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RESENHA DO FILME: Quanto vale ou é por quilo?

Por:   •  16/4/2017  •  Resenha  •  459 Palavras (2 Páginas)  •  993 Visualizações

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Centro Universitário Central Paulista - UNICEP

Multiculturalismo e Educação

RESENHA DO FILME:

Quanto vale ou é por quilo?

Valmy Ferreira dos Santos Júnior

Engenharia de Produção

9º Semestre

4701445

São Carlos/SP – Março de 2017

O filme Quanto vale ou é por quilo? faz uma referência entre o Brasil Colônia e os dias atuais, mostrando as semelhanças entre diversos fatores da escravidão e problemas sociais existentes nos dias atuais. Ao longo do filme as histórias dos dois períodos se misturam, deixando uma relação aparente entre os dois períodos da história.

        No início do filme, é mostrado         a revolta de uma ex-escrava que luta pelos seus direitos, pois fora roubada e então se reúne com seus vizinhos que a acompanham para enfrentar o mandante da operação que roubou seu escravo. Estas cenas são referenciadas posteriormente no filme. Com a cena em que Arminda, uma mulher que reivindica seus direitos, alegando que uma empresa desvia recursos que deveriam ir para computadores da comunidade pobre.

        O filme também critica a posição de algumas ONGs que somente estão preocupadas em retorno financeiro, desviando verbas que iriam para projetos sociais. Isso nos traz uma séria reflexão, pois as ONGs deveriam ocupar um lugar onde o governo não alcança, para ocupar esta lacuna. No entanto, não é o que acontece, com o objetivo de acumular recursos financeiros para si próprios, os gestores destas organizações acabam por fazer o bem de fachada. Há quem abrace os mais pobres apenas para parecer solidário na frente das câmeras.

        Além disso, é observado a situação em que negros são colocados contra negros. No Brasil colonial eram os capitães-do-mato, que faziam perseguições e capturavam os escravos que fugiam, faziam isso para que pudessem dar uma vida melhor à sua família. É retratado no filme, uma situação em que um personagem busca atingir seus objetivos em detrimento do outro, tornando-se um assassino, é o escravo do dinheiro. Essas duas histórias nos mostram que há muita semelhança entre os dois períodos, o que nos faz refletir sobre o passado e para onde estamos indo.

O diretor deixa claro no filme que há ainda, nos dias atuais, bastante sequelas da escravidão. Pode-se concluir então que a corrupção transcende as classes, pois existem tanto nos burgueses quanto nos mais pobres. Isso deixa claro que a sociedade brasileira é cheia de contradições, onde gente de diversas classes buscam o benefício próprio em detrimento do outro. Por fim, vale ressaltar, sobre a economia, condições sociais e desigualdade, o que realmente mudou nestes séculos do Brasil Colonial até os dias atuais? Esta pergunta implícita nos acompanha ao longo do filme e vale ao telespectador respondê-la.

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