a Padaria.

No início, era um grupo pequeno, com Antônio Sales, Lopes Filho, Ulisses Bezerra, Temístocles Machado e Tiburcio de Freitas. Esses jovens conversavam sobre literatura, daí surgindo a ideia de formar um grêmio literário. Eram todos muito novos, sendo Antônio Sales o único que tinha livro publicado.

A ideia central era despertar no povo o gosto pela literatura, que andava um pouco esquecida. No entanto, já havendo precedentes de sociedades literárias de caráter formal, burguesa e retórica, decidiram que só valeria a pena se fosse uma coisa nova, original e até mesmo escandalosa, que repercutisse amplamente. Antonio Sales lhe deu o nome de Padaria Espiritual, que teve ótima aceitação, e logo depois fez também o programa de instalação da sociedade, que foi um verdadeiro sucesso, tornando-se conhecido de todos e chegando, até mesmo, a ser publicado integralmente por jornais de outros Estados.

O próprio Antônio Sales conta, no seu livreto Retrospecto, a história da Padaria, que diz muito do espírito de seus membros.

…a história da Padaria Espiritual a contar do dia em que entre o espanto da burguesia

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