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Relatorio Cientifico Serviço Social

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Por:   •  14/4/2014  •  3.821 Palavras (16 Páginas)  •  716 Visualizações

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Etapa 1

O filme Tempos Modernos é uma critíca a mecanização do trabalho e a desvalorização do indivíduo no texto mostra Carlito,personagem clássico de Chaplin, que ao conseguir emprego em uma grande fábrica realiza trabalho repetitivo de apertar parafusos. em um processo quase que mecanizado em que se perder um segundo atrapalha o serviço do segundo indivíduo responsável pela fixação da peça seguinte.

É possível notar a limitação do trabalhador frente as atividades que desenvolviam . eram treinados e obrigatoriamente forçados a desenvolver as mesmas funções .tornando-se profissionais incompletos limitados a atuar na mesma função sempre. Essa "especialização" dos trabalhadores era vantajosa apenas para os donos das fábricas, pois tinha cada dia profissionais mais rápidos e consequentemente mais produtivos. por sua vez formavam pessoas insatisfeitas e frustradas , sobretudo em suas vidas pessoais.

A fiscalização constante e aceleração das rotinas de produção eram pontos aborda dos pelas teorias classicas e também estão presente no filme. ao longo do filme é possível perceber a forma negativa como toda essa pressão e cobrança excessiva influenciava na vida dos operários .Passavam a viver as rotinas da fábrica involuntáriamente no seu cotidiano, viviam em função do trabalho e não trabalhavam em função da vida . a preocupação capitalista dos donos das fábricas invibializava qualquer possibilidadde de humanização das técnicas trabalhistas .

Por serem profissionais de uma única função ,os operários tinham nas fábricas seu único meio de sobrevivencia ,visto que eram dependentes das atividades que desenvolviam, pois eram as únicas quais dominavam conhecimento.

A centralização do poder é outra característica que esta presente no filme . a cena em que mostra o dono da fábrica observando os seus operários pelos monitores retratam além da centralização a impessoalidade que os operários eram tratados .

Contudo todos esses fatores e os métodos utilizados pelos classicos começam a surgir os primeiros estudos de relações humanas,que não foi mencionada no filme , mas que começou a dar os seus primeiros passos considerando a situação imposta aos operários pela abordagem clássica.

O filme focaliza a vida do na sociedade industrial caracterizada pela produção com base no sistema de linha de montagem e especialização do trabalho. É uma crítica à "modernidade" e ao capitalismo representado pelo modelo de industrialização, onde o operário é engolido pelo poder do capital e perseguido por suas idéias "subversivas".

Em sua Segunda parte o filme trata das desigualdades entre a vida dos pobres e das camadas mais abastadas, sem representar contudo, diferenças nas perspectivas de vida de cada grupo. Mostra ainda que a mesma sociedade capitalista que explora o proletariado, alimenta todo conforto e diversão para burguesia. Cenas como a que Carlitos e a menina órfã conversam no jardim de uma casa, ou aquela em que Carlitos e sua namorada encontram-se numa loja de departamento, ilustram bem essas questões.

CONTEXTO HISTÓRICO

Em apenas três anos após a crise de 1929, a produção industrial norte-americana reduziu-se pela metade. A falência atingiu cerca de 130 mil estabelecimentos e 10 mil bancos. As mercadorias que não tinham compradores eram literalmente destruídas, ao mesmo tempo em que milhões de pessoas passavam fome. Em 1933 o país contava com 17 milhões de desempregados. Diante de tal realidade o governo presidido por H. Hoover, a quem os trabalhadores apelidaram de "presidente da fome", procurou auxiliar as grandes empresas capitalistas, representadas por industriais e banqueiros, nada fazendo contudo, para reduzir o grau de miséria das camadas populares. A luta de classes se radicalizou, crescendo a consciência política e organização do operariado, onde o Partido Comunista, apesar de pequeno, conseguiu mobilizar importantes setores da classe trabalhadora.

Nos primeiros anos da década de 30, a crise se refletia por todo mundo capitalista, contribuindo para o fortalecimento do nazifascismo europeu. Nos Estados Unidos em 1932 era eleito pelo Partido Democrático o presidente Franklin Delano Roosevelt, um hábil e flexível político que anunciou um "novo curso" na administração do país, o chamado New Deal. A prioridade do plano era recuperar a economia abalada pela crise combatendo seu principal problema social: o desemprego. Nesse sentido o Congresso norte-americano aprovou resoluções para recuperação da indústria nacional e da economia rural.

Através de uma maior intervenção sobre a economia, já que a crise era do modelo econômico liberal, o governo procurou estabelecer certo controle sobre a produção, com mecanismos como os "códigos de concorrência honrada", que estabeleciam quantidade a ser produzida, preço dos produtos e salários. A intenção era também evitar a manutenção de grandes excedentes agrícolas e industriais. Para combater o desemprego, foi reduzida a semana de trabalho e realizadas inúmeras obras públicas, que absorviam a mão-de-obra ociosa, recuperando paulatinamente os níveis de produção e consumo anteriores à crise. O movimento operário crescia consideravelmente e em seis anos, de 1934 a 1940, estiveram em greve mais de oito milhões de trabalhadores. Pressionado pela mobilização operária, o Congresso aprovou uma lei que reconhecia o direito de associação dos trabalhadores e de celebração de contratos coletivos de trabalho com os empresários.

Apesar do empresariado não ter concordado com o elevado grau de interferência do Estado em seus negócios, não se pode negar que essas medidas do New Deal de Roosevelt visavam salvar o próprio sistema capitalista, o que acabou possibilitando possibilitou sua reeleição em duas ocasiões.

Comparando as cenas do filme Tempos Modernos (Charles Chaplin – 1936), com a situação da questão social no Brasil podemos afirmar, que apesar da tecnologia de ponta empregada na produção industrial, a condição socioeconômica do homem continua relegada a segundo plano e conforme podemos constatar através do filme supra, a implantação do sistema de esteiras móveis nas fabricas, tinha como finalidade de aumentar a produtividade das industrias. Só que esse novo processo produtivo trouxe benefícios para a classe patronal, que a partir daquele momento tinha como principal triunfo a institucionalização do processo de mais valia.

Enquanto que os operários eram cada vez mais explorados, pois não tinha os seus direitos trabalhistas respeitados e eram obrigados a produzirem sempre mais, fato esse que os deixava estafados

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