Projeto Saúde do Idoso
Por: regianecasis • 26/10/2018 • Projeto de pesquisa • 2.380 Palavras (10 Páginas) • 499 Visualizações
Proposta de Trabalho
1)Titulo: A utilização de Fundos de natureza especial com a participação do conselho do idoso para a complementação das políticas públicas de assistência do idoso.
Caso PADI – Ipatinga – MG
2)Resumo
O presente trabalho busca demonstrar através de analise comparativa, como a utilização de programas de incentivo fiscal podem fortalecer as políticas publicas através dos fundos de natureza especial.
Os dados serão trabalhados com o intuito de verificação da efetividade de programas de incentivos, assim como a qualidade da assistência prestada ao idoso por meio dos projetos aprovados com o case PADI – Programa de Assistência domiciliar ao Idoso, aprovado e executado com recursos de dedução fiscal do IR.
Palavras chave: incentivo; políticas públicas; idoso; assistência.
3)Formulação dos objetivos:
Avaliar a efetividade das ações e da participação dos conselhos municipais nas atividades de levantamento de demandas especificas voltadas para a promoção dos direitos dos idosos, assim como a analise comparativa da qualidade de vida e numero de judicialização após a execução do projeto de assistência.
As parcerias e a complementação das políticas públicas voltadas ao idoso, podem contrinuir para um efeito em cadeia com a otimização dos leitos SUS em hospitais, diminuir a judicialização e o rompimento de vinculo; alem de promover a ressocialização do idoso.
Essa forma de participação traz grandes benefícios sociais as comunidades onde são implantadas e por meio da parceria com pessoas físicas e jurídicas promovem igualdade e levam qualidade de vida aos idosos beneficiados.
O objetivo central do estudo é verificar os benefícios diretos através da analise comparativa entre períodos com e sem o projetos de atenção domiciliar, alem da pesquisa qualitativa de dados com os beneficiados pelo programa, medindo sua eficácia, eficiência e uso racional do recurso publico.
4)Discussão da Literatura pertinente.
O envelhecimento populacional representa um resultado positivo nas práticas discursivas e sociais contemporâneas. No entanto, esta longevidade vem se dando sem que tenha havido uma real melhoria nas condições de vida de uma grande parcela dessa população.
Até 2030, o Brasil passará por incremento da população idosa, trazendo como consequência a aceleração da transição epidemiológica que ora já experimentamos. O aumento na prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) é uma das principais características do processo de transição epidemiológica que vem ocorrendo de maneira rápida no Brasil a partir de 1960.
De acordo com os dados do IBGE publicados em dezembro de 2014, a esperança de vida no Brasil, de forma geral, foi de 74,9 anos. Entre os anos de 1980 e 2013, a expectativa de vida média deu um salto de 12,4 anos – resultado deste crescimento quantitativo no país durante o período. O estado de Minas Gerais, especificamente, apresentou um acréscimo de 12,9 anos na expectativa de vida, valor superior à média nacional (Dados disponíveis em: http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2014/12/expectativa-de-vida-dos-brasileiros-sobe-para-74-9-anos-de-acordo-com-ibge).
Em Ipatinga, a evolução da pirâmide etária da população do município apresenta, de forma acentuada, esta tendência de envelhecimento da população – sendo que a população com 65 anos ou mais passou de 3,90% em 2000 para 6,26% em 2010, como apontado pelo Atlas do Desenvolvimento Humano (http://www.atlasbrasil.org.br/).
O envelhecimento está intimamente associado ao processo de fragilização. Segundo Edgar Nunes de Moraes – médio do Núcleo de Geriatria e Gerontologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais – o termo fragilidade é comumente utilizado para representar o grau de vulnerabilidade do idoso a desfechos adversos, como declínio funcional, quedas, internação hospitalar, institucionalização e óbito. Em estudos recentes, consideram como fragilidade multidimensional a redução da reserva homeostática ou da capacidade de adaptação às agressões biopsicossociais e, consequentemente, aumento da vulnerabilidade ao declínio funcional e suas consequências.
Somados aos desfechos adversos, influenciando o grau de vulnerabilidade do idoso, são identificadas doenças crônicas não transmissíveis como: neoplasias, hipertensão arterial sistêmica, cardiopatias, pneumopatias (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, Hipertensão Pulmonar, Enfisema, Pneumonias, etc), neuropatia (Acidente Vascular Cerebral, Alzheimer, parkinson, etc), entre outras.
O aumento da longevidade tem significado o surgimento de novos desafios para a gestão de políticas públicas. Ser um país de longevos, em um contexto permeado por desigualdades sociais, aumenta significativamente os desafios a serem enfrentados. Dessa forma, o Hospital Márcio Cunha propõe o PADI – Programa de Assistência Domiciliar ao Idoso com o intuito de promover capacitação do cuidador e o acompanhamento multidisciplinar para a melhora na qualidade de vida dos pacientes atendidos via Sistema Único de Saúde.
A assistência domiciliar constitui uma atividade básica a ser realizada em Atenção Primaria à Saúde para responder às necessidades assistenciais de pessoas que, de forma temporária ou permanente, necessitam desta prestação de serviço em suas residências. O Plano de Trabalho desenvolvido pelo PADI pretende intervir de forma qualificada para fomentar a autonomia dos idosos e seus cuidadores, bem como minimizar a reinternação dos pacientes. Nesta proposta serão trabalhadas duas frentes relevantes: as práticas assistenciais multidisciplinares ministradas a domicílio e a capacitação do cuidador.
As mudanças sociodemograficas aliadas a fatores como: novas técnicas assistenciais, o crescimento dos gastos por hospitalização e a busca por um cuidado mais humanizado – mantendo a pessoa enferma sempre que possível em seu contexto familiar habitual – têm reforçado a prática da assistência domiciliar.
Dessa forma, o HMC, por meio da parceria com o Fundo do Idoso de Ipatinga, visa fortalecer as políticas públicas assistenciais no município, com vistas a estabilizar e promover uma melhor condição de saúde aos idosos dentro do contexto doméstico.
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