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RESUMO DA MATERIA DE CIENCIAS SOCIAIS

Por:   •  18/10/2020  •  Trabalho acadêmico  •  6.458 Palavras (26 Páginas)  •  1.260 Visualizações

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Sebenta de Introdução às ciências socias

  • Questões preliminares sobre as ciências socias
  • A unidade do social e a pluralidade das ciências sociais
  • As Ciências Sociais como conhecimento e como atividade ou pratica social
  • Nas Ciências Sociais todo o conhecimento é abstração e construção
  • Desenvolvido em aula
  • Uma visão global sobre as ciências sociais
  • As ciências sociais como ciências
  • Formação e desenvolvimento
  • Diferentes perspetivas de análise
  • As várias ciências sociais
  • Desenvolvido em aula
  • A rotura com o senso comum nas ciências sociais
  • O problema da rotura
  • Natureza e cultura
  • Individuo e sociedade
  • Nós e os outros
  • As condições da rotura
  • Desenvolvido em aula
  • O que é um facto social
  • Texto
  • Desenvolvido em aula

Questões preliminares sobre as ciências sociais

  • A Ciência Social é a Ciência do Homem, que se divide em disciplinas dispersas e desconexas.
  • As disciplinas cientificas são Ciências unitárias, na medida em que existe uma ideia teórica central onde cada disciplina se especifica.
  • Disciplinas: Geografia Humana, Demografia, Economia, Ciência Politica, Sociologia, Psicologia, Psicologia Social, Linguística, Etnologia Social e Antropologia Cultural.

A unidade do social e a pluralidade das ciências sociais

  • Para Georges Gurvitch, as diversas Ciências Sociais são caracterizadas pelo facto de a realidade por elas estudada é um só, ou seja, é a condição humana que se tornou num objeto de um método cientifico.
  • A unidade do objeto real das Ciências Sociais é reconhecida como base na noção de fenómeno social total.
  • Fenómeno social total são fenómenos que tenham implicações simultaneamente em vários níveis e em diferentes dimensões do real-social, interessando assim à maioria das Ciências sociais.
  • As classes sociais, por exemplo, são alvo de investigação de diversas Ciências Sociais, por exemplo:
  • À Economia – para estabelecer ligação entre os níveis económicos e o estatuto social
  • À Demografia – pois as classes sociais influenciam a evolução quantitativa de uma sociedade
  • À Geografia Humana – pois as classes socias não se distribuem uniformemente pelo território ocupado por uma sociedade
  • À Psicologia Social – pelas atitudes, opiniões e preconceitos existentes em torno das classes sociais
  • À Linguística – pois é também a nível da linguagem que as classes sociais se distinguem

A pluralidade das ciências sociais

  • Todas as Ciências Sociais ocupam-se da mesma realidade social.
  • A distinção entre as várias Ciências Sociais provem delas próprias, visto que cabe a cada uma das disciplinas analisar de uma forma diferente a mesma realidade
  • Elas diferenciam-se em 4 níveis:
  • Os fins ou objetivos que comandam a investigação
  • A natureza, condicionada por esses fins, dos problemas de investigação
  • Os critérios utilizados pelos investigadores
  • Os métodos e técnicas de pesquisa empírica e de interpretação teórica.
  • Contudo, estes níveis não correspondem exatamente à realidade, pois não descrevem adequadamente a forma como as diversas Ciências Socias se constituem.
  • Uma determinada disciplina pode concentrar a sua atenção sobre certos problemas, não dispondo, porém, de uma definição de qual o seu interesse.

As Ciências Sociais como “conhecimento” e como “atividade” ou “prática” social

  • A palavra “Ciência” designa duas realidades distintas:
  • Um produto de determinado tipo de atividade humana, ao qual os investigadores se dedicam
  • Um sistema de produção desse produto, ou seja, as condições concretas em que se exerce a atividade dos investigadores
  • O que uma dada Ciência é como produto depende do que ela é como sistema de produção, ou seja, depende:
  • De quem são os investigadores e dos seus interesses científicos
  • Dos meios de produção que os cientistas manipulam, por exemplo, métodos, conceitos ou teorias
  • De quais são, como se formaram, como se encontram estruturadas, funcionam, se relacionam com outras estruturas sociais, e as organizações onde a investigação se exerce (quem as financia por exemplo)
  • As Ciências Exatas encontram-se mais desenvolvidas em países capitalistas ou socialistas, que são simultaneamente os mais evoluídos num ponto de vista industrial.
  • As Ciências Sociais não se apresentam tão nítidas como as Ciências Exatas, pois as Ciências Exatas apresentam um estado de subdesenvolvimento científico mais elevado.
  • As Ciências Socias apresentam-se, ao mesmo tempo como instrumento de conhecimento e como meio de ação, como por exemplo em poderem políticos ou económicos.
  • As características do produto cientifico dependem da natureza e do enquadramento estrutural do sistema social de produção de conhecimento.
  • Toda a Ciência só esta constituída como tal a partir do momento em que seja possível afirmar que o sistema de produção já constitui o seu próprio objeto teórico.
  • Os objetos que nos rodeiam, os quais nos servimos na nossa experiencia quotidiana só existem pois existem na nossa mente imagens que nos permitem reconhecê-los e identifica-los.
  • Essas imagens de que somos portadores constituem um código de leitura do real, o que nos permite atribuir a cada objeto real um significado.
  • Uma Ciência permite interpretar o real de maneira diferente do Senso Comum.
  • Existe, portanto, o código do Senso Comum e o código da Ciência
  • Assim, a Ciência tem de contruir um novo universo conceptual para se diferenciar do Senso Comum.
  • Cada Ciência Social submete a interrogações sistematicas os aspectos do real concreto social, que se vai progessivamente constuindo, des-construindo e re-construindo.

Nas Ciências Socias, todo o conhecimento é abstração e construção

  • As Ciências Socias provêm delas próprias e não da realidade – que é uma só – a que todas conjuntamente se reportam.
  • Diferem-se, agora de modo teórico e não empírico, da seguinte forma:
  • As interrogações a que sujeitam a realidade
  • As problemáticas teóricas que acerca dela elaboram
  • Os objetos teóricos de investigação que a seu respeito constroem
  • Os códigos de leitura do real-concreto que, para decifrar, nos propõem

  • Cada uma das Ciências Sociais permite-nos “ler” o real-concreto social através do seu mesmo código de leitura e dá-nos dele uma determinada versão parcial e incompleta, pois houve uma seleção de aspetos, relações e determinações.
  • Segundo Lucien Goldmann, o comportamento humano é um facto total, pois as tentativas de separar os seus aspetos materiais e espirituais representam abstrações provisórias, o que implica um grande risco para o conhecimento.
  • É por isso que um investigador deve esforçar-se por reencontrar a realidade total e concreta, mesmo sabendo que só lá chega de uma maneira parcial e limitada.
  • Assim, deve integrar no estudo dos factos sociais a história das teorias acerca desses factos e ligar o estudo dos factos de consciência à localização histórica e à de infraestrutura económica e social.
  • O real concreto social nunca é puramente económico ou de apenas de uma das disciplinas da Ciência Social, mas sim um facto total, cuja estrutura e as múltiplas determinações nenhuma delas pode isoladamente captar.

Desenvolvido em aula

  • A afirmação da autonomia do social é a existência de uma ordem social laica e coletiva não determinadamente determinada pela vontade divina, irredutível à ação individual e submetida a leis.
  • O social é irredutíveis ao individual pois as estruturas sociais não equivalem à soma de atividades individuais: tese central para as existências da Ciência Social.
  • Construção cientifica em ciências sociais:
  • O objeto das Ciências Sociais
  • A unidade do social e a pluralidade de Ciências Sociais
  • A diferenciação das Ciências Sociais
  • Fenómeno social total (Marcel Mauss)
  • Fenómeno que – seja na sua estrutura própria, seja nas suas reações e determinações – têm implicações simultaneamente em vários níveis e em diferentes dimensões do real social, sendo, portanto, suscetíveis pelo menos potencialmente, de interessar a vários, quando não a todas as ciências Sociais.
  • Objeto real – realidade social e fenómenos sociais totais
  • Objetos cientifico/ teórico – perspetiva de análise do objeto construído e não dado – tem de ser construído
  • Ciências Sociais – o mesmo objeto real para diferentes objetos teóricos
  • “A distinção entre as Ciências Sociais há de encontrar-se então na configuração das suas matrizes: nas interrogações que formulam, nos problemas que trabalham, nos conceitos e teorias que construem.”
  • As várias Ciências Sociais diferem porque são diferentes:
  • As interrogações a que sujeitam a realidade
  • Os objetos teóricos de investigação que constroem
  • As problemáticas teóricas que acerca dela elaboram
  • Os códigos de leitura que propõem para decifrar a realidade
  • Cada Ciência Social perspetiva de forma especifica a realidade:
  • Elabora o seu próprio conjunto articulado de questões (a problemática teórica) e constrói o seu objeto cientifico
  • Determina um certo numero de princípios, teorias, métodos e técnicas/resultados (paradigmas)
  • As Ciências Sociais: fronteiras e articulações
  • As várias Ciências Sociais perspetivam, de forma diferente, a mesma realidade, por isso são precárias e flutuantes as fronteiras entre as várias disciplinas
  • Multidisciplinariedade – justaposição e perspetivas sobre o mesmo fenómeno
  • Interdisciplinaridade – diálogo e articulação entre perspetivas sobre o mesmo fenómeno (manutenção da especificidade de cada uma)
  • Transdisciplinaridade – controversa: uma ciência total? A anulação das especificidades?
  • A ciência como forma particular do conhecimento
  • Descontinuidades entre o conhecimento cientifico e o conhecimento do senso comum
  • Os mesmos objetos reais
  • Diferentes códigos de leitura – diferentes objetos conceptuais – senso comum – eficácia pratica na vida quotidiana – conhecimento aproximado do real

Uma visão global sobre as ciências sociais

As ciências Sociais como ciência

  • Todas as Ciências Sociais procuram conhecer a realidade
  • O que é conhecer? – questão filosófica, mas que com a ajuda de kant já ultrapassou os ideias empiristas e inatistas
  • Kant: os nossos conhecimentos começam pela experiência sensível, mas esta é organizada e estruturada por quadros categoriais próprios do nosso espírito.
  • Para Kant o conhecimento é mais do que uma crença e a constitui uma elaboração intelectual
  • Mais recentemente, algumas disciplinas mostram que o conhecimento não é um estado, mas sim um processo – adaptação do homem ao meio envolvente.
  • Por exemplo, a Psicologia dá-nos argumentos sobre argumentos para erradicar de vez o empirismo mais vulgar.
  • A “epistemologia genética” de Jean Piaget constitui a mais importante teoria psicológica do processo de conhecimento – a inteligência não é contemplativa, mas sim transformadora sendo as operações intelectuais ações interiorizadas e coordenadas estruturalmente.
  • Pelo conhecimento, os sujeitos assimilam a realidade aos seus conceitos e operações, construindo representações que lhes permitem acomodar-se aos objetos – resultando destas ações um equilíbrio mental cada vez mais estável.
  • Ao procurarmos conhecer a realidade social, vamos construindo a respeito dela, e sendo os quadros categoriais, operadores lógicos de classificação, ordenação, etc., que é influenciado ainda pelas nossas necessidades, vivencias e interesses
  • Ou seja, vamos construindo instrumentos que proporcionam informação sobre a realidade e modos de a tornar inteligível.
  • A ciência moderna (que possui menos de 400 anos de vida) aposta na combinação da teoria e da experiencia, da dedução e na observação sistemática.
  • É por outro lado, uma criação particular da civilização europeia, que permite o desenvolvimento teórico, as aplicações tecnológicas e o impacto social típico.
  • Assim, a historia das ciências sociais não se pode resumir à narrativa ou à critica.
  • É uma reconstrução analítica do desenvolvimento das condições internas da investigação cientifica e dos variados modos como as estruturas, as práticas e os projetos característicos das diversas sociedades em que a ciência se vou consolidando influenciaram aqueles princípios, meios e resultados.
  • OS conhecimentos produzidos pela ciência dependem da estrutura e funcionamento da ciência como instituição e sistema especifico de produção do conhecimento.
  • Estrutura e conhecimento são, por sua vez, condicionados por outras instituições e dinâmicas sociais
  • A estratégia da investigação cientifica não pode ser definida à maneira da filosofia clássica.
  • O ponto de vista epistemológico que agora prevalece procura estabelecer uma reflecção sobre a ciência efetiva, a ciência que se faz, aceitando a historicidade dos princípios de que ela parte, dos processos que utiliza e dos resultados a que chega.
  • A ciência é uma representação intelectualmente construída da realidade
  • A meta das ciências é a explicação de fenómenos de modo a torna-los inteligíveis.
  • Para la chegar, a ciência começa por se definir racionalmente – problemas suscetíveis de resolução através de uma atividade de pesquisa.
  • Cada disciplina só acede ao estatuto de ciência quando constrói o seu objeto próprio, ou seja, ao delimitar um conjunto de problemas, abando as questões cuja abordagem se poderia fazer apenas no registo filosófico, da religião ou da ideologia, e se situa a um novel de abstração e generalidade.
  • Em consequência, a ciência é também procurar soluções para problemas – ela própria elabora e testas os meios necessários e desenvolve um processo partindo de princípios construindo assim, sistemas de relações conceptuais – primeiro assumindo hipoteticamente e em seguida submetida a sucessivas provas de validação.
  • As explicações só são cientificas se testáveis – refutáveis

Formação e Desenvolvimento

  • As Ciências Sociais são uma criação histórica recente de uma civilização, e o se desenvolvimento tem sido marcado por vários fatores:
  • Evolução teórica
  • Dinamismo de outras ciências
  • Formas de saber
  • Características desiguais de diferentes contextos sociais
  • Constituem, portanto, um continente intelectual heterogéneo cuja configuração global é o resultado conjuntural de uma historia continua
  • Os homens são seres sociais e as suas ações desdobram-se em práticas materiais e simbólicas, relações com a natureza com outros homens – grupos – sociedade.
  • Criam:
  • Instituições
  • Novas realidades materiais ou técnicas
  • Acontecimentos
  • Em suma – materialidades sociais
  • For necessária a formação da noção de sociedade como ordem laica que poderia ser descrita quantitativamente - Hobbes
  • Montesquieu:
  • Procurou perceber os regimes políticos relacionando-os com as totalidades sociais respetivas
  • Adam Fergunson:
  • Estabeleceu que os comportamentos e as consciências individuais são socialmente condicionados, a analise deve integrar a observação e os testemunhos empíricos.
  • O social é irredutível ao individual
  • Constituição das ciências sociais, componentes:
  • Intelectuais
  • Institucionais
  • Sociais
  • É um processo que vaira de país para país, dependo das características dos estados, das relações entre grupos sociais, do crescimento económico, das doutrinas e ideologias.
  • Mas o método mais usado tem 3 vetores de desenvolvimento:
  • Estratégias de investigação cientifica         
  • Explicações logicamente coerentes
  • Observações e materiais empíricos
  • Os 3 vetores encontram-se muitos vezes dissociados
  • A economia foi a primeira a emergir como ciência a definir um objeto próprio
  • Durkheim, reforça o principio da exterioridade e constrangimento dos factos sociais relativamente ao individuo e elabora as primeiras regras metodológicas sistemáticas
  • Max Weber, alarga a perspetiva sociológica à analise da intenção e do sentido de ação, refletindo também sobre a interação dessa perspetiva com a historia da economia.
  • Nos princípios do sec. XX, a sociologia está em vias de consolidação teórica e institucional.

Diferentes perspetivas de análise

  • O universo que designamos por Ciências Sociais constitui o resultado presente e provisório do processo histórico, intelectual e socioinstitucional.
  • Cada uma possui a sua própria historia e elaborou a sua própria cultura.
  • Marcel Mauss, partindo do conceito de fenómeno total estabeleceu dois princípios:
  • Qualquer facto é sempre complexo e pluridimensional pois pode ser apreendido a partir de ângulos distintos, acentuando cada um destes apenas certas dimensões.
  • Todo o comportamento remete para e só se torna compreensível dentro de uma totalidade
  • A economia, a psicologia ou a sociologia distinguem-se porque partem de perspetivas teóricas distintas e constroem distintos objetos científicos.
  • Só assim compreendemos porque são tão precárias e flutuantes as fronteiras entre varias disciplinas – ela perspetiva, de diferentes maneiras, a mesma realidade
  • A palavra perspetiva é usada em sentido amplo.
  • Cada ciência social perspetiva de forma especifica a realidade é dizer que cada ciência:
  • Elabora o seu ´próprio conjunto articulado de questões
  • Determina um certo numero de problemas de investigação centrais no contexto dessa problemática
  • Constrói conjuntos de princípios, teorias, estratégias metódicas e resultados cruciais que servem de modelo ou quadro orientador às pesquisas produzidas na sua área – os paradigmas.
  • Diferenciação das ciências sociais pelas perspetivas teorias:
  • Primeiro: todas as ciências sociais têm mudado várias vezes de problemática e, consequentemente, os sistemas de relações conceptuais que definem os seus objetivos
  • Segundo: na generalidade dos casos, cada ciência, em cada fase de evolução, tem produzido não um, mas vários paradigmas, concorrentes entre si.
  • Terceiro: são transdisciplinares, ou seja, atravessam várias ciências.
  • Quarto: os paradigmas não se têm, em rigor, revelado completamente incomunicáveis. A ciência tem capacidade para reelaborar e transformar as referencias culturais e ideológicas a que se liga e avaliar os limites de conhecimento por elas impostos.
  • A divisão de trabalho entre disciplinas é sempre flutuante e provisória, porque de um lado, é fruto de condições socioinstitucionais variáveis, e por outro lado, as disciplinas não são elas próprias corpos teórico-metodológicos unitários e estanques
  • No entanto, a diferenciação por disciplinas, continua a revelar-se o melhor meio de obter uma visão global dos estudos sobre a ação social.
  • Procuramos chegar a um quadro orientador que tenha em conta os cruzamentos, as interações entre as várias perspetivas, a interdisciplinaridade efetiva, mas que recuse fundar novas ciências totais.

As várias ciências totais

  • O mundo material e simbólico está profundamente marca pela ação dos homens
  • A psicologia:
  • Ultrapassa o bloqueador dualismo entre individuo e sociedade
  • Contribuições da perspetiva analítica que explora são decisivas para a explicação articulada de estruturas e práticas sociais.
  • Os psicólogos trazem duas grandes contribuições:
  • Ponte estre estudos biológicos e sociais evidenciam a intenção entre determinantes biológicas e culturais
  • Elucidam aquilo a que chamam as funções psicológicas – as estruturas básicas da adaptação do homem ao meio
  • Todos nos dispomos de mecanismos sensoriais de recolha de informação sobre o meio (perceção), mas dispomos de modalidades de adaptação mais gerais, a inteligência.
  • Dispomos da função semiótica – somos capazes de comunicar por signos, a linguagem
  • A psicologia parte do individuo
  • A sociologia:
  • Investiga os variados modos como as ações dos homens são condicionadas por relações estabelecidas ao nível dos grupos e organizações em que se inserem e cujas características elas próprias produzem e reproduzem.
  • Trata de uma perspetiva tao ampla como a da psicologia – NÂO há comportamento algum que não seja condicionado pelas propriedades e processos dos grupos ou organizações, mas sim que as características dos grupos nunca representam o mero agregado das características dos indivíduos que os compõem.
  • A economia:
  • Marca pelos conflitos entre paradigmas antagónicos
  • Têm em conta que os homens estão envolvidos em processos de transformação prática da natureza e assim se relacionam
  • Analisam os variados modos como as praticas sociais são mediatizadas pela relação com os recursos
  • Estudam os processos através dos quais administramos recursos raros em ordem à produção e circulação de bens e serviços.

  • A geografia:
  • É centrada nas dimensões espaciais da vida social
  • Vai buscar modelos não às ciências naturais, mas às sociais:
  • EX: À economia – para a elucidação das incidências espaciais da produção, distribuição e consumo de bens e serviços
  • A linguagem:
  • A semiologia como estudo dos sistemas de signos ou como estudo dos sistemas de signos não linguísticos.
  • A linguística como análise da linguagem de dupla articulação.
  • A história:
  • O centro de interesse é a variação social segundo o tempo
  • Os historiados estudam sobretudo as sociedades do passado
  • A antropologia:
  • O centro de interesse é a diversidade intercultural
  • Os antropólogos estufam as pequenas sociedades tradicionais do mundo atual
  • Todas as disciplinas socias devem ser antropológicas, pois:
  • São conscientes da diversidade de culturas e do obstáculo etnocentrista
  • Conscientes de que não há princípios ou propriedades substantivas universais
  • De que não há “natureza humana” independente da variedade de contextos reais
  • De que não há modo de vida superiores e inferiores
  • E devem ser todas históricas, pois:
  • Conscientes de que as sociedades então instaladas na mudança e da multiplicidade dos tempos sociais
  • Atenta à irreversibilidade e à singularidade dos factos e à espessura histórica das estruturas sociais.

Desenvolvido em aula

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