Processos De Socialização

OS PROCESSOS DE SOCIALIZAÇÃO DURANTE A INFÂNCIA

Ao longo do processo de socialização de um indivíduo são, invariavelmente, fixados os conceitos de “normalidade” ressaltando o que é aceitável ou inadmissível dentro de uma cultura.

Partindo desta premissa: já durante a infância cabe aos nossos pais – até então símbolos que representam a autoridade máxima e sabedoria indubitável – a incumbência de nos influenciar à como nos comportar, o que pensar sobre uma prática ou teoria específica, a maneira correta de fazermos as coisas, o tempo certo para tomada de determinadas decisões, o que devemos evitar, a imposição de crenças religiosas, de valores e moralidades, nossas obrigações etc. Neste processo é frisado, na maioria dos casos, que as atitudes corretas são passíveis de gratificação e que as atitudes julgadas como erradas resultam genericamente em castigo.

Pouco mais adiante, durante o processo de alfabetização, deparamo-nos com mais um agente de socialização: a escola. Na escola temos um contato direto com o que se denomina vida em sociedade: nos sujeitamos à subordinação – novamente – à autoridade máxima daquele meio: o (a) professor (a). Somos surpreendidos com um turbilhão de informações e conhecimentos [outrora inimagináveis], expostos à diversidade cultural, sofremos a marginalização ou ganhamos status de acordo com a afinidade estabelecida entre o grupo e demais pormenores. Acredito que neste momento se dê o primeiro choque cultural, isto é, aquela faísca que desencadeia os primeiros questionamentos – ainda que tímidos – sobre a existência de uma verdade além da que foi primeiramente colocada em pauta.

Podemos considerar que em todas as etapas de nossa vida, como produto da sociedade em que vivemos, sofremos mutações resultantes de conflitos de doutrinas que nos guiam em contraposição à novos horizontes que se expandem ao longo de nossa jornada.

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