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QUestão Social e Profissional do Serviço Social

Por:   •  6/11/2015  •  Artigo  •  2.535 Palavras (11 Páginas)  •  212 Visualizações

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UNOPAR[pic 1]

CURSO: SERVIÇO SOCIAL

PRODUÇÃO TEXTUAL INDIVIDUAL

TUTOR ELETRÔNICO: DANIELA CRISTIANE PARAIZO DE FRANÇA

TUTOR DE SALA: ELIENE MARTINS BARBOSA

MIRAELY BRITO ARAGÃO

A RELAÇÃO QUESTÃO SOCIAL, POLÍTICAS SOCIAIS E INTERVENÇÃO PROFISSSIONAL

Picos-PI,

 2015

MIRAELY BRITO ARAGÃO[pic 2]

A RELAÇÃO QUESTÃO SOCIAL, POLÍTICAS SOCIAIS E INTERVENÇÃO PROFISSSIONAL

Produção textual individual apresentado ao curso de SERVIÇO SOCIAL da Unopar- Picos-PI, como requisito para a aprovação semestral.

Picos-PI

2015

SUMÁRIO[pic 3]

1 INTRODUÇÃO         04

2 RELAÇÃO QUESTÃO SOCIAL, POLÍTICAS SOCIAIS E INTERVENÇÃO PROFISSIONAL.....04

3 CONCLUSÃO        09

REFERÊNCIAS         10

1. INTRODUÇÃO

 Numa sociedade em que o sistema de produção é o capitalista, na qual os sujeitos sociais assumem posição frente ao processo produtivo e reprodução do capital, o papel Serviço Social se concretiza como profissão num processo social, histórico rico em determinações que refletem na configuração da profissão e dos papéis desta na divisão social e técnica do trabalho.

O Estado assumiu um papel ao longo dos anos de gerir crises, dirimir conflitos entre classes sociais e elaborar políticas públicas que de fato funcionem, voltadas para as questões sociais que surgiram a partir da constituição da sociedade atual, com o inchaço urbano, o crescimento demográfico e o surgimento da marginalização e das mazelas sociais. Sendo objetos de estudo do Serviço social e do profissional que desenvolve a assistência social.

2. A RELAÇÃO QUESTÃO SOCIAL, POLÍTICAS SOCIAIS E INTERVENÇÃO PROFISSIONAL

Ao se estabelecer enquanto profissão institucionalizada, o Serviço Social também perseguiu construir o arcabouço da história, o Serviço Social foi estabelecendo imbricações com algumas instituições teóricas que lhe fundamente. Baseado em alguns estudos de pensadores da área, elaborarei algumas considerações à cerca da relação desta profissão com as políticas sociais.

Para discorrer sobre as questões Sociais e as políticas sociais, precisamos nos valer da história e da função de alguns sujeitos históricos coletivos e do Estado em relação ao processo de produção e reprodução do capital.

Num processo em que se busca incansavelmente a acumulação cada vez maior de riqueza, o capital através dos mecanismos de valorização constante, intercalados por crises, coloca-se como relação social em que capitalistas e proletários assumem posições antagônicas e fundamentais para a perpetuação do sistema capitalista. Essa relação antagônica, em que capitalistas são detentores dos meios de produção e proletários, detentores da força de trabalho, baseia-se na exploração da força de trabalho destes últimos e na apropriação do mais valor (mais valia) resultante do trabalho excedente. Essa mais valia é usada pelo capitalista para aumentar a capacidade orgânica do capital e, portanto, seu potencial produtivo e de superexploração do trabalhador. Dessa mais valia também o capitalista extrai o salário que paga o trabalhador para a reprodução da sua força de trabalho (alimento e vestuário, por exemplo), que é usada na continuidade da produção de mercadorias que rendem lucro ao capitalista no processo de circulação de mercadorias.

No transcorrer do tempo, para dar estabilidade a produção, o capital induziu a formação de um grande contingente de trabalhadores que contribui com a desvalorização da mão de obra e para o aumento da acumulação capitalista. O aumento da composição orgânica do capital e, portanto, da tecnologia nas indústrias, foi também exigindo menos capital variável e contribuindo para a pauperização de milhões de trabalhadores. É desse processo que se intensificam as tensões sociais e que a classe trabalhadora, em vários momentos da história, exige melhores condições de trabalho e legislação que lhe garanta condições de sobrevivência.

         O Estado , na posição de soberania e representação da classe dominante, acabou por fortalecer o sistema capitalista e portanto foi obrigado a desenvolver políticas públicas que diminuam as tensões sociais e não permita o surgimento de grandes desigualdades entre as classes sociais. Segundo Berhring (2007):

A política econômica keynesisana, que defendia a intervenção do estado na Economia, bem como nas refrações da questão social, balizou a ação dos estados nesse período nos países centrais. Com mais alguns anos de avanço nas forças produtivas e de crise no sistema, a teoria keynesiana é rebatida e substituída pelo Neoliberalismo, orientação assumida mundialmente para nortear os governos nas suas políticas macroeconômicas e na repercussão dela para as políticas sociais e para o enfrentamento da questão social.

Segundo ensina Iamamoto (2007): O assistente social não possua tarefa na produção, ou seja, não configure trabalho produtivo, o Serviço Social assumiu ao longo da história um papel importante na reprodução das relações sociais no capitalismo. Desde as suas protoformas, a profissão compôs o campo conservador, inicialmente como agentes da Ação social católica e posteriormente como da reconceituação da profissão que vai se dando a partir dos anos 70 do século passado. Esse movimento da categoria expressa o entendimento e a consolidação da questão social enquanto objeto de estudo e trabalho da profissão e a orientação teórico-metodológica marxista que hegemoniza o pensamento teórico atual da profissão. E pelo reconhecimento da questão social e do aprofundamento das refrações dela que teoricamente o Serviço Social busca compreender as raízes dos conflitos entre o capital e o trabalho e sua expressão na sociedade capitalista. É nesse conjunto de mudanças que também se forja o projeto ético-profissional  do Serviço Social que aponta o compromisso  com as demandas históricas da classe trabalhadora, reconhecendo os limites da atuação no âmbito das agentes técnicos institucionais do Estado. A autora ressalta as variações dessa posição e do comprometimento dos profissionais frente aos projetos societários existentes, mas assume a perspectiva de que a profissão esteve vinculada ao projeto conservador capitalista, vinculação esta que se processava no cotidiano da prática profissional, em ações assistencialistas que perdiam o foco da totalidade da problemática da questão social.

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