RESENHA CRÍTICA DO FILME: 12 ANOS DE ESCRAVIDÃO
Por: Alan Agostini • 1/4/2017 • Resenha • 1.780 Palavras (8 Páginas) • 1.513 Visualizações
FACULDADE NORTE CAPIXABA DE SÃO MATEUS
ENGENHARIA QUÍMICA
ALAN AGOSTINI
FILLIPE PIEROTE CANI SANTOS
IGOR TOREZANI FRANCO
KELLI MARÇAL GUIMARÃES
LUCAS VIEIRA FÉLIX
RESENHA CRÍTICA DO FILME: 12 ANOS DE ESCRAVIDÃO
SÃO MATEUS
2016
ALAN AGOSTINI
FILLIPE PIEROTE CANI SANTOS
IGOR TOREZANI FRANCO
KELLI MARÇAL GUIMARÃES
LUCAS VIEIRA FÉLIX
RESENHA CRÍTICA DO FILME: 12 ANOS DE ESCRAVIDÃO
Trabalho apresentado à disciplina de sociologia do Curso de Graduação em Engenharia Química da Faculdade Norte Capixaba de São Mateus, como requisito para obtenção da avaliação bimestral.
Orientador: Professor Ralf Barros Dos Santos
SÃO MATEUS
2016
“Percebo que um homem tem que decidir não divulgar nada de novo, ou então tornar-se um escravo para defendê-lo. ” (Isaac Newton)
INTRODUÇÃO
Surgiu a escravidão do homem com as primeiras lutas e no direito da força que foi corporificando e se espalhando entre os homens isolados, destes às famílias, às tribos e por fim, às nações e aos estados organizados, O escravo era considerado como coisa, era vendido como peça, contado ou pesado, trocado, doado inter-vivos ou cauda mortis, legado ou herdado é por si mesmo, a mais fabulosa somação de sofrimento, de dores e desgraças.
[...] a causa originária na ordem histórica foi a guerra. Era princípio unanimemente admitido o de que se podia tirar a vida do inimigo vencido e, primitivamente, não se deixou de arrancá-la; mas não se deve ter demorado muito a compreender que, se o vencedor podia tirar a vida do vencido, também podia conservá-lo para seu serviço [...], sem prejuízo do direito de matá-lo quando lhe conviesse e, portanto, também aos homens que dele nascessem (ESPASA-CALPE, 1958, p. 726).
A Origem da escravidão humana perde-se no tempo pois não se sabe ao certo quando se iniciou. Em princípio, estava associada às guerras em quase todos os povos; os vencidos eram feitos escravos, na Grécia, em Roma, mas também entre os incas e astecas do México antigo. O guerreiro vencido ser tornava propriedade do vencedor. Entre muitos povos também se tornava escravo do credor quem não pudesse pagar as suas dívidas, vendia a sua pessoa ou os seus filhos e familiares ao credor. Na Grécia praticava-se o rapto, especialmente de crianças, e as crianças abandonadas pelos pais podiam ser recolhidas como escravos. No período áureo de Atenas, havia na Grécia 15% de homens livres e 85% de escravos. Na Mesopotâmia havia escravos de certo nível cultural, eram prisioneiros de guerra, como muitos judeus deportados para a Babilônia no ano 570 a.C. No Império Romano, os escravos faziam trabalhos domésticos, e podiam ter funções administrativas e burocráticas e até em altos cargos. Em alguns lugares os escravos podiam trabalhar por conta própria, pagando ao patrão uma parte do que ganhavam e juntar algum dinheiro para comprar a sua liberdade. Nos séculos II-I a.C. em Roma a escravatura atingiu o auge. Todas as atividades como agricultura, indústria, comércio, construção civil e outras atividades da civilização antiga dependiam da escravatura; sem isto nem a vida pública nem a doméstica se sustentariam no Império Romano, pode-se dizer que a sociedade romana se baseava sobre o trabalho escravo. Querer abolir a escravidão na Antiguidade equivaleria a querer acabar com o trabalho assalariado de nossos dias; a sociedade pararia de funcionar.
JUSTIFICATIVA DO TEMA
A escravidão, o preconceito e as demais formas que infringem os direitos humanos acontecem a séculos, e os impactos sociais causados por elas são sentidos contemporaneamente na sociedade e ajudaram a formar o mundo que hoje vivemos.
Estudar sobre esse passado negro é importante para poder entender sobre essa formação histórica onde os direitos humanos não existiam e pessoas eram cruelmente tratadas como mercadorias.
OBJETIVO DO TRABALHO
Esse trabalho tem como objetivo realizar uma resenha crítica sobre o filme 12 anos de escravidão relacionando-o com a sociologia, as relações étnico-culturais e os direitos humanos.
REFERENCIAL TEÓRICO
12 Anos de Escravidão é o terceiro e também o mais aclamado filme do diretor britânico Steve McQueen. O roteiro foi escrito por John Ridley, e o filme é protagonizado por Chiwetel Ejiofor, contando também com o poder promocional de atores como Brad Pitt e Benedict Cumberbatch.
O filme foi um grande sucesso devido fazer com que as pessoas vivenciassem a escravidão e todo seu horror causado por ela na época. O filme foi indicado em nove categorias do Oscar e acabou ganhando em três (Melhor Filme, Melhor Atriz Coadjuvante (Lupita Nyong'o) e Melhor Roteiro Adaptado.
O filme retrata a história de um violinista negro que é livre e que mora em Nova Iorque com sua esposa e dois filhos, e que um dia foi surpreendido por dois homens, oferecendo a proposta de emprego de duas semanas como músico caso ele aceitasse viajar para Washington. Por ser uma coisa que gostava e por necessidade de emprego ele aceitou. Assim que chegaram lá esses dois homens embriagam Northup e ele acorda em uma senzala de propriedade de James Burch. Mal sabia ele que estava prestes a ser vendido e escravizado.
Isso mostra como era frágil a situação civil dos negros livres assim como a própria noção de liberdade naquela época pois percebe-se que nada era seguro no período anterior à Guerra Civil, e que os negros livres contavam apenas com direitos sociais limitados.
Weber discute bastante essa situação, pois os indivíduos pensam que o trabalho é uma atividade acima de tudo e todos, e que eles possuem o dever de servir o outro.
Como diz nosso sociólogo, a força de trabalho será o ápice para a alienação dos outros indivíduos, pois cada um desempenhará aquilo que conseguirem diante um sistema que lhes oprimirá o tempo todo, por isso o sistema capitalista divide o indivíduo em duas classes diferentes, onde uma irá servir e a outra irá desempenhar o papel apenas de lucrar sempre sem se importar com os interesses dos outros.
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