Problemas Na Somália
Pesquisas Acadêmicas: Problemas Na Somália. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Guilhermemetralh • 16/5/2013 • 928 Palavras (4 Páginas) • 477 Visualizações
Cada vez mais nossa aldeia global se conecta e os Estados e instituições estreitam seus relacionamentos, isso vem possibilitando gradualmente mais mantermo-nos informados e atuantes em diversos cenários. Algumas regiões carecem e demandam maior atenção das nações desenvolvidas. No nordeste do continente africano existe uma região conhecida como “chifre da África”. Essa região (que leva o nome devido à sua semelhança a um corno animal) é constituída por quatro nações, sendo elas Eritréia, Djibuti, Etiópia e Somália. A região é historicamente conhecida por suas situações de extrema aridez e desigualdade social. A partir do ano de 1960 a Somália conseguiu sua independência após ter sido durante décadas colônia e motivo de disputas entre ingleses, franceses e italianos. Com sua emancipação uma nova questão surgia ao se analisar como seriam os passos da nova nação, que agora caminharia com as próprias pernas.
Segundo a ONU a falta de um governo centralizador e duradouro contribui imensuravelmente para que a Somália seja reconhecida mundialmente como uma das nações mais pobres, inseguras e corruptas do mundo. Além dos problemas governamentais a nação que tem como sua capital Mogadíscio, passa periodicamente por severas épocas de escassez de chuva, o que culmina num agravamento dos problemas já existentes. No ano de 2011 os somalis passaram pela mais grave situação de aridez desde os anos 60, o que segundo dados da UNICEF voltou os olhos das organizações humanitárias novamente para esse estado africano que desde os anos 90 não chamava a atenção do mundo de forma tão impetuosa.
Dentre as organizações humanitárias que atuam no território somali, o UNICEF com seu enfoque voltado à infância recebe enorme destaque, pois os problemas infantis mostram-se como um dos mais alarmantes que assolam o planeta. O índice de mortalidade materna e infantil é um dos mais elevados do mundo. A cada 1.000 nascidos vivos 5 vêm a falecer, mortes causadas por enfermidades oriundas da diarreia, infecções respiratórias e malária. Nesse país que menos de 30% da população desfruta de água potável a desnutrição afeta 17% das crianças. O nomadismo que é comum dificulta enormemente a implantação de programas periódicos de imunização, tornando os pequenos expostos a problemas facilmente controláveis como o sarampo. Dentre os que chegam à idade escolar não mais que 13% dos meninos se matriculam em escolas, ainda assim esse fato é extremamente vantajoso se comparado aos 7% de meninas matriculadas. Soma-se a isso os empecilhos causados pelas rivalidades tribais que manifestam-se mais facilmente com a ausência de um governo presente o que contribui para o retardamento das ações da organização (dados da UNICEF).
No ano de 2011 uma terrível seca assolou a África Oriental no mês de Julho, atingindo no mínimo 10 milhões de pessoas, sendo dois milhões de crianças menores de 5 anos. Muitos somalis sentindo-se abandonados e órfãos de um governo tentaram migrar para o Quênia e para a Etiópia. Desesperados fazendo de tudo para fugir colocam em risco suas vidas e de suas famílias. Quando alcançam os campos de refugiados muitas vezes se percebem em condições praticamente iguais às que estavam outrora, os que já lá residem servem como anfitriões e são forçados a dividir o pouco que lhes são disponibilizados.
As Nações Unidas solicitaram aos governos e colaboradores uma atenção especial e contundente já que as organizações humanitárias não dispunham de metade dos fundos necessários para que se fizesse frente ao ocorrido de maneira adequada. O UNICEF trabalhou identificando nos campos
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