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Raízes Do Racismo No Brasil

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Por:   •  8/2/2015  •  1.239 Palavras (5 Páginas)  •  727 Visualizações

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Raízes do Racismo no Brasil

O racismo pode ser considerado uma atitude ou pensamento que divide os seres humanos em raças, onde é possível afirmar superioridade de algumas raças sobre outras. Desta forma, racismo é um preconceito baseado na diferença de raças das pessoas, pode ser contra negros, asiáticos, índios, mulatos, e até com brancos, por parte de outras raças. Por terem uma história mais sofrida com o preconceito, os negros são principal referência quando é discutido o tema racismo. As teorias raciais surgiram para legitimar uma concepção de mundo que pregava liberdade, igualdade e fraternidade entre brancos e que justificava a superexploração de outras etnias. E a ideologia do racismo passou a existir dentro de cada país, mesmo nos da periferia do sistema, como explicação determinista para a dominação de classe, o desnível social e a europeização acrítica de suas camadas dominantes. Atualmente, se o racismo for comprovado, este é considerado um crime inafiançável, com pena de até três anos de prisão.

Algumas pessoas valorizam tanto a superioridade das raças, que acreditam na purificação delas (dominação do meio de convívio). Essa questão apareceu na época da escravidão, em que os negros trabalhavam em condições precárias e eram vendidos como objetos. Uma das características mais abusivas com os escravos era o uso de chicotes como castigo, em casos de tentativa de fuga ou apenas distração no trabalho. Com as leis, como por exemplo a Lei Euzébio de Queiroz, e o processo de abolição, a escravidão foi extinta, porém, não se pode dizer o mesmo sobre o racismo.

Depois da abolição da escravatura, foram criadas teorias para a estratificação social brasileira, partindo da ideia de raças superiores. A teoria de Oliveira Viana, por exemplo, defende que a escravidão serviu para que um povo superior pudesse ensinar a povos inferiores, disciplina e trabalho, contudo, houve o enlaço sexual entre os diferentes povos, formando uma sub-raça, o povo brasileiro. Depois disso, surgiu o mito da chamada “Democracia Racial”, que insiste na ideia de que desde o final do Segundo Império e início da República acreditava-se que o Brasil teria escapado do problema do preconceito racial vista em outros países.

Hoje, pode-se dizer que não há "democracia racial" no Brasil, mas não pelo fato de haver desentendimento entre as raças, mas sim pelo fato de não haver uma democracia efetivamente sólida de modo geral entre a população, seja ela branca, negra ou mestiça. Muda-se o fator causal da desigualdade, tentando colocar a desigualdade social, que em grande parte coincide pela própria conjuntura história, com a estratificação étnica, como proveniente de um "racismo encoberto". Um negro no Brasil não deixa de entrar em uma universidade porque é negro, mas comparado ao branco, o negro no Brasil tem menos ingresso em universidades públicas porque não consegue atingir a nota exigida; e isso se dá porque os negros, em sua maioria, é que estudaram em escolas públicas, com ensino de baixa qualidade, no geral. O negro é excluído porque é pobre, e não porque é negro. E é pobre porque seus pais foram pobres, remetendo a uma cadeia que chega até a época da escravidão no Brasil.

Ainda após a Lei Aurea, com a abundância de mão de obra imigrante, os ex-escravos acabaram por se constituir em um imenso exército industrial de reserva, descartável e sem força política alguma na jovem República. A esse respeito, Celia Maria Marinho de Azevedo lembra que: “A força de atração destas propostas imigrantistas foi tão grande que, em fins do século, a antiga preocupação com o destino dos ex-escravos e pobres livres foi praticamente abafada pelo grande debate em torno do imigrante ideal ou do tipo racial mais adequado para purificar a ‘raça brasílica’ e engendrar por fim a identidade nacional”. O mais importante defensor da imigração como fator constitutivo de uma “raça brasileira” foi Silvio Romero (1851-1914). Republicano e antiescravocrata, se preocupava em relacionar fatores físicos e populacionais do País ao desenvolvimento da cultura. Segundo ele, no Brasil, desde o período colonial, se formou uma mestiçagem original. Este seria um fator decisivo para a superação de nosso atraso, através da futura constituição de uma “raça” brasileira, com supremacia branca. Daí a necessidade da imigração europeia.

Os ex-escravos, além de serem discriminados pela cor, somaram-se à população pobre e formaram os “indesejados dos novos tempos”, os deserdados da República. O aumento do número de desocupados, trabalhadores temporários, mendigos e crianças abandonadas nas ruas redunda também em aumento da violência, que pôde ser verificada pelo maior espaço dedicado ao tema nas páginas dos jornais. O novo regime, apesar

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