Raça E Racismo

Redação: “raça e racismo no pensamento contemporâneo”

A escravatura foi abolida oficialmente em 13 de maio de 1888, contudo, a liberdade e a igualdade racial ainda não fora alcançada. Embora não tenha sido instaurada uma lei de segregação racial no Brasil tal como nos Estados Unidos da América, no consciente coletivo atribui-se, erroneamente, uma superioridade caucasiana, tanto no estereotipo de beleza quanto no de intelectualidade, e percebe-se uma predominância dos brancos em detrimento dos negros. Tal atribuição de superioridade é visível no cenário cinematográfico e televisivo, onde os negros historicamente são retratados como empregados dos brancos, refletindo o preconceito ainda existente na sociedade.

Muitas barreiras foram impostas aos artistas negros, mas alguns conseguiram ultrapassar os obstáculos e se destacar na mídia televisiva tal como Milton Gonçalves, Zezé Motta e Ruth de Souza. Todavia, grande parte dos artistas negros acabaram caindo no ostracismo, tal como Isaura Bruno que mesmo sendo ovacionada por seu papel de “mamãe Dolores”, o primeiro papel protagonista de um negro na história das telenovelas brasileiras, morreu pobre como vendedora de doces na praça da Sé.

Precisam ser tomadas ações de quebra de paradigmas raciais e a mídia tem um papel fundamental nesse processo, pois a mesma pode e deve elaborar papéis de protagonismo negro, revelando as riquezas da cultura afrodescendente, a realidade da desigualdade sócio-educacional entre negros e brancos e também mostrar a ascensão social dos negros e todas as dificuldades existentes para a conquista desta ascensão provindas do preconceito, por exemplo, podemos citar o personagem “Percival Garcia” de Janete Clair interpretado pelo ator Milton Gonçalves na novela “Pecado Capital”, que revelou a ascensão de um negro à classe média alta.