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Resenha Do Livro Relativizando - Roberto Damatta

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Por:   •  12/5/2014  •  874 Palavras (4 Páginas)  •  4.762 Visualizações

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Antropologia e História

Da Matta, Roberto. Relativizando: uma introdução à antropologia social. Rio de Janeiro: Rocco, 1987.

RESUMO

Nesse texto Da Matta (1987) busca em suas discussões apresentar a história da antropologia de uma forma diferente das apresentadas até o momento, rompe com o paradigma da repetição mitológica e com os padrões de uma história que começa como qualquer outra, ou seja, a partir dos pressupostos teóricos e metodológicos.

Para ele:

[...] situar o nascimento da antropologia na Grécia e depois descobri-la onde quer que exista um relatório de viagem para fora do mundo europeu seria violentar a própria angulação da disciplina para distinguir [...] com nitidez entre histórias, estórias, mitos e relatos de viagens; e uma posição de simpatia aberta e determinada pelo outro. (Da Matta, 1987, p. 86)

Assim, percebemos que o autor evita se prender a eventos que prever ou demarquem os acontecimentos de forma linear, sem levar em consideração outros aspectos constitutivos do processo da construção histórica de uma sociedade. Embora o autor não se limite aos fatos históricos não os deixa de enfatizar, visto que: “[...] o estudo recai sobre a formação da antropologia enquanto disciplina saída de uma variante da história com H maiúsculo”.

Conforme o autor não basta, apenas, apresentar uma história da antropologia como um fato exaustivo com início meio e fim, mas o principal fator é “[...] relacionar a própria dimensão temporal com a posição aberta pela antropologia”. (Da Matta, 1987, p. 86). Além disso, é preciso perceber o modo pelo qual os homens percebem suas diferenças ao longo de um dado período de tempo e a forma como uma sociedade se organiza e o seu desenvolvimento é outro fator essencial para compreender a construção histórica da antropologia e sua história.

Há um destaque especial para as idéias de Frazer e Malinowski enfatizadas pelo antropólogo contemporâneo Leach. O primeiro faz um estudo sobre a natureza psicológica humana, através desse estudo comparava os detalhes da cultura humana numa escala mundial, “Seu modo de investigação implicava sempre em separa os dados sociais (ou culturais), classificando-os em categorias diferentes”. (Da Matta, 1987, p. 90). Já o segundo, Malinowski, faz um estudo mais rico em detalhes, analisando como o sistema social e seus membros progridem a partir do seu nascimento até o momento que de sua morte.

Na história da antropologia social existem duas vertentes analíticas que subsidia seus pressupostos teóricos: o evolucionismo e o funcionalismo. Nesse texto o evolucionismo é tratado a partir de quatro enfoques: O primeiro, parte da idéia que “[...] as sociedades humanas deviam ser comparadas entre si por meio de seus costumes”. Esses costumes, porém, não são vistos por muitos investigadores “[...] como peças de um sistema de relações sociais e valores, mas como entidades isoladas de seus respectivos contextos ou totalidades”. (Da Matta, 1987, p. 91). O segundo é de que os costumes têm uma origem, a individualidade, um fim. O autor enfatiza que o fim não é questionado pelos teóricos do século XIX, por ser algo relativo a sociedade branca detentora do poder. O terceiro “[...] as sociedades se desenvolvem

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