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Reflexão Crítica A PMMG E A Metáfora Das Prisões Psíquicas Uma Teoria Psicanalítica Da Organização

Trabalho Universitário: Reflexão Crítica A PMMG E A Metáfora Das Prisões Psíquicas Uma Teoria Psicanalítica Da Organização. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  22/9/2013  •  860 Palavras (4 Páginas)  •  450 Visualizações

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Reflexão Crítica

A PMMG e a Metáfora das prisões Psíquicas

Uma Teoria Psicanalítica da Organização

Naassom Gonçalves de Paula

Professor: Domingos Giroletti

Fundação Cultural Dr. Pedro Leopoldo

Mestrado Profissional em Administração

Teorias das Organizações

1. INTRODUÇÃO

Todas as organizações trazem, pelo menos de forma subjetiva, um significado que justifique a sua forma de operar com base em alguma das teorias psicanalíticas. Este pequeno artigo, cujo tema em sua forma ampla revela as organizações como prisões psíquicas; se delimitará apresentando a organização e a família patriarcal, especificamente com o episódio da inclusão de policiais femininos no quadro da PMMG.

2. A PREDOMINÂNCIA HISTÓRICA DO PAPEL MASCULINO

Desde as culturas mais antigas, em todas as civilizações conhecidas, os papeis masculino e feminino sempre foram, culturalmente, bem definidos, com predominância do governo masculino.

MORGAN (1996) declara que:

De acordo com a visão psicanalítica, o patriarcado funciona como uma espécie de prisão conceitual, produzindo e reproduzindo estruturas organizacionais em que predominam o sexo masculino e os valores tradicionais masculinos.

Isso significa que as atividades domésticas – cuidado da casa – e tudo o mais que envolve o cuidado e a criação de filhos sempre foi imputado às mulheres. Foram poucas as exceções em que coube à mulher o papel de governo, liderança ou sacerdócio. Pelo fato de o ser humano ser essencialmente belicoso coube ao ser masculino a incumbência de tratar da guerra, da defesa territorial, da defesa das provisões e do fabrico de quaisquer aparatos bélicos; bem como de caça, pesca e atividades comerciais fora de seus limites territoriais. Nesse tempo em que a força física era a principal vantagem, à mulher cabia um papel secundário, para muitos, inferior.

Com a Revolução Industrial iniciada no Reino Unido em meados do século XVIII, expandindo-se pelo mundo a partir do século XIX; e o episódio da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a mulher passou a ter um papel mais extensivo, mas as organizações ainda mantinham governo patriarcal. A mulher somente passou a ter direito ao voto por meio do Código Eleitoral Provisório, de 24 de fevereiro de 1932. Mesmo assim, o código permitia apenas que mulheres casadas (com autorização do marido), viúvas e solteiras com renda própria pudessem votar; ou seja, o sistema patriarcal permaneceu intacto.

3. REVOLUÇÃO FEMININA

A revolução dos costumes consolidada em meados da década de 1960 abriu caminho para que o feminismo se tornasse um movimento de maior força e combatividade. Apesar disso, as compulsões reprimidas ainda mantinham a maioria das mulheres, com total conivência sob o governo patriarcal. Além disso, no Brasil, em 1981, o salário médio percebido pela mulher no mercado de trabalho era equivalente a 68% do salário pago ao homem, na mesma função (GIUBERTI e MENEZES FILHO, 2005).

3.1. A mulher na PMMG

Até o ano de 1980 somente homens poderiam ser incluídos nos quadros da PMMG; porém, no ano de 1981 a Polícia Militar editou normas visando a seleção de 120 mulheres. Essas seriam matriculadas no Curso de Formação de Sargentos Femininos, o que na verdade, não foi um passo à frente dos policiais masculinos que eram incluídos como soldados, mas uma maneira de proteger o sistema contra relacionamentos promíscuos entre elas e os policiais masculinos. Não houve diferença salarial entre os policiais masculinos e femininos pertencentes ao mesmo posto ou graduação, contudo, em relação a elas, o Regulamento Disciplinar fazia exigências diferentes, das quais

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