QUESTÃO SOCIAL – UMA CONTRADIÇÃO DO MODO CAPITALISTA

QUESTÃO SOCIAL – UMA CONTRADIÇÃO DO MODO CAPITALISTA

1. Introdução

A questão social é um conjunto de fatores que está presa na contradição entre os capitalistas (detentores do poder monetário) x trabalhadores, porém será possível trabalhar na questão social propriamente dita, ou apenas atuar nas suas expressões?

2. De que lado está o Serviço Social?

Ao analisarmos a matéria prima do trabalho do assistente social, veremos que o mesmo convive diariamente com as mais variadas expressões da questão social que são: analfabetismo, violência, desemprego, falta de moradias, subnutrição entre outros. O que demonstra claramente as contradições e distinções entre capitalistas e trabalhadores.

Essa contradição está fundamentada na apropriação da riqueza gerada socialmente, onde os trabalhadores produzem a riqueza, ou seja, produzem através do seu trabalho os bens de consumo e os capitalistas se apropriam desses bens, impedindo que o trabalhador usufrua das riquezas que produziu.

Sob a ótica da sociedade onde encontra-se a maioria da população que apenas sobrevive da venda de sua força de trabalho, teremos uma visão que ressalta cada vez mais as diferenças entre capitalistas e trabalhadores. Portanto, hoje a matéria prima de trabalho do assistente social encontra-se nas expressões da questão social, porém, não é de responsabilidade e especificidade exclusivas do assistente social, sendo que a questão envolve muitos outros profissionais.

Mesmo com um caráter social e também uma necessidade, o trabalho do assistente social vem reforçar o desenvolvimento de ações para a evolução do seu produto que tem sua função econômica e política, trabalha com o objetivo de reintegrar os indivíduos rotulados por uma sociedade capitalista, que não permite que indivíduos sem posse alcancem uma nova classe social.

É nesse campo de desigualdades que interesses e realidades extremamente distintas que o assistente social tem que analisar e buscar formas de entende-las para poder auxiliar na superação dessas desigualdades, transpondo barreiras de subjetividade, revolta e resistência.

Economicamente o assistente social pode realizar junto aos detentores do poder monetário, uma ação que promova melhores condições de trabalho, investimento educação básica e em especializações de seus colaboradores, visando um crescimento pessoal deste indivíduo, que a partir desta ação consegue ter uma chance de melhora na sua vida em família e em sociedade. Com esse quadro de entendimento, crescimento e desenvolvimento básico os indivíduos conseguem melhorar-se profissionalmente, agregando um maior valor a sua força de trabalho.

3. Conclusão

Conclui-se que o assistente social ao atuar nas expressões sociais em conjunto com outros profissionais, visa reconstruir uma sociedade capitalista agressiva em uma sociedade capitalista humanitária, onde quem detém o poder monetário auxilia com uma maior divisão das riquezas, informações e direitos e o proletariado auxilia com uma melhor venda de seu trabalho. Isto tudo visa o crescimento pessoal, cultural e profissional, replicando essas ações, assim reestruturando uma sociedade, que até então está falida em princípios e ações igualitárias. Deste modo