Problemas pós-coloniais África
Relatório de pesquisa: Problemas pós-coloniais África. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: rafaiack • 28/5/2014 • Relatório de pesquisa • 1.368 Palavras (6 Páginas) • 313 Visualizações
África
A África é o terceiro continente mais extenso (atrás da Ásia e da América) com cerca de 30 milhões de quilômetros quadrados, cobrindo 20,3 % da área total da terra firme do planeta. É o segundo continente mais populoso da Terra (atrás da Ásia) com cerca de mil milhões de pessoas (estimativa para 2005), representando cerca de um sétimo da população do mundo, e 54 países independentes. Inclui ainda territórios pertencentes a países de outros continentes, como as Ilhas Canárias e os enclaves de Ceuta e Melilla, que pertencem à Espanha, o território ultramarino das ilhas de Santa Helena, Ascensão e Tristão da Cunha, que pertence ao Reino Unido, e as ilhas de Reunião e Mayotte, que pertencem à França.
Apresenta grande diversidade étnica, cultural, social e política. Dos trinta países mais pobres do mundo (com mais problemas de subnutrição, analfabetismo, baixa expectativa de vida), pelo menos 21 são africanos. Apesar disso existem alguns países com um padrão de vida razoável, mas não existe nenhum país realmente desenvolvido na África. A Líbia, Maurícia e Seicheles têm uma boa qualidade de vida. Ainda há outros países africanos com qualidade de vida e índices de desenvolvimento razoáveis, como a maior economia africana, a África do Sul e outros países como Marrocos, Argélia, Tunísia, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.
Problemas pós-coloniais
Um dos legados do colonialismo tem sido a dificuldade de cooperação entre os novos Estados africanos. Há, por exemplo, o problema do mosaico de fronteiras arbitrárias e ilógicas, que em sua maioria assinalam a extensão das conquistas coloniais ou da expansão imperial e que geralmente não têm qualquer relação com as fronteiras naturais, geográficas ou étnicas. O colonialismo gerou também uma identificação política e econômica com a metrópole colonial, particularmente forte no caso das ex-colônias francesas, e que persiste até hoje, acarretando inclusive um certo grau de dependência. Além disso, considerações extra-africanas ainda inibem a política internacional de muitos Estados do continente.
A relativa brevidade da dominação europeia na África teve também como resultado a fixação de instituições e hábitos das várias potências coloniais. A sobreposição de culturas estrangeiras e indígenas criou uma diferença de perspectiva entre os países africanos de língua inglesa e de língua francesa, que tende a dificultar ainda mais as relações entre esses dois grupos de países.
Conscientes desses óbices, muitos líderes africanos têm-se esforçado por promover soluções pan-africanas para os problemas do continente. Um dos principais resultados desses esforços foi à criação, em maio de 1963, da Organização da Unidade Africana (OUA) com sede em Adis Abeba. A Organização da Unidade Africana foi substituída pela União Africana em 9 de julho de 2002. A OUA teve êxito na mediação da disputa entre Argélia e Marrocos (1964-65), e nos litígios de fronteiras entre Etiópia e Somália (que tornaram a eclodir em 1977) e entre Quênia e Somália (1965-67), fracassando, porém, em sustar a guerra civil na Nigéria (1968-70). Todos os países africanos independentes pertencem à União Africana.
Problemas atuais
Fome
Há no mundo diversas regiões atingidas pela fome, que mata milhares de pessoas todos os anos. Entre os principais focos figuram o Haiti, a Indochina, a Índia, Bangladesh e o Nordeste brasileiro. Em nenhum outro lugar, porém, o problema é tão disseminado quanto na África. Pelo menos trinta países africanos são duramente atingidos pela fome, sobretudo aqueles localizados em torno do deserto do Saara. Por isso, não raro a fome no continente africano é associada à aridez do clima e à irregularidade das chuvas. As adversidades climáticas, entretanto, somente ampliam a miséria de milhares de africanos, que vivem abaixo das condições mínimas de sobrevivência. Outros contribuem para compor esse quadro.
Para entender as causas da fome na África é preciso remontar à época da colonização, quando foi introduzido o sistema de plantation para produzir gêneros destinados à exportação, diminuindo a área de cultivos de subsistência (milho, sorgo, mandioca, etc.). Há muitos países africanos que exportam, por valores flutuantes, matérias-primas para os países desenvolvidos e que importam, a preços cada vez mais altos, alimentos para suas populações famintas.
Com a agricultura extensiva, matas são derrubadas e em seus limites o deserto avança. A necessidade de produzir para exportação impede que se pratique o sistema de descanso da terra, que se esgota rapidamente e nem mesmo o uso de fertilizantes consegue recuperar. Assim, de maneira geral, a produção agrícola tem diminuído na maioria dos países africanos. A introdução da pecuária extensiva, em detrimento da pecuária nômade, tradicionalmente praticada no continente, também causa danos às paisagens africanas, pois os rebanhos acabam com as já reduzidas pastagens, sendo atingidos pela fome, da mesma forma que a população.
Outro problema é o descompasso existente entre o enorme crescimento populacional e o reduzido crescimento, ou mesmo estagnação, da agropecuária. Apesar das elevadas taxas de mortalidade infantil e geral, da ineficácia dos serviços de saúde e das inúmeras doenças, a população africana cresce em níveis muito altos. A todos esses problemas é preciso acrescentar outro, ainda mais marcante: as guerras. A colonização da África impõs divisões políticas que nunca coincidiram com as divisões tribais e, atualmente, guerras
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